Às primeiras horas de 2013 minha cabeça era um Pentecostes.
O Espírito que em mim habita despejava palavras de paz sobre os ouvidos de uma audiência desconhecida.
Éramos juntos um conjunto de significados. Não explicava em detalhes, era um sentimento de homens sem gênero, de adjetivos sem grau, comunhão pura para além do esmiuçado de sentidos.
Era dois mil, sorte nossa, e era treze, mais sorte nossa ainda. Os brasileiros, nós não perdíamos as esperanças, para além do crescimento pífio. As classes ditas menos favorecidas diziam sim à nova ordem das coisas.
As acusações todas de que Lula era o grande Diabo que "matara" (ou mandara matar) Celso Daniel, que seus filhos eram "donos" do Grupo Bertin, que ele era amante de Rose nas fuças de dona Marisa e que se locupletara completamente no exercício do poder restavam a ser provadas.
Agora era a punição de Dirceu e Genoíno. Era bruto. Era 2013.
A vida seguia seu rumo célere, célebre.
Celebremos!
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