Curió abre arquivo e revela que Exército executou 41 no Araguaia
Até hoje eram conhecidos 25 casos de guerrilheiros mortos; relato do oficial confirma e dá detalhes da perseguição
EXCLUSIVO - Leonencio Nossa, XAMBIOÁ (TO) (Estadão on line de hoje)
Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major Curió, o oficial vivo mais conhecido do regime militar (1964-1985), abriu ao Estado o seu lendário arquivo sobre a Guerrilha do Araguaia (1972-1975). Os documentos, guardados numa mala de couro vermelho há 34 anos, detalham e confirmam a execução de adversários da ditadura nas bases das Forças Armadas na Amazônia. Dos 67 integrantes do movimento de resistência mortos durante o conflito com militares, 41 foram presos, amarrados e executados, quando não ofereciam risco às tropas.
Leia a cobertura completa e a lista inédita dos guerrilheiros mortos no Araguaia em O Estado de S. Paulo deste domingo.
Meu único comentário sobre essas mortes dolorosas, faço com as palavras de "Fado Tropical" de Chico Buarque e Ruy Guerra:
"Sabe, no fundo eu sou um sentimental
A#
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo
D#
(além da sífilis, é claro)
C7 Ab
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
D7 G7
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."
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