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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Ruído

Tá um barulho político. Ecos de Chavez e Evo, mas na quarta à noite o Lula foi correto (numa entrevista para os Carlos, Nascimento e Chagas). Disse que tem pendores socialistas, mas que estamos longe, que é um grande democrata e tal. Fez uma profissão de fé contra o terceiro mandato, que sempre foi contra a reeleiçao (se fosse mesmo não se recandidatava). Bem, já que é para ser assim, rezo para Santa Dilma: mulher, parece homossexual, competente e honesta. Sei que o povo talvez prefira o Aecinho (pois bonito) ou o Serra ("Pinky e Cérebro") e até o Alckmin (o nosso Xuxu tem mais gosto que o dos outros).
Deus nos livre de Garotinho e quejandos, nos livre de outros Collors, nos livre de todo mal, amém. (Persignação três vezes, sobre a testa, sobre a boca, sobre o peito). Te dou meus pensamentos, minhas palavras e meus sentimentos. Mangalô três vez. Sai zica, eh, xô, passa passado, prá frente é que se anda.
Espero um presidente (governador, deputados, senador, verador e prefeitos) melhor a cada eleição!

Grande bacia do Ribeira: veredas

Cajati, suas águas, em bem antes de dar pelo Jacupiranga abaixo de Registro vem serpenteando meandros pela planície baixa. Lá para cima, colhe águas dos altos do Rio Azeite, o Capelinha, vem formar o Jacupiranguinha, pega o Guaraú, que vem do Batatal e do Inhuguvira, somam-se ao Pindaúba, o Canha. Pela esquerda dessas águas vem o grosso, o da Ribeira, descendo dos altos de Apiaí, onde depois pega em Iporanga o Betari, que vem do Bairro do Serra, onde caverna é uma para cada dia do ano. Águas que nasceram no Paraná antigo de tropeiros, de Adrianópolis, de Sengés e Jaguariaíva e vem costeando a Serra do Paranapiacaba. Pela direita o espinhaço da Serra do Cadeado nos separa também do Paraná: Batuva em Guaraqueçaba, o Superagui, Lagamar, Cardoso e Ilha Comprida, baías, mares de dentro, canal do todo golfinho, onde até onça atravessa na fome e anta por se perder, jacaré do papo amarelo come robalo pequeno e grande que se descuida. Um quê de antigo, de imemorial. Banana, bananeira, bananal, cachos e pencas em lombo de gente, carrinhos, carretas. Aqui e ali um chazal, na Laranjeirinha, no Capinzal e quase perto do Serrote. "Todas minhas lembranças eu queria comigo".

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Septuagésimo no IDH

Tiremos os 15 ou 20 países pequenos e muito modernos ou ricos (Islândia, Luxemburgo, Brunei, etc).
Tiremos os 15 ou 20 países economicamente predominantes (EUA, França, Espanha, etc).
Nossa competição é interna: acabar com miséria e tornar a pobreza digna.
Aí ficamos onde estamos: ombro a ombro com muitos sul e centro americanos, europeus do leste, asiáticos do sul e os melhores africanos. Quase setenta lá atrás.
A China e a Índia loucas para nos passarem, o que é medida mais do avanço comum que de uma imobilidade brasileira.
A paz mundial ainda está longe (vide Iraque, África, Coréia do Norte, Oriente Próximo e Paquistão), porém a vergonha de termos humanos desassistidos persiste, mas diminui.
É um bom começo para o 3o milênio!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

High School Musical

Indo almoçar vi centenas de meninos e meninas na fila da seleção para o projeto da Disney aqui no Cenesp.
Na esteira do sucesso estadounidense, vão fazer a versão argentina e a brasileira (acredito que outras também).
Bem, dizem que tudo tem dois lados (menos o disco da Ana Carolina, ainda mais agora que o vinil está desaparecendo), mas porque esses garotos não se juntam para falar da Mata Atlântica ou algo que o valha? É só o poder da grana, ou falta de criatividade?
Será que vamos nos condenar a separar o mundo em "winners" e "loosers" como o grande irmão do Norte??
Um pouco de nacionalismo vai bem!
Sejamos menos sub-Broadway, sub-Disney, sub-Alabama.
Temos tanto para nos orgulhar e ficamos com inveja do peru de Thanksgiving dos caras?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Chuva em Sampa

A chuva cai e me alegra.
Dentista, cartório, passei na volta no Paco e comi duas esfihas e trouxe mais seis, três de carne e três de queijo, para a mulher e filhos.
Pacotinho amarrado a ráfia, no laço, equilibrando-se na mão já cheia com documentos, trazido acima, perto do guardachuva para não pegar uma gota e chegar em casa ainda quentes.
Calçadas escorregadias, meios fios um pouco inundados aqui e ali, coletoresde calhas sendo descarregados nos lugares mais inadequados, risco iminente de ser colhido pela vaga de um carro na poça, mas cheguei bem, molhado pero no mucho.
O rio Pinheiros se dilui e o cheiro diminui, as ruas se lavam, minha terra melhora.
Viva a chuva paulistana!

domingo, 25 de novembro de 2007

A casa de Alice

O Filme acima requer mais apuro técnico, mas gostei do argumento.
Se meu taxista me chifra, eu manicure o chifro também.
Duro ver os filhos fracassarem.
"Para que mostrar a classe média para ela mesma"?
Para ela se ver no espelho, nas ruas de nossa cidade.

sábado, 24 de novembro de 2007

Bituca em janela

Mesmo fumando, acho o vício perigoso e tento não danar ninguém à minha volta.
Mas o assunto é meio outro: moro em prédio, no primeiro andar. Quatro por andar, me coube na janela da cozinha uma "laje", onde cuido de plantas.
Recebo dos apartamentos de final 1 e 2 todo tipo de mimo que passo a arrolar: algodão com esmalte de unha velho, bituca de cigarro, palitos de fósforos, linhas, trapos, comprovantes fiscais amassados, papeizinhos em geral. Talvez os mais nojentos: resto de alpiste do passarinho e cabelos (geralmente mulheres, pois compridos), cujos donos feladapu insistem em jogar sobre mim e não no lixinho.
É tudo gente "rica", "dos jardins" (apesar de ser do Itaim Bibi).
Não se justifica idem a empregutcha fazer os brindes, pois os apês não são tão grandes que permitam que os donos não vejam e supervisionem os hábitos da dita.
Temos que ser limpinhos. E não é só no prédio: tem que catar cocô e xixi do seu cão e gato na rua e parques, jogar "sujeirinhas"(ou sujeironas) pela janela do carro, nem pensar!
A rua é minha, é sua e é nossa. A Amazônia dos urbanos é sua calçada e asfalto!

Tupi

Sonho nacionalista: Bacia de Santos maior que a de Campos.
Petrodólares enchendo nossos bolsos: escolas, hospitais, rodovias, portos, navios, indústrias químicas. Divisão de renda.
O país do futuro?
Cresci ouvindo alvíssaras mescladas com muxoxos.
Mas sempre otimista (apesar de várias vontades de emigrar).
Não me deixem perder a ilusão, a utopia de que agora vai.

E não nos deixemos acomodar: energia vai faltar sempre e vai ter um custo cada vez maior. Não tem lenha para 6 bilhões de humanos. Petróleo, hidroeletricidade, nuclear, vento, maré e muita economia.

Reduzir, reusar e reciclar. Tudo. Crédito de carbono se faz em casa.

Terceiro mandato

Todas as forças para um sonoro não. Se PT e coligados não tem nome (por que Zé Dirceu e colegas se meteram no que se meteram) e se a Dilma não é popular o suficiente, então que venha o Serra!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Buzina de avião

Termo que se usa para coisa que não deve ser usada.
Combinemos assim: buzina só para evitar mortes ou advertências muitíssimo importantes.
Nada de buzinar em frente a prédios para avisar o amigo do 15o andar que a fofa chegou. Nem achar que o cara da frente está parado por que quer (sim, normalmente ele está preso no mesmo congestionamento que ..você).
Falo isso para elogiar: cada dia a buzina é menos usada. Claro que tem uns motoboys que insistem em nos avisar de sua meteórica aproximação no estreito corredor e outros delicados e delicadas que insistem em nos brindar com suas cornetas.
Reparem: cada vez tem menos buzinadas. Isso libera uma energia legal para os pedestres e outros motoristas, faz o tempo passar mais rápido nas longas horas que esperamos e esperaremos nas intermináveis filas metropolitanas.
Em suma: é feio buzinar. Contenhamo-nos!

Dunga e os demais seis anões

Incrível capacidade da "selecinha" nos irritar, frustrar e... deliciar.
Viva São Luís Fabiano. 2 x 1 é magro mas são três pontos!
Continua a sina do único país (penta campeão, duas vezes vice?) que foi a todas as copas.
Enfrentei duas horas para chegar em casa no rush (culpa do Morumbi e entornos, um pouco a volta do feriado), dormi mais tarde, tive raiva por minutos, mas fui feliz no final. "Dura" vida de torcedor. Futebol para mim tem um time, todas as demais cores (no meu caso alvi negras sofredoras) pálidas diante da maravilha (canarinho na camisa, short azul).

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Mutum bis

Quem já teve pai tacanho sabe a merda que dá.
Violência doméstica marca fundo, demora para cicatrizar.
Por outro lado, digo para além do caso pessoal do matuto pai do Thiago (o personagem do filme), isso se dá sempre mais em lugares atrasados, onde há submissão feminina e onde o poder da lei (polícia, juízes, mesmo educadores) é menor ou inexistente.
O Brasil do lado ruim de Mutum precisa ficar cada vez mais reduzido, ir minguando...
Precisamos (e estamos tendo) pais melhores, pois as mães quase sempre o foram.
É o tal poder feminino: nós homens estamos ficando mais "mulher" nesse sentido, e isso nos engrandece.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Mutum

Vou ver o filme, baseado em Guimarães Rosa.
Tou leno o "Grande sertão veredas",acho que vai casar com o espírito da coisa.
Brasil grande, atrasado,violento e terno.
"Viver é muito perigoso, o diabo na rua no meio do redemunho".

Terça feira "gorda"

Não estamos no "Mardi Gras", mas parece fosse.
Feriaduca. Pós praia. Viagem, casa arrumada, almocinho.
As plantas vicejam, a época é propícia (chove, faz sol que ainda não torra e areja fresco). PRIMAVERA.
Nós em casa, fotos, arrumar o fim da desordem causada por alguns dias na Dinamarca. A algo de podre. A vida volta e vai,segue firme, a morte é anunciada,mas nessa fase da vida nos julgamos quase imortais.
Filhos na escola boa, amanhã faculdade (pública?)...
São Paulo é gostoso, é gostosa, digo estado e cidade.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Christiania

Perdi de ir nesse lugar (estava a trabalho, faltou tempo). É um bairro "livre" de Copenhagen, diziam que era um estado autônomo, cada vez mais acossado pelo governo dinarmarquês. Era um campo de barracas acho que do exército, foi ocupado por centenas de jovens em 1971. Alguns estão lá até hoje. Um dos primos (acho que o Christian, por coincidência) morou lá por quinze anos, se for ele agora está no Peru ajudando os "hermanos" através de uma ONG ajudada pela Danida (agência social do governo deles). Mas vi a "Pequena Sereia"... E fiquei no Hotel Admiral (www.admiralhotel.dk). Sorte minha.

Dinamarca

Vim ontem de Copenhagen. Nunca sei se termina em m ou n em português...Kobenhavn, corruptela de Komandhaven, sei lá, tem mais saxonismo nórdico, mistura de tudo que está acima das línguas latinas (com aquela excessão da Finlândia) e à oeste dos eslavos... Frio, bicicletas, lourice e muitas coisas boas. Fui na casa do Tio Jorgen Kaarsberg(lê-se "Ion") em Birkerod. Minha mulher acha esquisito eu contar esss coisas "íntimas", mas ela acha quase tudo esquisito! Bem, ter 5 primos na Dinamarca é massa, mas sinto que eles sofreram por serem 50% (pela mãe, Eunice Cerqueira César Pereira de Castro) brasileiros. Por outro lado, eles foram e são quase um consulado honorário do Brasil naquelas plagas, o que não é pouco.

Foto

Quando eu tiver saco de seguir todos os passinhos do Blogger, eu ponho minha foto. Pensado bem, para quê?

Início

Hoje eu estou em Barra do Una com uma conexão wireless e dessa forma inicio um blog que espero que seja um canal de contato com outras pessoas que de alguma forma tenham idéias semelhantes às minhas (ou contrárias, sejamos democráticos!) sobre o que é ser brasileiro nesse início de século XXI.