Saí de casa cedíssimo, pouco depois das 7. Trampava o dia. Saía depois, ainda "cedo", por volta das 18 do Largo do Arouche, horário de verão ainda, "claro"...um táxi no congestionamento, um bahiano falante na condução, meu amigo Paul no iPhone, eu absorto em admirar minha megalópole. A ir, a navegar, a perambular, a flanar, a trafegar, a me perder e a me encontrar na tarde plúmbea, ainda com luz natural do céu baço.
Esperando a chuva criadeira, trovoante, bombástica, que havia de vir, cair, derramar e refrescar tudo, sem no entanto alagar e congestionar mais ainda a vida e as coisas.
Eu era. Existia. Sem mais. Alegremente, ou vivamente, PERAMBULAVA...
Se o projeto moçambicano ia ou não ia, isso era outra coisa, outra exterioridade, outra VIDA.
A minha vida era agora esse apertamento, essa familiazinha, essa vidinha que eu levava sendo tantos e sendo outros e sendo grande em sendo pequeniníssimo...
Pouco importava o que eu era ou tentava ser: falava, palavreava, existia. Cogito, ergo sum.
Assim era, assim postava, assim blogava, numa noite chuvosa do mês de febrero da graça de nuestro señor jesus cristo de dos mil e douze, como diriam meus irmãos ali do lado de cima, os cariocas.
Vésperas de Caranaval, carne novalis, velha festa estival de cambiar senhores por escravos e homens por mulheres...Festa de trocar a dura realidade pela amada FANTASIA!
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