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sábado, 4 de junho de 2011

O gosto novo de sábado

Deixar o corpo dormir mais um pouco.
A mulher trabalha na clínica e os filhos foram na festa junina do Pueri, o mais velho Ariel ajuda numa barraca e o outro acho que foi mais curtir que trabalhar esse ano.
A casa me fica sozinha.
Dei comida prás pombinhas da varanda, as avoantes. Vem quase sempre uma, muitas vezes duas, não sei se casal ou rivais. Complicada a relação entre essas pombas. E a gente acha que a relação entre humanos é complicada...é nada!
Os bichos são ruins. Brigam de bico, de asas, talvez até de garras.
A gente tá evoluindo do macaco prá alguma coisa legal.
Cada vez mais um assassinato será uma ignomínia.
Um roubo, mesmo um tráfico de influência.
Influenciar positivamente sim, mas traficar no pior sentido do termo em conjunto com influência, é até crime. Mesmo no mercado há regras de meritocracia e ética negocial super importantes.
Eu sou romântico, tenho ideais republicanos e democráticos. O mundo dos self made men.
Os que se fizeram, não que seus antepassados não se tenham feito...éramos mais uns elos de uma corrente de milênios, porque não dizer de séculos e milênios, e hectomilênios, mega séculos, giga milhões de anos, somos todos de outra vida, uma era muito anterior ou próprio big bang.
O big bang bung foi apenas o esporro de nosso Cronos, o esperma sanguíneo deeneaico de nossas origens.
Eu sou irmão do sapo e da E. coli. Nem um ser vivente ou inanimado me é indiferente. Qualquer um ser ou parte desse planeta que amo e de outros que não pude ainda amar, mas, que se existirem, respeito de antemão, como sempre me foi dado respeitar o modo de vida da via dos outros.
Sou mais um na multidão. Nessa louca paulistânia ultra moderna e atrasada, podemos ser e todos em todos rincões podem e devem ser humanos no sentido melhor que essa palavra, o nome último dessa raça de gentes de todo lado que sabe cuidar de um bebê, uma família, uma esposa e uns filhos homens, uns irmãos e amigos presentes ou dispersos.
Somos o sumo!
Cepa.
A nata.
Créme de la créme, o que bóia sobre as águas, moisés, e abraão, e set, e ló, e cristo maomé, somos tão binladen como bush, somos a mescla da mistura do mosto do fermento único dessa torrente de bases nitrogenadas, de clorofilas e ribo nucléicos em cadeias infindas se entrelaçando na rosca da hélice do parafuso de ribossomos de núcleos complexos e mitocôndrias como galáxias que no fundo são.
Não há macro nem há micro. Todas dimensões condensadas num post de bosta desse bosta que manda essa mensagem urgente e candente e melosa e melodiosa quiçá nessa quiçassa de espinhos de buso de flúor de zigzag na serra de Cubatão.
Era o antoproceno. Em giga hertz bites quilotons de energia se jogam ao vento e desperdiçamos o órgão orgânico organismo de sentir a fluência e a influência de Palocci, de Dilma e agora de Aécio.
Entre todos aqueles fatos galáticos "imutáveis" (e no entanto mutantes), aqui na terrinha estava aberta a temporada de caça aos votos.

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