Postagem em destaque

"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

MMDC

9 de Julho.
Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.
Quatro jovens na data de 23 de Maio em 1932 saem, com outros milhares, às ruas para protestar contra a ditadura do Getúlio, que não queria nem fazer uma Constituição e seguí-la (o que ele fez depois da "Revolução Constitucionalista", o que não mudou muito o caráter ditatorial de seus atos).
Os jovens tombam, mortos pela polícia getulista.
Na noite do dia 23, um grupo de populares saiu da Praça do Patriarca e se dirigiu para a sede do Partido Popular Paulista (PPP) e da Legião Revolucionária, um clube de tenentes favorável a Getúlio Vargas, na Praça da República, em São Paulo. Dentro do prédio, os legalistas resistiram. Como os revolucionários não conseguiam entrar, chegaram duas escadas para que populares invadissem. Um jovem subiu e tomou um tiro. Mais três tentativas foram feitas e os jovens foram baleados, resultando em quatro mortos: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC). Um outro jovem, Orlando Oliveira Alvarenga, também foi baleado, mas faleceu meses depois, ficando fora da sigla MMDC. Para homenageá-lo e a outros estudantes anônimos, o governo do Estado criou o Colar Cruz de Alvarenga e dos Heróis Anônimos".
No dia seguinte ao tumulto, num jantar no restaurante Posilipo, foi fundado o MMDC, uma organização civil que passou a atuar na clandestinidade e exerceu importante papel na organização, apoio e treinamento aos revolucionários paulistas.
A morte dos jovens estimulou mais ainda a articulação dos paulistas. Minas Gerais e Rio Grande do Sul acenaram com apoio ao movimento armado em São Paulo. Flores da Cunha, interventor no Rio Grande do Sul, chegou a prometer pegar em armas contra Vargas. A data da revolução foi marcada para o dia 14 de julho, mas os acontecimentos se anteciparam. Bertoldo Klinger, comandante militar do Mato Grosso, que garantira apoio ao movimento, foi destituído do posto e transferido para a reserva. Diante do imprevisto, os paulistas resolveram apressar o início da revolução, que acabou estourando no dia 9 de julho.

Nenhum comentário: