Francisco Buarque de Holanda sempre foi o ícone.
Não menos agora.
Nascido em 19 de junho de 44, o agora "vovô", ainda dando um caldo, fala de seus cabelos cinza versus os cabelos cor de abóbora de alguma beldade que ele anda pegando!
Não sei (ele sempre faz questão de esconder) se ele teve ou tem uma ou várias "garotas", mas o certo é que temos ali um senhor de 67 anos a se derramar de amor frente aos corpos e personalidades de mulheres jovens de trinta e poucos, quiçá vinte e poucos, quiçá quarenta e poucos, não importa.
Talvez algumas pouco mais novas que ele ou mesmo da sua idade lhe interessem?
Maravilhas da velhice que rejuvenesceu!
Sentimos ali a liberdade reconquistada depois de décadas dando explicações à dona encrenca!
A patroa, a dona onça, a rédea curta! Rompeu a gaiola de ouro do casamento com a, no mais, adorável Marieta. Que no fim era "Severa"!
Um homem, sem as necessidades materiais e espirituais da juventude.
Que fica em casa vendo a mulher amada dormir.
Que em outras horas dá-lhe a "sursis", take your time, para ela ir prá balada com as amigas e amigos da idade dela.
Que se delicia com o que vê.
E antevê a tristeza do fim, pois sabe que o abismo de gerações impede uma interação mais que fugaz. E mesmo se isso não fosse verdade, a finitude dele (que pela lógica está mais próxima que as "delas") impediriam uma duração temporal como a que os sonhos românticos juvenis nos embalaram...
Nina é alva, outra é cabrocha da Lapa; Mariinha e Gabriela moram em bairros distantes...
São tantas que habitam a cabeça e a casa do poeta que só daqui a alguns anos talvez eu chegue a conheçê-las.
Como conheci Beatriz, Lily Braun, Bárbara, a morena de Angola, a Joana francesa louca de songes et mesonges, sei de longe sei de cor, a mãe do "Meu Guri" e outras que ele me apresentou.
Até como conheci as anônimas "Mulheres de Atenas" ou a inomidada "atlântida" de "Futuros amantes"...
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