Postagem em destaque

"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Neblina espessa

Manhã
A enorme fábrica (de vidro?)
No comecinho da Anchieta
Mal se vê...

Cadê o ABC?
Não se vê nada
Além da Uniban
Só as margens da via se vê

O resto é uma cortina
Que passa de diáfana a mais grossa

A névoa é um colóide
Zilhões de micro gotas
Água fria suspensa no ar gelado

Atrás da fachada azul
Do CD das Casas Bahia
Um halo de Sol rasga o manto cinza

Vê-se a favela no morro
Antes da curva da Represa
E mergulho de novo no fog que afoga a lagoa

Depois é o pedágio
Meio fantasmagórico
E a mata escura do Núcleo Pilões

O fim do Planalto
É a vertigem cega
Dos precipícios da Serra

Mas tudo para
Antes do íngrime zigzag
A descida congestionada por algum acidente

A que horas vou chegar?

Mas antes das oito
Estamos em Cubatão
Onde vale a máxima:

"Neblina baixa, Sol que racha!"

Nenhum comentário: