Dan Inn de Uberaba, entre sete e oito da noite, horário de verão, calor agora úmido do Cerrado enfim verdejante. A pedida é caminhar solito na estrada da fazenda e condomínio vizinhos.
Por de sol espetacular, cores dramáticas, raios divergentes vindos detrás das poucas nuvens.
No gramado um bando de quero-queros quer me atacar, defendendo território de ninhos. Dão rasantes e tentam cagar em mim. Um pouco irritante e até assutador. Lembro do Gil (meu filho mais novo) tomando uma bicada (ou garrada) certeira e cortante no cocuruto de uma coruja buraqueira igualmente ciosa de seu espaço.
Volto ao hotel. Depois um lauto filé de dourada com legumes na manteiga. Um pouco de tevê, minha velha amiga e companheira.
Os sonhos me vêm fantasiosos. Quiçá agourentos? Os eternos problemas financeiros e psíquicos do irmão do Oeste me acachapam o ventre. Seu orgulho agressivo, a orfandade de um "mano véio" inexistente...Minha vontade de ajudar, antiga e sincera, sendo tomada com distorções, arremedos de torná-la má e vil.
O dia nasce mais uma vez quente. Os pardais se aglomeram em pios nas mangueiras e demais árvores do entorno da piscina.
A vida devia ser feliz. Nós é que não damos conta de nos acertar!
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