"Para ir ao Shabat no Chabad ao norte da Faria Lima, passava pelas mansões do Jardim Europa que ainda o faziam lembrar das "Maiores Cidadezinhas do Mundo", Cajati e Marília, onde passara mais de quinze anos em cada uma, boa parte da vida. Ia pensando na ocasião festiva e alegre. E no frango assado até o kugel de batatas de dar água na boca, pois a Rebetsin agradava com ótimas iguarias do Shabat. Mal se esquecera dos quitutes solitários de sexta feira e já sonhava o Kidush compartilhado.
Entre bobka de chocolate e cholent fumegante (cozido que é mantido quente durante todo o Shabat), discutiram as leis sobre a proibição de trabalhar neste dia.
R. não prestou realmente muita atenção numa parte da discussão porque não era dono de uma "loja" e manejava para não fazer coisa alguma para ganhar dinheiro no Shabat.
Encerraram a tarde com uma discussão sobre o conceito de coincidência.
Mais tarde, chegando em casa, R. ouviu uma mensagem na secretária eletrônica. O corretor de imóveis chamara do interior informando que após meses de tentativas para vender o imóvel com a antiga fábrica de bananada Kosher finalmente tinha uma proposta legítima para o imóvel e o negócio. Por uma razão de viagem, o comprador queria falar-lhe com urgência.
R. respondeu com medo de perder o negócio.
Parte de R. ficava lhe lembrando que era Shabat, que deveria esperar até a noite ou o dia seguinte. R. desligou o telefone. Medo de perder o negócio e de trabalhar no Shabat...Passou o resto do dia lendo e relaxando. Após o término do Shabat, pegou o telefone com calma, conversou com o corretor e depois com o comprador. A venda foi consumada.
Coincidência? R. achava que não."
(adaptação de uma história de Reno, Colorado, coletada na internet).
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