O primeiro ficava na esquina da Rua Bahia com Carlos Gomes, vendia secos e molhados (o que para mim é uma forma de dizer "tudo", coisa de portuga!). De comer, talvez de usar na casa, produtos de limpeza e alguns utensílios.
Casa Armando eram as ferragens, no térreo de um dos prédios da Avenida, entre a Coronel Galdino e a Dom Pedro.
Lembro que os funcionários eram atenciosos e bem treinados, pareciam, para uma criança, conhecer todos artigos e cada cantinho, todas gavetinhas no caso da Casa Armando daquelas enormes prateleiras de madeira vetusta. Em todo caso, os donos trabalhavam quase de igual para igual com os subordinados, todos decentes em suas calças de tergal, camisas por dentro das cintas, dirimindo as dúvidas sobre especificações de parafusos ou características e qualidade de um comestível.
Veio o Dias Pastorinho e trouxe o conceito do supermercado, do auto serviço, da impessoalidade... e foram-se aos poucos a Dental Ramos, a Casa São Jorge, a Casa Ono, os cinemas São Luiz, Santo Antônio, Peduti e o Cine Marília, o Clube de Cinema, o Prêmio Curumin e se meu irmão não fosse apegado, nossa casa ia abaixo num desses booms imobiliários... Mas "tudo que é sólido desmancha no ar" e isso ja está indo pro saudosismo piegas! A classe média vai aos Shoppings Aquarius ou Esmeralda e se esbalda! Velhos tempos morreram, viva os novos tempos!
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