Manhã
A enorme fábrica (de vidro?)
No comecinho da Anchieta
Mal se vê...
Cadê o ABC?
Não se vê nada
Além da Uniban
Só as margens da via se vê
O resto é uma cortina
Que passa de diáfana a mais grossa
A névoa é um colóide
Zilhões de micro gotas
Água fria suspensa no ar gelado
Atrás da fachada azul
Do CD das Casas Bahia
Um halo de Sol rasga o manto cinza
Vê-se a favela no morro
Antes da curva da Represa
E mergulho de novo no fog que afoga a lagoa
Depois é o pedágio
Meio fantasmagórico
E a mata escura do Núcleo Pilões
O fim do Planalto
É a vertigem cega
Dos precipícios da Serra
Mas tudo para
Antes do íngrime zigzag
A descida congestionada por algum acidente
A que horas vou chegar?
Mas antes das oito
Estamos em Cubatão
Onde vale a máxima:
"Neblina baixa, Sol que racha!"
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