Dessa vez fui de carro (na última fui de moto; acho que pela única vez). Fiz em 4 horas, média de quase 120 km/h, um recorde. Castelo todinha, Cabrália, Duartina, Marília-Bauru.
Em Marília esquadrinhei as ruas do quadrilátero central: Prudente de Moraes do Sérgio, Quatro de Abril da Orly, São Luiz, subúrbio de Tóquio, 24 de Dezembro do Camillo, Santo Antônio, Arco Verde do Moraesão, e a rua Campos Salles do João (acredita que me fugiu o nome?, demorei a o reencontrar!). Passei nas portas dessas casas, excessão da do Sérgio, como um fantasma: não bati, não apertei campainha. Quem estava??
Novos amigos: o Luca italiano, grande músico e cozinheiro, sua esposa Célia da Unesp, o Marcus Tulius tradutor do alemão da obra, entre outros, do Hans Henny Jahn.
Nem tudo são flores, aquele ranço província, a vitrolinha exibida, o irmão mal resolvido. Mas meu "paese" sobrevive bem sem mim. Minha vila, minha ilha grega perdida entre mil viagens épicas rocambolescas, meu bairro do alto da serra do interior do Peru ou de minha tribo bérbere-judia, meu condado do interior do "corn belt", minha origem, raiz, umbigo, fulcro natal do caipira, meu chapadão, espigão, sangue do Vô, das vós, do pai e da mãe, essa última por adoção e já também como página virada, talvez. A casa do irmão, que foi do pai, da mãe e nossa, deveria ser um museu de nós. E não tem Patrimônio Histórico que a defenda, país do "quero o meu", por qualquer merreca uma hora dessa será varrida para mais um arranha céu qualquer... E ainda assim aquilo continuará um "campo santo", dentro de mim haverá esses memoriais, como navios fantasmas em portos há muito vazios, mesmo que povoados por "sucessores". O que é meu ninguém tasca, e o maior patrimônio, para os como eu, é o "imaterial".
Nenhum comentário:
Postar um comentário