É pau
É pedra
É o bico do corvo
É a chuva chovendo
É o pingo pingando
É a cidade mais limpa
E um pouco mais fresca.
É a tal da rebinboca
Da parafuseta.
É um mês prá Índia
Quiçá semanas ou dias pro filho na Unifesp.
É comprar cuecas e meias branquinhas e jogar outras amareladas pelo uso.
É pensar nespresso, 3 cadeadinhos com senha numérica, duas pochetes com velcro internas para levar passaportes dentro das calças e roupas, apresentar o IR, comprar rúpias, calças jeans, um novo celular, passagens de trem entre Agra e Jaipur e daí para Delhi, pegar 2 canivetes, uma lanterninha, lista meio grande de remédios (Floratil e Imosec, analgésicos, antidiabético, anticolesteróico, anti urina ácida e dilatador de uretra no caso de crise renal).
Ver as contas da imobiliária.
Acertar mais uma vez com a Dona Marina do apartamento que alugamos.
Entre Dezembro e Março é enrolado por causa de IPTU, Condomínio e reajuste do contrato.
A cabeça sempre martelando coisinhas que tínhamos que fazer e fazer logo.
O tempo escorre, foge, se esvai como fumaça.
Sublimação, gelo seco, ralo, chaminé.
Tubo e válvula de saída que não sabemos bem qual é.
E caminhamos céleres, meio cegos.
Cambaleantes e confiantes.
Trôpegos e triunfais.
Ridiculamente belos.
Somos os homens do século vinteum.
Temos que estar à altura.
A história quem faz é cada um de nós!
Ela nos cobrará!
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