Roberto veio mais cedo da fábrica de fosfatos de Arad para seu apartamento em Jaffa, em Tel Aviv. Kátia também não trabalhara até tarde, fora fazer a unha e o cabelo. Gil, o filho mais novo viera da nova escola em Neve Tzedek, correndo para não perder o ano novo. Ariel, no cursinho em Florentin, só chegaria depois da primeira estrela de 1o de Tshirei de 5774.
Roberto abriu o pinot grigio italiano que lhe sabia bem e a Kátia. Pôs os doces na mesa, acendeu as sete velas da menorá e orou. Pediu perdão aos seus pecados e tomou uma colher de mel. Pediu perdão pelas promessas não compridas e comeu chocolate. Ia expiar os pecados até o dia do perdão, Yom Kipur. A cabeça do ano era doce, mas os dias seguintes teriam o amargor da expiação.
Sabia que usara palavras mal colocadas e mal interpretadas. Não lhe ocorriam violências verbais e menos ainda físicas. Mas alguns atos malignos lhe eram peculiares, conscientemente ou não, e lhe ocorriam.
Naquele dia de renascimento algumas preocupações lhe sobrevinham e ele sofria. As obrigações ainda lhe tomariam mais algumas semanas e depois seriam temporariamente adiadas para umas férias com a esposa na Galiléia...era vencer as metas do ano novo. Shaná Tová!
Nenhum comentário:
Postar um comentário