Caetano e Betânia, ícones em si e desprezíveis no que tem de pior, não deram declarações, mas devem estar curtindo um luto doloroso, no qual me solidarizo. Junto-me na distância à família, ao Recôncavo, à Bahia e a um sentimento de brasilidade que ela portava, um estandarte de mulher, mãe e cidadã. A Claudionor já tinha virado uma vó de todos nós, com seus “panos prá lavar” e “lendo um romance”. “Mamãe, mamãe, não chore”!
E como diria o Guinga (em “Fox e Trote”),
Estranha ligação, tão descabida!
Que coisa sem razão e sem medida!
Igual a jazz ou atonais
Sons de Debussy
Como orações pentecostais
Louvando Zumbi
Municipal, um recital e eu de calça Lee
Foi como um trio elétrico descendo o Pelô
desrespeitando Dona Canô
desrespeitá-la seria um absurdo...
Curto então mais essa orfandade, sem nunca ter sorvido o leite daquela teta nem ter bebido o café da hospitalidade de sua sala ou quintal de Santo Amaro da Purificação.
Diário Esporádico: escrito por ROBERTO CORRÊA DE CERQUEIRA CÉSAR, um engenheiro escritor, taurino, pai de dois meninos (por quanto tempo ainda?), com cabelo embranquecendo e caindo, ficando cada dia mais cego!
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"Concreto"
Pedra, barro, massa Mão, calo, amassa! Levanta parede No ar D a hora Que se levante! Mora dentro F ora Vi...
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Dezembrinas
12/12/2012, 12 h e 12 min
Passou.
O que ficou?
O mundo, que não acabou!
13 de Dezembro
Quem disse que 13 dá azar?
O que é o “fim do Ano”?
Um marco aleatório da revolução
Da Terra em torno do Sol?
Por quê tão importante para nós?
“Ano Novo”:
Arranco a folhinha “velha”
E coloco a nova em seu lugar...
Finito!
E o Natal?
Dizem: Jesus renasce em nossos corações!
Mas sou pobre de crenças
Minha alma é uma mangedoura vazia!
21/12/2012
Vai passar!
O Mundo vai ficar!
E a Serra do Mar, legal, não desabará
Suas pistas entrelaçadas
Continuarão a levar caipiras do Planalto ao Litoral!
Passou.
O que ficou?
O mundo, que não acabou!
13 de Dezembro
Quem disse que 13 dá azar?
O que é o “fim do Ano”?
Um marco aleatório da revolução
Da Terra em torno do Sol?
Por quê tão importante para nós?
“Ano Novo”:
Arranco a folhinha “velha”
E coloco a nova em seu lugar...
Finito!
E o Natal?
Dizem: Jesus renasce em nossos corações!
Mas sou pobre de crenças
Minha alma é uma mangedoura vazia!
21/12/2012
Vai passar!
O Mundo vai ficar!
E a Serra do Mar, legal, não desabará
Suas pistas entrelaçadas
Continuarão a levar caipiras do Planalto ao Litoral!
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
11 de Dezembro de 2012, Jabaquara
No dia do rodízio municipal do meu carro em São Paulo, volto no fim da tarde de Cubatão e estaciono no Habib´s (uma lanchonete de comida árabe) perto do Terminal Rodoviário do Jabaquara. Tenho que esperar até às 8 da noite!
As pessoas definitivamente não são do meu bairro. E, se já há o anonimato metropolitano perto de casa, aqui é se multiplica por mil. Sou só, profundamente.
Olho as faces, os corpos imersos no calor de Dezembro que os vários ventiladores potentes pregados nas colunas do amplo salão arejado não dão conta de amainar: são brasileiros, paulistas e migrantes, são da Zona Sul de Sampa. Poucos estrangeiros se arrojariam até aqui.
A maioria jovens, casais, pessoas avulsas, famílias e grupos de amigos. Muita deselegância informal nas roupas "classe C emergente", mas todos, podemos dizer, estão "bem vestidos", à despeito das providenciais muitas pernas e ombros à mostra. E, ainda mais ali, estão todos também com a tripa forra, "bem alimentados"!
Olhar essa multidão assim, alegre e relaxada, me relaxa e alegra. Não cabe ali tanto banzo de não ter sido o que não fui. Não combina com a luz baça do crepúsculo difuso na névoa abafada.
Querer ser o que não sou e sofrer por isso não me cabe mais.
O tilintar de pratos, copos e talheres, os sons da cozinha e das conversas faz uma sonoplastia incoerente para as três tevês de tela plana montadas sob o teto em triângulo equilátero, mudas, apresentando esportes, hora futebol, outra hora canoagem, wheeling de bike, futebol australiano!
Sou mais um mudo nessa massa paulistana barulhenta. Nem rico, nem bonito, nem famoso, nem esperto, nem descolado.
Só um homem de meia idade tentando se acostumar a morrer para aprender a viver feliz!
As pessoas definitivamente não são do meu bairro. E, se já há o anonimato metropolitano perto de casa, aqui é se multiplica por mil. Sou só, profundamente.
Olho as faces, os corpos imersos no calor de Dezembro que os vários ventiladores potentes pregados nas colunas do amplo salão arejado não dão conta de amainar: são brasileiros, paulistas e migrantes, são da Zona Sul de Sampa. Poucos estrangeiros se arrojariam até aqui.
A maioria jovens, casais, pessoas avulsas, famílias e grupos de amigos. Muita deselegância informal nas roupas "classe C emergente", mas todos, podemos dizer, estão "bem vestidos", à despeito das providenciais muitas pernas e ombros à mostra. E, ainda mais ali, estão todos também com a tripa forra, "bem alimentados"!
Olhar essa multidão assim, alegre e relaxada, me relaxa e alegra. Não cabe ali tanto banzo de não ter sido o que não fui. Não combina com a luz baça do crepúsculo difuso na névoa abafada.
Querer ser o que não sou e sofrer por isso não me cabe mais.
O tilintar de pratos, copos e talheres, os sons da cozinha e das conversas faz uma sonoplastia incoerente para as três tevês de tela plana montadas sob o teto em triângulo equilátero, mudas, apresentando esportes, hora futebol, outra hora canoagem, wheeling de bike, futebol australiano!
Sou mais um mudo nessa massa paulistana barulhenta. Nem rico, nem bonito, nem famoso, nem esperto, nem descolado.
Só um homem de meia idade tentando se acostumar a morrer para aprender a viver feliz!
sábado, 8 de dezembro de 2012
Onda de calor e praia de paulistano
Dezembro querendo virar verão na folhinha...e a Argentina não serve nem prá mandar frente fria mais. Só manda a Cristina prá Brasília. Queremos frio! E olha aí o que neguinho apronta nesse centro de São Paulo... Ilha de calor e praia a mais de 100 km com congestionamento no meio, falta de clubes e esse estágio pro Inferno dá nisso:
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