Diário Esporádico: escrito por ROBERTO CORRÊA DE CERQUEIRA CÉSAR, um engenheiro escritor, taurino, pai de dois meninos (por quanto tempo ainda?), com cabelo embranquecendo e caindo, ficando cada dia mais cego!
Pedra, barro, massa Mão, calo, amassa! Levanta parede No ar D a hora Que se levante! Mora dentro F ora Vi...
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Facebook começa a perder usuários
As pessoas pensavam que nunca mais iam ficar sozinhas.
Na verdade as pessoas nunca estiveram tão sós.
A "rede social" é só um pó de traque de um mundo onde os laços verdadeiramente sociais se evanescem.
Em matéria de rede de comunicação social, eu continuo, passadista que sou, a me lembrar dos arrastões na praia de Copacabana, quando nós, garotos, ajudávamos os pescadores a puxar o arrastão e, de quebra, pelo esforço, ganhávamos uns peixes razoáveis que levávamos para casa e que acabavam virando almoço ou jantar.
As poucos palavras trocadas com os pescadores (“Segura firme nesse rede, guri”, “Sim, sinhô. Pode deixar”) eram a rede de comunicação social lá pelas alturas do Posto 4 e meio da Copacabana dos anos 40. Outros tempos, outras redes. As de vôlei, futebol, medicine-ball (alguém se lembra desse? Ainda há?), exigiam pouca ou nenhuma comunicação oral ou escrita.
Passam-se os tempos e, de repente, de repenguente, comunicação era o que todo mundo estava estudando. E só se falava em Umberto Eco e Roland Barthes. Hoje todos têm seus blogs ou colunas no jornal.
Rede, algumas senhoras usavam no cabelo e ficavam na porta de suas casas, ou seu edifício, futricando com outras senhoras também de rede, algumas com rolinhos amarelos. Social? Haviam as colunas, os cronistas, bordões e listas das e dos 10 mais. Quando se tinha que falar com alguém era um berro na rua para chamar a atenção ou um papo num bar simpático. Simples, minha gente, puxe conversa com o companheiro ou companheira ao seu lado no banco do parque, do ônibus ou do metrô. Seja ludita. Socialize à maneira antiga, uma toda de gestos e palavras bonitas e elegantes. "Ivan Lessa"
Caro amigo Sérgio, Lembra da nossa rede social no Colina em Cajati. 300 pessoas amigas escutando música boa, vendo a arte ser feita ao vivo e em cores? Não podemos ficar refém da virtualidade. Temos que ter encontros de carne e osso, conversas que nos permitam ver as expressões e não rs e CAIXAS ALTAS! Abração
É isso aí: tem pessoas legais que tem interesses comuns que a net vai aproximar de nós e permitir uma experiência de convívio virtual, que talvez possa e deva ir para encontros reais. Por outro lado tem gente ali do lado pedindo para ser "encontrada", tocada, querendo um bom e velho bate papo! Uma coisa não pode excluir a outra!
4 comentários:
Em matéria de rede de comunicação social, eu continuo, passadista que sou, a me lembrar dos arrastões na praia de Copacabana, quando nós, garotos, ajudávamos os pescadores a puxar o arrastão e, de quebra, pelo esforço, ganhávamos uns peixes razoáveis que levávamos para casa e que acabavam virando almoço ou jantar.
As poucos palavras trocadas com os pescadores (“Segura firme nesse rede, guri”, “Sim, sinhô. Pode deixar”) eram a rede de comunicação social lá pelas alturas do Posto 4 e meio da Copacabana dos anos 40. Outros tempos, outras redes. As de vôlei, futebol, medicine-ball (alguém se lembra desse? Ainda há?), exigiam pouca ou nenhuma comunicação oral ou escrita.
Passam-se os tempos e, de repente, de repenguente, comunicação era o que todo mundo estava estudando. E só se falava em Umberto Eco e Roland Barthes. Hoje todos têm seus blogs ou colunas no jornal.
Rede, algumas senhoras usavam no cabelo e ficavam na porta de suas casas, ou seu edifício, futricando com outras senhoras também de rede, algumas com rolinhos amarelos. Social? Haviam as colunas, os cronistas, bordões e listas das e dos 10 mais. Quando se tinha que falar com alguém era um berro na rua para chamar a atenção ou um papo num bar simpático.
Simples, minha gente, puxe conversa com o companheiro ou companheira ao seu lado no banco do parque, do ônibus ou do metrô. Seja ludita. Socialize à maneira antiga, uma toda de gestos e palavras bonitas e elegantes. "Ivan Lessa"
Caro amigo Sérgio,
Lembra da nossa rede social no Colina em Cajati. 300 pessoas amigas escutando música boa, vendo a arte ser feita ao vivo e em cores?
Não podemos ficar refém da virtualidade. Temos que ter encontros de carne e osso, conversas que nos permitam ver as expressões e não rs e CAIXAS ALTAS!
Abração
Bom dia Beto,
Concordo contigo, tudo tem sua importância, minha rede de 500 ceramistas de todos os continentes me faz ver algum sentido no facebook.
É isso aí: tem pessoas legais que tem interesses comuns que a net vai aproximar de nós e permitir uma experiência de convívio virtual, que talvez possa e deva ir para encontros reais. Por outro lado tem gente ali do lado pedindo para ser "encontrada", tocada, querendo um bom e velho bate papo! Uma coisa não pode excluir a outra!
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