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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ezequiel Neves morre 20 anos após Cazuza!

Jotabe Medeiros (do estadao.com)
SÃO PAULO- Ele revisava o português das letras de Cazuza, que estava longe de ser perfeito. Quando ele dizia para Cazuza que havia um erro de concordância numa letra, Cazuza brincava e dizia que era "licença poética". E foi para ele que Cazuza fez a letra de Exagerado.
Foi com ele que Cazuza compôs alguns dos seus principais hinos pop, como Codinome, Beija-Flor e Por que a Gente é Assim?.
Ezequiel Neves foi um dos primeiros produtores-jornalistas-amigos-conselheiros de bandas de rock do País, com todas as implicações que esse incesto de show biz traz.
Nos anos 1970, adotava nomes de fantasia, como Zeca Jagger, por conta de seu culto à banda inglesa; ou Zeca Zimmerman, homenagem a Bob Dylan, outro ídolo.
Como jornalista pop, atuou num tempo em que não havia ainda uma cena musical definida (ele e Nelson Motta abriram caminho, depois vieram Pepe Escobar, Miguel de Almeida, Celso Pucci e a geração seguinte). Por conta disso, sua atuação de crítico e cronista se confundia com a de padrinho e deflagrador.
Escrevia na primeira versão da Rolling Stone brasileira, sob a batuta de Luiz Carlos Maciel. Ali, escreveu, em 4 de julho de 1972, sobre o clássico disco Exile on Main Street, dos Stones: "É uma covardia deles com os outros grupos".
Doido de pedra, excêntrico de berço, ajudou a formar uma geração de cronistas musicais, como Ana Maria Bahiana, Jamari França e José Emílio Rondeau.

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