Vim da caminhada no Ibirapuera.
Mexi nas plantas e tirei o lixo.
Lavei as mãos e parei ao Sol na janela para descançar.
Veio uma pequena borboleta amarelinha, uns dois centímetros, não mais que uma polegada, pousou na minha mão direita e esticou a língua, um canudinho comprido, mais de meio corpo dela, a enorme linguinha, com a qual ela passou a cuidadosamente rastrear o filme de água ainda não seca da pela das costas de minha mão direita...
Se fartou, ficou longos minutos, fiz o foco dos olhos míopes, já meio presbíopes, para aquele palmo de distância dos olhos, que mantive parados para não espantá-la, e então a tive assim, como a um prédio sonhando amar uma passante.
E como diria o sábio chinês, já nem sei se sonhei que era uma borboleta ou se sou uma borboleta e sonho que sou eu!
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