Magno (Juninho),
Desde pequeno que você usou seus dois anos a mais de idade para me oprimir.
Claro que isso só durou até por volta dos quinze anos, quando pude te mostrar que teria muito a perder se tentasse resolver as coisas comigo no braço.
Depois você passou a usar, não mais a força física, mas uma suposta "ascendência social" (seus amigos eram o máximo, os meus uns quaisquer) para o mesmo fim. Devo admitir que em muitas ocasiões eu preferi apanhar que receber o seu desprezo.
Engraçado como hoje os amigos que ainda te restaram são justamente os meus...e você os repele em aceleração centrípeta, tais suas mazelas.
Depois pegamos rumos diversos e eu passei, sem querer, a te oprimir.
Primeiro as boas faculdades que fiz, depois os bons empregos que tive, minha ascenção econômica, os conhecimentos que adquiri, essas coisas foram e são para você motivo de muita infelicidade.
Não posso fazer nada contra isso.
A não ser, como sempre fiz, compartilhar o que tenho.
Agora estamos nessa onde seus perrengues com as nossas irmã e mãe o levam a puxar facas contra mim, resvalando em meu filho e minha esposa. "Atiraste uma pedra turvando essa água que um dia, por estranha ironia, tua sede matou".
Essas ações defensivas-reativas, totalmente equivocadas e que me causaram danos profundos, não minimizarão (como em uma projeção especular demente) seus problemas pessoais, com a sua ex-mulher e com o seu filho.
O fato de você tratar o irmão da nossa amiga (o Ronaldinho) como "favelado" é indicativo dos preconceitos que te moldaram e dos quais você não consegue se desvencilhar. Há dentro de você um "branquelo azedo e de direita, um fascista", que ora se volta contra o mundo, principalmente contra os mais próximos, ora contra si mesmo e, agora, e por isso te escrevo, contra mim.
Dessa forma, como nunca suportei e me afastei de sua violência, saio da sua cena.
Dizem que a vida ensina. Aprendi com você demais, mais de seus erros que dos acertos. Espero que você possa ainda aprender bastante.
Gilberto
2 comentários:
triste isso, talvez porisso cortei e continuo cortando laços de amizades antigas, prefiro a distância do que ter que dizer um monte. E a verdade ou o sentido correto tem mil direções, nada garante que nossa posição é a mais correta. Na duvida, não desejo dissabores, poucos amigos, mas poucos que valem muito.
Sérgio,
Você sabe que tenho esse negócio de ficar carregadno pessoas pela vida inteira. às vezes é um fardo!
Mas vamos levando! O bom é alegria e não ter o que perdoar, só curtir, mas exigir isso da vida é querer demais!
Abração
Beto
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