A do Sérgião avecezou como o pai da Eduarda, que virou vegetal.
A do Guto cancerou: rezamos por ela. A da Sandra cuida do tio demente.
Esquecer é pior que lembrar!
A mãe da Kátia queria poder se achegar, mas tagarela e some. A da Ismênia ia vir e passou direto: não a vi. A do Gui, sempre atarefada, busca fogo para uma paz remota.
A do Gabriel, também é azougue e a dos meus filhos trabalha e tem pouco tempo para se divertir, quando não enxaqueca.
As mães são mansões de afeto e neuroses, são o refúgio certo do qual fugimos, tão fechadas as janelas dessas mansões. Às vezes às mães faltam os ares que eles insistem em roubar dos filhos, tão protetoras.
A minha mãe é louca, mas é massa.
Cuido dela quando posso.
Quero dar a ela um apezinho, sem mais jardins, salões ou muito entra e sai.
A minha mãe é velha, septuagenária. Deve querer ficar quieta.
Todo velho gosta de esperar sossegado a maldita das gentes!
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