Porque o chaveiro da cidade recebera o apelido de um aparelho setentista que massageava vigorosamente as gorduras da cintura eu não sabia.
Mas sabia que era filho do antigo dono da “Casa Verde”, casa de comércio importante nos primórdios de Marília.
Ele encontrara entre suas heranças do finado pai duas ou três lindas latas de pólvora de caça. Parou a caminhonete na rua central, perto de seu comércio.
Chamou um vizinho amigo. Mostrou as latas, as tampas emperradas pela ferrugem e o tempo.
O amigo teve a ideia de abrir a maior com uma lâmina de foice ou algo do tipo.
A fricção provocou a ignição. Testemunhas relatam que era pólvora “chumbinho”, pareceu que eles eram engolfados por um show de fogos de artifício. As partículas em brasa a lhes furar as carnes sem parar de queimar nos ocos onde se alojavam.
Morreram ambos depois de uns dez dias na UTI de queimados
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