Para comemorar as Cipas e outros da empresa, contratava grandes nomes da MPB que cobravam pouco. Fazia um showzinho intimista no Clube Colina e todos se divertiam, pois depois vinha um baile mais ao gosto popular e interiorano.
Angela Rorô, Belchior, Jorge Mautner, entre outros, foram.
No dia que levei o Macalé, inventei, ao mesmo tempo, de fazer algo para o povo, e o show foi "aberto", no Ginásio de Esportes de Cajati.
O público só faltou vaiar o meu grande ídolo.
Ele foi de "Vapor Barato" e nada. Então atacou de "Alalaô" e terminou de azedar a molecada que tava ali pelo funk e as fungadas nos cangotes das minas.
Senti-me o pior dos homens. Corri para o camarim, no fim do show, o que foi breve no relógio e interminável na minha vergonha, e o Macau esperneava e quase batia no produtor, que estava tentando se desculpar, mas ele mesmo não poderia advinhar a roubada que eu os tinha posto.
Depois foi um milhão de desculpas, foi difícil convencer o Jards Macalé que ali ninguém o queria ter exposto aos dentes dos leões e crocodilos do tal "povo".
Aprendi muito na noite em que o Macalé gritava: "Já escrevi que "Não preciso de muito dinheiro, Graças a Deus!"".
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