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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Calma

Mais que um estado atingido, um devir!
O ansioso (que corre sempre para ganhar tempo nos semáforos, mesmo que a pé, que termina o almoço pensando na janta) sabe que o certo seria deixar o tempo correr viscoso, denso e condensado...
Estou sempre em uma expectativa não atendida de uma plenitude que não atinjo.
O zen me foge, o nirvana se alija, o paraíso fica sempre dez passos além, entrevisto em frestas do presente para o futuro, do presente para o passado!
Que falta sinto da yoga, do relaxamento bom depois dos músculos solicitados a se estirar e contrair...
Essa incompletude e deslocamento me acompanham, talvez sejam mesmo minha essência!
Por mais que eu queira me mudar, é como se largar essa ânsia seja mesmo me trair, me abandonar, soltar a mão da criança grande que sou, com riscos de perder algo precioso.
Assim sigo, assim vivo, assim sou?
Fim de ano, Natal e Ano Novo: portas se abrem para encontrar a paz almejada?

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