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domingo, 27 de maio de 2012

Vida noturna

Te recebo em casa na sexta à noite, você me traz um presente do Sergião, te dou minha hospitalidade.
Seu cachorro interno sempre acorda assustado e bravo. Com o álcool ou comigo?
Saímos buscando vida, cantar nuns karaokês da Liberdade, um cheio de moços casadoiros da mais fina sociedade nipo brasileira paulistana, outro cheio de uns japas moços e velhos com prostitutas medianas, mas onde ao menos nossa vez de cantar chega logo.
Nenhum dos ambientes é "um dos nossos", estamos só de passagem...umas cervas, umas pingas, uns cigarros nos cercadinhos fumódromos das portas dos lugares.
Nada lúgubres nem tristes, mas nada que verdadeiramente nos alegre.
Você quer dirigir minha vida, talvez, mas não entendo.
Sei que isso nos deixa mais sós, e só!
Sigo em frente, "de bem comigo, e isso é difícil".
Pagamos as contas. Às vezes você tem dificuldades para dirigir seu carro.
Você me dá uma carona que fica incompleta lá depois do Obelisco do Ibirapuera.
Me manda tomar no cu, eu retribuo, nós cheios um do outro.
Te ligo depois para um papo, você não atende.
Acho que é rancor seu!
Sou seu irmão e amigo, mas o próximo movimento é só seu.

2 comentários:

ludenmerlin disse...

ainda bem que sou o serginho, que medo...

Roberto Cerqueira disse...

Serginho, agora mais sozinho, conto mais ainda contigo para preencher o vazio que o outro amigo me deixa...