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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Carta imodesta aos brasileiros

Amigos
Jorge Mautner já deu a letra: tanto faz gostar de coelho ou de coelha.
Viados e lésbicas, maconheiros e caretas, adeptos do sexo múltiplo ou bizarro, pais de família tradicionais, religiosos ou não, judeus e mussulmanos, gente das demais fés, agnósticos ou ateus. Comunistas, socialistas, social democratas e até os centristas e direitistas de boa fé!
Uni-vos!
Contra esse ódio mútuo que leva correligionários de partidos opostos a se estapearem!
Viva Gandhi!
Viva Luther King e viva o Chico Mendes.
E viva até o FHC, que disse que pitou um e não acreditava em Deus!
E sentou na cadeira do Jânio que ele depois desinfetou com Baygon!
Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu.
Viva a liberdade de ir e vir, de votar e propalar o voto em quem se queira.
Eu quero é mais!
Mais democracia, mais João e mais Maria!
Pirão de peixe com pimenta, rabada e mocotó!
Eu quero o oh!
A maravilha da vida, o amor, a fraternidade universal, entre todos os americanos, os do norte, os latino americanos, os anglo americanos e os sul americanos.
E mormente entre os BRASILEIROS, meus concidadãos.
Paulistas de todo estado, paulistanos da gema e migrantes das zonas Leste, Sul, Oeste e Norte. Viva Cerqueira César e Osasco. Itains Paulista e Bibi. Morumbi e Guarulhos. E a Moóca e o Brás.
Pari uma idéia. À pampa nas calçadas da "melhor cidade da América do Sul".
Viva a coxinha, o quibe e a esfiha, o pingado e o pão com manteiga.
Viva a Dilma e o Lula!
Viva a vida que você tem, que Deus te deu, e quando tiver um bode, lembre-se de minha mãe que dizia: "agradeça sempre por ser perfeito". E se você não tiver uma perna, agradeça por ter a outra e assim sucessivamente.
Agradeça aos céus por suas glórias ou desgraças (essas últimas poderiam ser tão maiores como as graças que talvez te foram concedidas).
Não reclame. Trabalhe. Ou pelo menos não perturbe quem o faz.
Não se aborreça. Alegre-se. Assovie, cante e dance. Se souber, toque algo bonito.
Não amaldiçoe muito mais do que por algumas vezes alguns segundos, pois ninguém aqui é santo. Se entristeça por minutos ou horas, não por anos.
Beba álcool se lhe aprouver.
Apesar de todo antitabagismo, fume de vez em quando, quando ficar nervoso, quando quiser, sei lá, mas cuidado com os cânceres e úlceras.
Seja magro, mas bem alimentado.
Queira isso para você e para todos ao seu redor.
Ninguém vai ao céu (se é que isso existe) a não ser por suas boas intenções e, principalmente, atitudes e obras.
Sirva sua mulher, seu homem, os seus, mas, e principalmente, a qualquer um que esteja ao seu alcance de alguma forma. Lave os pés de um mendigo, recolha um sem teto, adote uma criança pobre. Pague bem seus empregados. Se não, aceite que o filho dele ou outros companheiros de infortúnio se rebelem e virem bandidos.
E mais que atos isolados, vote em partidos que construam um sociedade justa, lute por um Estado com uma assistência social de primeiro mundo. Que cuide antes de tudo das crianças e dos velhos, depois dos jovens e finalmente das mulheres e dos homens. Pois não há paz que não venha da alma pura, não há bem que não venha do coração ingênuo e nada disso aparece em cabeças fracas ou que não sejam altruístas.
Siga sua vida em paz e alegria.
Amém.

2 comentários:

ludenmerlin disse...

O Ibama de São Paulo solicitou nesta sexta-feira (1) a retirada dos urubus que fazem parte da instalação do artista Nuno Ramos, em exibição na 29ª Bienal.

Deveriam retirar a obra também, que "treco" sem graça, feio, sem sentido lúdico, sem beleza, escuro e frio. Já ví instalações bacanas do nuno mas essa... chamar isso de arte me ofende profundamente.

Roberto Cerqueira disse...

Sérgio,
Eu vi e gostei. Mas do aque da arte, da polêmica...
Gostei justamente porque os ecochatos não gostaram. Porra, três urubus ficarem alguns dias sem tomar sol não é nada tão grave assim. Tem água, comida, espaço e ainda escutam músicas boas!
Como já dissemos, queria ver esses pentelhos irem reclamar (e dar uma sopa ou outra ajuda) para os pobres sem casa teto dessa cidade!