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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Espaço, de Vitor Ramil

Quarto de não dormir
Sala de não estar
Porta de não abrir
Pátio de sufocar

Carta no corredor
Eu não vou nem pegar
A voz no gravador
Não quero escutar

A lua é um farol
O vento, um assobio
A foto é um out-door
Teu rosto em 3x4
Mostra que

Tudo
Na madrugada
Insiste em ficar
Já que existe
Tanto espaço em mim

Juro
Na luz do dia
Todas as coisas
Vão me perder
Como te perdi

Deixando

A vida, ávida
Na ânsia do porvir
É eterno deixar
“Coisas velhas” prá trás

Nascemos para deixar o útero

Vamos à escola prá deixar a casa, se socialiar
Continuamos estudando
E lá vão ficando “jardins da infância”, Primários e secundários

Até deixar por fim a faculdade
E começar pós, especializações, MBA´s
Para as deixar também

Deixei em Marília
Os primeiros amores
E amigos que jurei manter

Deixamos prá trás o primeiro emprego
A primeira mulher
A Europa, a África, a Ásia, os EUA,
Buenos Aires, Lima e Poá
Acumulando coisas e as perdendo
Esquecendo paixões e amores

A infância dos filhos
Com manter?
Varridas como por um furacão!

E no tornado mudo dos dias
Vão bares, casas, bairros
Arrancados e nos tirando as raízes

Vão-se os cabelos negros e suas madeixas cacheadas
Vão-se enfim os cabelos e a boa visão
Vão-se os próximos, pelo que seja
Morte, mudança ou esses malditos computadores onde se ensimesmam!

Vão-se dias e noites vãs

Vai-se finalmente a vida!
E morremos para deixar o féretro!

Mais um protesto na Cônego Rangoni

O ônibus veio parando pela Anchieta e finalmente, com horas de atraso, chegou e ficou retido em CCB. Proibidos de tentar chegar na Piaçaguera, pois tem manifestação de caminhoneiros e sei lá mais quem, flaram de um ônibus ou caminhão incendiado e famílias com seus filhinhos, para impedir a violência policial.
Aproveito para falar dos assuntos do momento. Vândalos de passeata, o Papa e o novo príncipe inglês.
Vândalos: já fui um, quebrei vidraças e fiz arruaça. Não mais. Entendo altas doses de testosterona e adrenalina, mas estou em outra.
Papa: não tem qualidades desse Bergoglio que façam defunto reviver. Que as igrejas descancem em paz!
O filho de Kate: morro de tédio só em pensar em inumerar o avanço da República sobre as monarquias...

domingo, 28 de julho de 2013

Papa Chico: desciclopédia

Jorge Mario Bergoglio nasceu numa família de imigrantes carcamanos em 1936. Seu pai, Mario Vafanculo, nascido em Portacomaro, era um trabalhador ferroviário e sua mãe, nascida em Buenos Aires de pais genoveses, era dona de casa de lenocínio. Seu pai também jogava basquetebol no San Lorenzo, um dos cinco grandes do futebol argentino e cujas origens haviam sido impulsionadas por um padre pedófilo. Jorge tornaria-se torcedor sanlorencista, já tendo afirmado que não perdeu nenhum jogo do título argentino de 1946, quando tinha então dez anos.6 Em carta aos dirigentes do clube que o visitaram uma semana após tornar-se Papa, relembrou: "Tem vindo à minha memória belas recordações, começando desde a minha infância. Segui, aos dez anos, a gloriosa campanha de 1946. Aquele gol de Pontoni foi ducaralho!".
Nascido e criado no bairro de Flores, atual sede do San Lorenzo, Jorge Bergoglio fez graduação e mestrado em química, aprendendo com Sílvio Santos como transmutar a matéria na Universidade de Buenos Aires. Os padres e Sílvio Santos Santos tendem a transformar o domingo em merda! Na juventude, teve uma doença respiratória que numa operação de remoção lhe fez perder um pulmão. Durante a sua adolescência, teve uma namorada, Amalia. Segundo ela, ele disse que não poderia Amália, pois Bergoglio chegou a pedi-la em casamento durante a época, tendo ele inclusive afirmado que, do contrário, se tornaria padre. Como ela aceitou o casamento, Mário resolveu entrar no armário onde está até hoje.
Ingressou no noviciado da Companhia de Jesus em março de 1958. Fez o juniorado em Santiago, Chile. Frequentou a Opus Dei, sim e daí! Graduou-se em Filosofia em 1960, na Universidade Católica de Buenos Aires. Entre os anos 1964 e 1966, ensinou Literatura e Psicologia, no Colégio Imaculada, na Província de Santa Fé, e no Colégio do Salvador, em Buenos Aires. Graduou-se em Teologia em 1969. Recebeu a ordenação presbiteral no dia 13 de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano. Emitiu seus últimos votos na Companhia de Jesus em 1973. Em 1973 foi nomeado Mestre de Noviços, no Seminário da Villa Barilari, em San Miguel. No mesmo ano foi eleito superior provincial dos jesuítas, na Argentina. Em 1980, após o período do provincialato, retornou a San Miguel, para ensinar em uma escola dos jesuítas.
No período de 1980 a 1986 foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel . Após seu doutorado na Alemanha, foi confessor e diretor espiritual em Córdoba. Além do espanhol, fala fluentemente italiano, alemão, francês e inglês, tendo razoáveis conhecimentos de português, para nos aporrinhar nessa visita ao Rio, pedindo "cafezinho" e "aguinha".
Com os recentes casos de pedofilia na Igreja que ele dirige, pede encarecidamente que não o chamem de "Papa Chico", o que quer dizer na língua dele "Mete em menino"...

Deixando o Pago (poema de João da Cunha Vargas musicado por Vitor Ramil)

Alcei a perna no pingo E saí sem rumo certo Olhei o pampa deserto E o céu fincado no chão Troquei as rédeas de mão Mudei o pala de braço E vi a lua no espaço Clareando todo o rincão E a trotezito no mais Fui aumentando a distância Deixar o rancho da infância Coberto pela neblina Nunca pensei que minha sina Fosse andar longe do pago E trago na boca o amargo Dum doce beijo de china Sempre gostei da morena É a minha cor predileta Da carreira em cancha reta Dum truco numa carona Dum churrasco de mamona Na sombra do arvoredo Onde se oculta o segredo Num teclado de cordeona Cruzo a última cancela Do campo pro corredor E sinto um perfume de flor Que brotou na primavera. À noite, linda que era, Banhada pelo luar Tive ganas de chorar Ao ver meu rancho tapera Como é linda a liberdade Sobre o lombo do cavalo E ouvir o canto do galo Anunciando a madrugada Dormir na beira da estrada Num sono largo e sereno E ver que o mundo é pequeno E que a vida não vale nada O pingo tranqueava largo Na direção de um bolicho Onde se ouvia o cochicho De uma cordeona acordada Era linda a madrugada A estrela d'alva saía No rastro das três marias Na volta grande da estrada Era um baile, um casamento Quem sabe algum batizado Eu não era convidado Mas tava ali de cruzada Bolicho em beira de estrada Sempre tem um índio vago Cachaça pra tomar um trago Carpeta pra uma carteada Falam muito no destino Até nem sei se acredito Eu fui criado solito Mas sempre bem prevenido Índio do queixo torcido Que se amansou na experiência Eu vou voltar pra querência Lugar onde fui parido

terça-feira, 23 de julho de 2013

Hoje nevou em Curitiba depois de 38 anos!

Neblina na Anchieta

O relógio do ônibus marcava 7:24 e 16 oC, mas com certeza estava atrasado e a temperatura não era tão alta. Conferi: 9 minutos de atraso no relógio e pelo menos 6 oC de defasagem no termômetro...Já fazia quase meia hora que não nos movíamos. À direita, pelo vidro embaçado pela condensação, eu podia ver a longa fila à nossa frente. O motor do ônibus não saía há tempo de sua marcha lenta e com isso as luzes de leitura e o aquecimento não se desligavam, para nosso conforto e até mesmo para nossa sobrevivência. Seria difícil suportar o frio úmido diretamente exposto a ele. Os 16 oC do relógio eram uma mentira grosseira. Era inverno tropical, mas era finalmente o inverno!
Ontem tinham sido quase duas horas de atraso, parado. Hoje quantas seriam? Eu não tinha problemas fisiológicos: nem fome, nem sede, nem sono, nenhuma urgência urinária ou intestinal. Restava aguardar, pacientemente. Como quase sempre, os colegas aproveitavam para dormir. Para mim o sono se parecia com a morte e minha urgência de viver me impedia de continuar dormindo. Lera varais páginas e quase acabara “As consolações da Filosofia” de Allain de Botton. Ensaiara ligar o smartphone na internet, mas ou não havia sinal ou eu cometera alguma burrice desligando o wifi ou outra funcionalidade, o que fizera para preservar por mais tempo a carga da bateria e impedir notificações instantâneas do facebook.
Tive que me aprumar e abaixar o pulôver, que havia subido um pouco descobrindo a gordura da cintura nas costas e de onde vinha um contato gélido com a superfície fria da lateral do ônibus. Um certo tédio começava a me perturbar.
Por alguma razão me ocorreu que o Papa estava no Brasil. A euforia religiosa dos católicos com a Jornada Mundial da Juventude me era bastante indiferente, eu me centrava então na neblina espessa que agora tinha engolfado os veículos, quase todos de porte pesado, e as curvas da estrada e só deixava de fora, visíveis, meu ônibus e dois caminhões: o da frente, uma “cegonha” lotada de carros da Chevrolet e o de trás, um vetusto e, hoje, pequeno e já carcomido Mercedes Bens 1113 que um dia tinha sido azul “calcinha”.
À minha frente a Patrícia acordou, ou assim pensei, e esticou-se para tentar entender o que se passava. 7:46, 18 oC; o frio seria de 10 ou 12 oC, mais ainda pela chuva que vinha, o vento da Serra...Edivaldo, o motorista, abriu a porta de seu compartimento, alguém fazia perguntas ou comentários provavelmente inúteis; estávamos inexoravelmente presos até que uma força externa maior nos libertasse daquele imobilismo. Nada havia a ser feito, apenas a paciente espera estava em nossas mãos.
Daquela pouca atividade resultara o acendimento das três telas de televisão. Sem sinal. Telas azuis com um retangulozinho verde que ia aos pulinhos atravessando a diagonal das telas: NO SIGNAL!
O motor do ônibus às vezes parecia que acelerava, mas devia ser só o cansaço auditivo que tentava fugir da monotonia da vibração em freqüência muito constante, enganando os sentidos. Atrás de mim o colega trocava os toques de seu celular: assobios ridículos e rifs de guitarra distorcida, sonzinhos metálicos, tiquetaques digitais de uma nova era sem os barulhos analógicos como os dos despertadores “panelões” e das máquinas de escrever. 7:58.
Presos na Serra do Mar! Acidente? Manifestação? Reflexo da obra mal programada? Excesso de veículos? Paralisação sem causa? Essa última hipótese era impossível! Tudo tinha que ter uma causa, mesmo que desconhecida por todos! Uma das duas artérias que ligavam a maior cidade com o maior porto da América do Sul não paravam por horas numa terça feira de manhã por nada. E de novo o assobio ridículo do parelho celular do colega de trás! 8:02
Visgo de jaca, cola, lama, o encalhe começava a me perturbar. Entalados, agarrados, como se o asfalto frio e duro tivesse derretido e colado os pneus entre os pedriscos num chiclete preto que serpenteava pela encosta da mata branca de neblina.
Movimento: duas motos com sirenes passam se esgueirando entre os veículos. Dois homens com capas de náilon verde limão. Esperança de que alguém alcançasse o fulcro, a origem última dos fatos, de que, além das motos, guindastes em helicópteros atingissem o umbigo do nó, o fulcro do problema e, arrastando uma suposta carreta quebrada, nos libertassem...
Nada, só esperança vã. 8:07! 8:08! Volto sem vontade às “Consolações”. Não adianta! Ao lado a Vivi se vira um pouco e tenta se cobrir melhor com o cobertorzinho curto, que me parece tão aconchegante. 8:15. Já devíamos ter chegado! A neblina não se mexe, nem pensa em se dissipar! O ônibus não se mexe! Só o grafite da lapiseira se mexe em minha mão, preenchendo essas mal traçadas linhas por onde insisto em me mover como se fosse o meu desejo para esse coletivo!
Já estamos aqui há mais de uma hora? Com certeza! 8:18. A Pat comunica ao telefone com algum colega, entre desesperançosa e conformada, que talvez só chegue em CCB para o almoço... A neblina não se mexe. Os veículos não se mexem. As pessoas começam a se mexer, tossem, se ajeitam, bocejam, chupam os narizes que escorrem, pigarreiam. Atrás de nós um motor ronca forte como se fosse partir, mas resfolega e para. 8:22, 19 oC (quem dera!). A única coisa que vai para frente são os números no display do relógio: 8:23!
Os freios se soltam, as marchas se engatam: estamos andando! Viva!
Nem 100 metros...Motores roncam forte, mas é só uma pequena convulsão que reotrna ao imobilismo. Tudo para logo à frente de novo! 8:25.
Ao meu lado, agora, outro Mercedes Benz, branco e um pouco menos vetusto, 1314, rugindo como se fosse voar, mas se acalma, não vai sair do lugar por enquanto. As gotas no lado de fora do vidro são de chuva e me fazem lembrar que hoje é terça, que vim de moto do Itaim Bibi para a Conceição. Pelo menos hoje tomei a sábia providência de colocar a capa preta e grossa “de motoboy” e que a deixei secando sobre a moto no estacionamento da Avenida do Café. Enfrentei, agasalhado por ela, a garoa fria na madrugada escura, nesse dia que não quer nascer, tudo envolto na luz baça do leite grosso dessa neblina espessa da Anchieta. 8:30. Meu consolo é ser pago por toda essa imobilidade inútil! Pior se eu estivesse gastando meus recursos parcos recursos nessa pasmaceira!
É claro que era um desperdício que não me agradava, que todos estávamos sendo prejudicados por mais um dia de congestionamento na Serra do Mar. Mas meu empregador saía mais prejudicado que eu, e não era minha culpa; aquilo de certa forma aliviava a culpa ancestral e a sensação de perda. Eu perdia “menos”, meu “taxímetro” estava ligado, eu era remunerado por estar ali! Fazia uma conta besta de quantos reais me pagavam por minuto, tinha mais dó da Vale e menos de mim, mas tinha dó de mim e do Brasil por tudo aquilo...
Nossa competitividade não melhorava com aquela falta de mobilidade. 8:37, 19 oC; 8:54, 18 oC, finalmente a neblina se dispersa um pouquinho e estamos em movimento. Talvez uns cinco ou dez quilômetros adiante e uma nova parada, mas ainda não é total...ao meu lado desfilam parados caminhões com contêineres, refrigerantes Dolly, frangos Rigor, baús com plataformas pneumáticas, estofados Criativa de Jaci (não sabia que meu estado tinha essa cidade), etc. O desfile cotidiano da logística intermodal! Casas Bahia, máquina de terraplenagem Catterpilar em caminhão prancha, líquidos corrosivos na cisterna de aço inox da Sancap, um recorte da vida do porto que se avizinha, o eterno cais. Lembro do Milton, “Para quem quer se soltar, invento o cais”. Ou do Macalé com Capinan, Movimento dos barcos,
Estou cansado e você também
Vou sair sem abrir a porta
E não voltar nunca mais
Desculpe a paz que eu lhe roubei
E o futuro esperado que eu não dei
É impossível levar um barco sem temporais
E suportar a vida como um momento além do cais
Que passa ao largo do nosso corpo

Não quero ficar dando adeus
As coisas passando, eu quero
É passar com elas, eu quero
E não deixar nada mais
Do que as cinzas de um cigarro
E a marca de um abraço no seu corpo

Não, não sou eu quem vai ficar no porto
Chorando, não
Lamentando o eterno movimento
Movimento dos barcos, movimento

E vem outra cegonha, com Hondas, Fits em cima e Civics embaixo; 9:02, 19 oC; 9:41, 20 oC, finalmente entramos na cota, passamos a fábrica de papel e deixamos os colegas em CCB, na Bernardo Geisel Filho, avançamos lentamente pela Cônego Rangoni em direção à Plínio de Queiroz, a Piaçaguera...A poças na obra do acostamento refletiam um céu de chumbo. Meu pescoço doía num torcicolo, meus pés pareciam que tinham, invés de meias grossas e botinas, sido postos em tinas com gelo. Pedras remexidas, lama e lixo faziam com ferros retorcidos um quadro feio emoldurado por um corguinho. Placas anunciavam o pedágio a se pagar mais à frente, mas ele parecia que nunca ia chegar. 9:47. Duas horas e meia “perdidas” na leitura e na escrita.
Sonhava uma xícara fumegante de um chocolate espesso e de qualidade, um misto quente, coisas que me reconfortassem, vontade de urinar, vontade que um anjo benévolo me alçasse dali para uma praia cálida e paradisíaca, como tantas que existiam não longe dali, em outros dias do ano.
9:51. 20 oC. Não cheguei na fábrica ainda, mas a vejo. Antevejo as agruras do dia, o atraso, os acúmulos de tarefas indesejadas...Câmbio e desligo!

terça-feira, 16 de julho de 2013

“Moto no inverno” (ou “”Pobre” é foda”)

Terça feira é o dia da semana do rodízio municipal do meu carro.
Então vou de moto prá Conceição.
Aí pensei: rico sai de moto no sábado à tarde, com sol e calor, com uma gatinha de bunda empinada na garupa, para ir a lugares chiques como um restaurante legal e depois um motel bacana.
E hoje, no escuro chuvoso das 6 da matina, eu de moto, sozinho, gelado e molhado, indo para o trabalho lá em Cubatão!
Pobre é foda!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Mais uma Aurora

A nesga entre as cortinas num recorte
Deixa passar metálicos laranjas entre sombras
Cinza azuladas de outras nuvens
E de novo, mais à frente, à esquerda
A represa é um mar de ouro líquido

Nas costas, a mega cidade
Na frente, o abismo da Serra do Mar
A ser vencido bravamente pelo ônibus

E dentro, aqui no peito enorme
Uma puta vontade de ser feliz!

sábado, 13 de julho de 2013

D.O.M.GUSTAÇÃO

Enquanto isso agora há pouco na sala de justiça do Alex Atalla:
Ostra, cupuaçu, whiskey e manga
Brandade de palmito com anchova e telha de tapioca
Cavala, sautée de palmito fresco e cogumelos com mel de abelha silvestre
Mini arroz com alcachofra
Costelinha ao Malbec com mandioca Brás
Aligot
Torta de castanha do Pará com sorvete de whiskey, curry, chocolate, sal, rúcula e pimenta
Falando assim parece simples, mas tinha mais gastronomia molecular que o Ferran Adriá pudesse imaginar!
Sem contar que tinham várias pratos "de cortesia" que não constavam no cardápio, uma loucura de invencionices que funcionam à perfeição; sei lá tipo pó de priprioca!!
E dá-lhe Pinot Noir neozelandês!
Viva a convivialidade e a gastronomia premiada brasileira!
Dinheiro é duro de ganhar, mas se você não sabe gastar, de que ele vale?
Veja mais em www.domrestaurante.com.br

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A bandeira do meu partido é vermelha de um sonho antigo!

"A manifestação" ou "A marcha de protesto"

O dia começou às 5:30h como sempre. Saí de casa às 6 horas, rumo da Conceição, onde pego o fretado da Breda, Avenida do Café. Os colegas da Usiminas, ex-Cosipa avisaram que tava embaço no Cubatão. Fomos em frente e eventualmente, descendo pelas cotas da Anchieta, chegamos na Bernardo Geisel Filho, da Petrobrás e Petrocoque. Piquete na porta da Vale Fertilizantes, CCB, chamei os amigos de CUB e CPG para descermos e ir a pé, impossível passar. O diretor L4 mandou voltar, para não se envolver com briga de sindicato.
Bem, a bateria do celular miou, deixei de avisar o L3. Quando soube que eu deixo o laptop no escritório, estrilou. Mas depois redarguiu, disse que é perigoso andar com ele a pé em Sampa...Fazer o que, off-line!
Fiz almoço, carreguei o celular, fiz recibo da locadora, conferi contas, arrumei a cozinha, saí para arejar.
Fui chegando na Paulista, um barulho forte. Era a manifestação do "Dia Nacional das Lutas Trabalhistas", da CUT, da Força Sindical e mais duzentos e tantos movimentos sociais: o gay, o negro, as mulheres, os sem terra, os sem teto, apeoesp, PCdoB, UJS, PCO, PCB, bandeiras vermelhas sem vergonha, a bandeira do meu partido é vermelha de um sonho antigo"

terça-feira, 9 de julho de 2013

"La Bella Addormentata" ("A bela que dorme") de Marco Bellocchio

Há mais de dez belas adormecidas no último Bellocchio! Eutanásia não deveria ser um tema fácil, e não é! Mas o diretor de pérolas como "Vincere" sabe o que faz! Grande filme!

Hanna Arendt e a banalidade do mal

Uma judia que "explica" Eichmann como um Zé Ninguém através da ótica da honra da obediência devida e declara que se os judeus fossem desorganizados não teria havido tantas mortes sob Hitler é uma mulher de coragem.
Bárbara Sukowa está maravilhosa como o personagem principal do filme de Margarethe von Trotta!

sábado, 6 de julho de 2013

Jards Macalé, Marcelo Rubens Paiva e eu

Fui no Espaço Itaú da Augusta ver o genial documentário de Erick Rocha, "JARDS".
Para quem não sabe, além de ser fã, sou quase amigo pessoal do Macau devido a uma longa história que fiz acontecer com ele de protagonista em Cajati há uma década atrás.
êxtase músico-cinematográfico!
Na saída o escritor Marcelo Paiva entrava com sua cadeira high tech.
Não titubeei.
Corri na Livraria daquela cinema e comprei o "Fêmeas" do próprio. Tá lá o autógrafo, com um abraço pro Roberto...