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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Fim de semana quase perfeito

Sábado acorda-se mais tarde, mesmo se já se abriu o olho para ver a mulher partir (afinal ela trabalha em muitos fins de semanas eventuais, o horário dela é a marmita de quase sempre).
O filho mais velho não vem, não dá resposta, nada a fazer por ele de imediato, mas o coração e a mente o vigiam, preocupados, solidários e amorosos.
O filho mais novo dorme depois de mais uma balada noturna, afinal é o começo de Janeiro, começo de ano, férias escolares (ele terminou o primeiro ano da faculdade que não é lá aquela exigência).
Então tenho o dia inteiro pela frente, antes de encontrar a Kátia no fim da tarde.
Bicicleta até a Ipiranga.
Ruas vazias pelos Jardins. Afinal, repito, é o começo do ano, época mais tranquila da megametrópole.
Compro uma luva para o chuveirinho do apezinho. Inútil, posto que redundante. Instalo a coisa.
Passo uma água pelas paredes e vejo que a HM tem uma revisão a fazer, trocar 5 azulejos.
As horas passam, vou nas Casas Bahia, antigo Mappin, na porta do Teatro Municipal, procurar o cook top, um fogão elétrico vitrocerâmico. Não há. Nem mais à frente, nos Magazine Luíza. Comprar pela internet. Modernidade do comércio de eletrodomésticos.
Um almoço no Ita da Rua do Boticário? Como eles demoram a abrir, fico no Grill Timbiras.
Depois é cuidar do almoço do filho mais novo.
E já dá a hora de encontrar a Kátia na Angélica, comprar lustres e spots, procurar um cinema cujos horários não batem e ir jantar maravilhosamente num mexicano, La Central, com tequilas e margaritas, lá no Copan, vizinho do Dona Onça.
Domingo tinha mais compras, almocinho simples em casa, os Oito Odiados do Tarantino, cabeças explodindo como seria de se esperar, sangue de cenografia espalhando pela cara de outros personagens, tudo fake e autêntico ao mesmo tempo, um pouco como a vida que passa na nossa tentativa de dar sentido ao caos e aleatoriedade da existência.
Chopinho e beirute no velho Frevinho, reformado, encontro com a Simone, a amiga que não foi em frente (pior foi a Cristina, essa deu dor de cabeça). E ver um documentário sobre os anos 80, formadores da minha geração.
Vida que segue! Bem. "Pudera minha vida tá tão boa"! 

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