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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Virada à Paulista

Dentro do longo e inacabável processo de metropolização desse caipira, a Virada Cultural já é um marco do calendário, aprofundando ano a ano minha conversão. No sábado, então, fui de busão pro Anhangabaú logo depois das 16 h. No Museu do Teatro Municipal fiquei amigo do plantonista, o sociólogo Agenor Mônaco, com quem bati um longo papo. Também conversei com outros visitantes. Fui andando depois até o palco da Praça da República onde vi a passagem de som do magistral Mccoy Tyler e sua banda. Já pertinho do Arouche entrei num boteco e tomei caldo de mocotó e uma pinga. Depois assisti por ali o Guilherme Arantes em grande forma, falando sobre a história do Largo do Arouche e a importância daquele ponto no desenvolvimento da tolerância comportamental nessa cidade. Também me admirei de me divertir onde cotidianamente labuto. Depois encontrei meus casais amigos: o Sérgio com a Cazue e o Maurício com a Fátima. Perambulamos por horas entre pistas eletrônicas (debaixo da estátua eqüestre, a “maior da América Latina” do Duque de Caxias), onde meu peito e meus ouvidos vibraram como quase nunca me permito (por conta dos altíssimos decibéis), até ver a Gretchen em carne, osso e bunda “arrasando” em suas eternas três ou quatro músicas (das quais sei o “nome” de duas: Conga La Conga e Freak Le Bumbum). Em muitos lugares a fumaça de maconha era suficiente para te deixar chapado, e tanto a Guarda Municipal como a PM não pareciam se preocupar com isso. Vi até uma (para mim) inédita roda de cocaína, uns meninos com uns gestos estranhos (supostamente para aspirar a droga sem uso de outras ferramentas como giletes, canudos e coisas assim). No dia seguinte, após um domingo meio de ressaca física (umas pingas e uns cigarros) ainda saí de casa à tardinha e vi um dos shows de encerramento, o do Gilberto Gil na porta da Estação Júlio Prestes (da Sorocabana). Um pouco muvucado, quase sou espremido, derrubado e fui empurrado pela turba que se afunilou numa das laterais na direção da Estação da Luz. Mas valeu...

6 comentários:

ludenmerlin disse...

valeu a companhia Beto, foi muito bacana.

Maurício Corrêa de Cerqueira César disse...

Cazue, você, Maurício e Fátima, "perdidos" na noite de Sampa, encontrados! Abração fraterno!

Maurício Corrêa de Cerqueira César disse...

Saiu na conta do meu irmão, mas sou eu...

Unknown disse...

Com seu inconfundível estilo de se expressar, escrever é uma coisa obvia. E é bom ver nas letras a sua concatenação de idéias numa amplitude e velocidade sensacionais!
Sempre uma puta companhia!

Unknown disse...

O unknown ai é Flavio Lima, de Garça. as suas ordens.

Roberto Cerqueira disse...

Flávio de Garça! Obrigado pelos elogios à escrita! E em Sampa, à sua disposição, sempre. Abraço do amigo Beto