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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

sábado, 31 de outubro de 2009

Outros Outubros vieram

E virão, mesmo que um dia eles não sejam mais para mim.
Quando eu morrer essa terra existirá para além de mim.
Sou e um dia não serei, assim como um dia, por eternidades antes do meu nascer, eu ainda não era nem tinha sido, dormindo em essência e potência num lugar difícil de se imaginar, num futuro que agora é passado pregresso.
Progresso!
Segura! É sábado de manhã de um feriado prolongado.
Vou viajar com a família para o Sul, Vale do Ribeira.
Dentro de poucos minutos vamos partir.
Medo de encontrar algo meu fora do lugar, alguma coisa onde não a quis.
A vida é assim, até para passear temos medo, o reeencontro do passado é sempre cheio de frios na barriga, e idem para o "temido" futuro, que traz o novo, sempre!
Carro abastecido, malas no porta malas, esperando os meninos virem da escola (já que o Pueri está repondo o adiamento do reinício desse segundo semestre pela gripe suína assim, alguns fins de semana tem aulas no sábado cedo também)...aproveito minha velha ansiedade, já minha amiga, para "matar o tempo" escrevendo.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Aos Sérgios que voltam

Um eu tenho certeza que lê e quiçá comentará.
O outro eu acho que lê e por isso mando o recado.
O recado é contenção, mas euforia contida.
Por ver que não preciso perder os amigos por quereres, mas devo saber calar e escutar suas mudas reprovações.
E entender que dedos em riste não nos convém.
Devemos espalmar-nos, apertarmos as mãos e estreitar os abraços.
De amigos irmãos de fés, de outras plagas, de memórias e possibilidades de rendenções perpétuas.
Pois "amigo é prá se guardar", "amigo estou aqui", "mas é muito bom saber que você é meu amigo" e por aí afora, vida afora, a fora estarmos distantes dentro do peito vos carrego.

Quinta Feira

Recebemos as visitas do Presidente e do Vice (da empresa, toda quinta o primeiro vai lá e o segundo chegou na empresa nessa semana).
Desempenhei. Tá certo que ainda tomei comida pelo custo do projetista.
Mas o dono não levantou a voz, só quando disse que ia falar uma besteira e falei de contratar energia para as dez unidades com uma concessionária só a troco de desconto e ele pilheriou, mas quis ouvir.
Bem, aos poucos vou virando "da casa" e rola uma certa camaradagem.
Bem vindo seu Gerson Veríssimo!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O não legar é a grande dor

O professor perto da compulsória se debate para não ver seu legado ser dispersado ou mesmo sucateado.
Salas fechadas, há anos sem pessoal de inciação científica, mestrandos e doutorandos...
É como não ter filhos e ver que nossa raça se acaba!
Urubus, alguns dos pares só esperam o dia de sua aposentadoria para comer espaços, espólios, passar tratores onde um dia ele sonhou jardins e flores.
Se precisamos de muitas coisas, uma delas é legar a outrem nosso espírito!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Unicamp, Plasma Industrial

Amanhã vou ver um professor que estuda isso, no Instituto de Física Gleb Watachin...
Recordar é viver, vou na DGRH para pedir meu PPP, talvez dê um abraço na Angélica e na Verona.
No Caetano, em quem mais?
É bom ter essas grandes escolas no currículo e poder voltar sempre a elas para se banhar na fonte do saber, que lá tem!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mais um amigo Sérgio se vai

Perdi um amigo Sérgio por não querermos meia amizade.
Agora outro anuncia sua ida.
Acho que já vai tarde, tanta desfeita ele me fez e faz.
Amigo ruim, já bastam os inimigos.
É um preço de envelhecer, ficar mais só, mas ter muito mais personalidade para continuar sendo você, sem precisar de uma turma que te apóie e te foda.
"O homem velho deixa vida e morte para trás...
A solidão agora é sólida, uma pedra ao sol
Já tem a alma saturada de poesia, soul e rock'n'roll..." (Caetano Veloso)
Um abraço meus ex amigos, que a morte nos seja leve e, que se seus espiritismos e rosacrucianismos estiverem certos, que nos encontremos na outra vida para a benquista reconciliação e curtição do tempo fora desse (tão cruel) tempo!

Incertezas da profissão

Não quero um poder que não tenha.
Quero um poder que me seja dado, conquista de meu passado e potencial de meu futuro.
Quero ser xerife, de estrela no peito, de revólver na cinta, de ouvido e olhos atentos e de pontaria precisa para acabar com os vida torta da cidade!
Quero Diretoria Operacional sim, mas quando vier que venha armada, armas e bagagens, pois não mendigo cargo nem vou na casa alheia dar palpite e ser mal recebido.
Ou tudo ou "insultoria".
Meio poder não me serve!

Fados, de Carlos Saura

"Oh musa do meu fado"...(Chico Buarque e Ruy Guerra)
Quem gosta de música, de dança, de teatro e de lusofonia, além do bom cinema de Carlos Saura, tem que ir ver esse filme aí.
Lisboa principalmente e vista "de fora", o Rio, Luanda e Maputo, o Porto, as ilhas oceânicas, Cabo Verde, a diápora toda lusitana, que aqui, nessa terra sulamericana lesa, gigantesca e esparsa, se nutre de 200 milhões de lusófonos, estão todos lá.
E pasmem, descobre-se que o fado é também de raízes afro brasileiras, sendo os retornados e emigrantes daqui e de lá os precursores do gênero!
Grande Carlos Saura que faz da imagem e do gesto a sua própria expressão.
Se é documentário, se é musical ou outra coisa, eu não sei.
Só sei que é grande cinema ibérico e lusófono, com toques de castelhano e de kriolu.
"E deixa os portugais morrerem à míngua,
Minha Pátria, Minha Língua." (Caetano Veloso)

Låt den Rätte Komma In, 2008

O título do post é o original sueco de "Deixe Ela Entrar" (e vejam como essa língua nórdica deixa entrever as raízes saxônicas...).
Esse filme traz no bojo de um repisado vampirismo, de novo na moda, algumas boas surpresas.
Uma é uma visão sueca do mundo, muito fria e organizada, mas também decadente, invernal e triste.
A outra é a idéia de que o amor pode ser o portador de um revide.
O amor nasce entre Oskar (Kåre Hedebrant), garoto de 12 anos, um lourinho filho de divorciados e saco de pancada na escola, e a vingança é trazida por Eli (Lina Leandersson), que também tem 12 anos, só que há muito mais tempo.
Se apaixonam, no jardim coberto de neve diante do prédio, à noite.
O diretor Tomas Alfredson ironiza o pai de Eli (no meu entender seu ex amante, como o será Oskar) que só toma leite, e os vizinhos do condomínio (o criador de gatos, os fumantes alcoólicos, os pobres diabos bem nutridos pelo gordo sistema social sueco, a violência por baixo da casca supercivilizada encarnada no irmão do "buller").
Um filme para não se levar a sério demais. Mas ainda assim um belo espetáculo!

Herbert de Perto

Vi o filme acima e vi passar tanto a vida dele como a minha na tela.
Não matei minha mulher, nem estou paraplégico.
Mas vivo assim indeciso e decidido, embalado aqui e ali pelas canções dos Paralamas.
E severino, vou de Fito em Charly, vou de uma brasileira a outra, sonhando acordes jamaicanos e de todas cores.
Rio Brasília, paulistanamente!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Segunda à domingo

ou "Segunda feira dominical"
O dia da mãe de Cristo Aparecida (ô lenda vale sul paraibana!) nos deixou do jeito que paulistanos amam ainda mais sua cidade. Ainda sem carro, ir a pé na pada, misto e expresso com vitamina paulista, jornal, ir ao Extra comprar nos caixas vazias, preparar sempre um almoço e convidar amigos, reunir a família sem os traumas da pressa, das angústias e ranços diários.
Frango atropelado ao queijo parmesão, aspargos brancos peruanos ao vapor, milheto coreano, quinua boliviana, um cachi assado, pimentões vermelhos e ceboa com as batatas corados na gordura galinácea pregada no fundo da forma...
Um trago de graspa, uma cerva e depois, na mesa, um bom vinho vermelho argentino.
Café, transar, fumar um cigarrinho, ou dois!
Um licor e fazer a mala (pois o jogo da selecinha nas alturas foi ontem, dois a um pros "moralenses".
E voar de noite prá Alagoas, espero que no contra fluxo, mas ainda assim retorno de feriado.

domingo, 11 de outubro de 2009

Irmão e Cunhada

"Quando um não quer, dois não brigam."
Ali os dois queriam e tiveram.
Meu irmão saiu de casa empurrado por uma ordem judicial de separação de corpos.
É humilhante, previ isso há seis meses quando intuí que iam para um divórcio pouco amistoso, principalmente pelos dois disputarem a casa, a herançca do meu pai que nem sequer a conheceu. A psiquê dos meninos ficou em último plano: era preciso cuidar de tijolos primeiro!
Agora, entre depressões e euforias, ele precisa achar um bom imóvel para passar os próximos pelos menos três anos...Precisa jogar fora as roupas velhas, se arrumar bem e cuidar de dentes, rim (que ele só possui um), das enxaquecas e pressões altas, se conhecer e se melhorar, entender a filosofia do 5S e aplicá-la em seu escritório e na sua vida particular.
Eu, da minha parte, peguei na mão na hora pior.
Enxuguei seu pranto e dei algum tutu.
Agora estou de novo a 450 quilômetros e quero que ele se vire!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio de Janeiro 2016

Falávamos da ascenção da China.
Agora digo que em 2016 vamos, com a Dilma, sermos um país mais forte e respeitado!
Vamos fazer a primeira Olimpíada na América do Sul!
Viva a vitória brasileira!

Etimologia dos nomes dos elementos II

Térbio (65, família dos lantanídeos) vem de Ytterby, região da Suécia onde o dito foi encontrado, depois o elemento foi separado e descoberto por Carl Mosander em 1843.
Samário (62, família dos actinídeos) vem de samarskita, minério descrito por Samarski, um engenheiro russo, onde se encontam urânio, nióbio, tântalo e traços do samário!
Nióbio (41, metal de transição) vem de Niobe, na mitologia filha de Tântalo e mãe de Anfião.
Tântalo (73, metal de transição) já está dito!
E Urânio (92, actinídeo) vem de Urano, divindade que personifica os céus e dá nome ao sétimo planeta (e adoro o número sete).
Hidrogênio (1, não metal) é o "gerador de água", como seu nome diz.
Hélio (2, gás nobre) é o "sol", pois lá no "astro rei" tá cheio dele.
Lítio (3, metal alcalino) é "lithos" (pedra) ou "que se dissolve"? Fico com a segunda!
Berílio (4, alcalino terroso) é "gema de cor verde mar", em tradução quase livre do grego "bêrúllion", que também pode ser a origem de "brilhum", brilho em latim.
E tem mais...

Etimologia dos nomes dos elementos

Mendeleiev sabia das coisas... tanto que temos o Mendelévio (101, actinídeo) em sua homenagem.
Molibdênio (42, metal de transição) vem do grego "mólubdos", origem do correlato do latim "plumbum", chumbo. Então o latino "molybdaena" seria qualquer "massa de chumbo" (do grego "molúbdaina"), já que a molibdenita, minério sulfetado de molibênio, parece a galena, sulfeto misto de chumbo e, geralmente, prata.
O Índio (49, metal não de transição), chama-se assim pelo índigo, pois o metal "apresenta raias azuis" (não sei se a olho nu ou em alguma análise).
O Cério (58, lantanídeo) vem de Ceres, deusa filha de Saturno, que ensinou os homens a agricultura, nome introduzido por Berzelius para um elemento descoberto por ele, Klaproth e Hisinger em 1803!
Gadolínio (64, também lantanídeo) é homenagem que os descobridores (Marignac e Boisbaudran, em 1880) fizeram ao químico finlandês Johann Gadolin (que tinha estudado as terras raras, ditas gadolinitas, em que ocorrem Berílio, Ferro, Ítrio e, minoritariamente, Gadolínio).
E por aí vai...