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"Concreto"

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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Meus avós e meus tios paternos

Meu avô Luiz Egydio de Cerqueira César nasceu em Piraju em 26 de Outubro de 1895. Aos oito anos acompanhou seu pai, Joaquim Egydio de Cerqueira César (Quinzinho) e sua mãe Ana Flora Braga numa épica mudança, em julho de 1906, quando a família (pai, mãe e quatro filhos: Ernestina, Luiz, Paulo e Iracema) deixou Botucatu e foi de trem até Uberlândia e dali partiu a cavalo até a "Vila Boa de Goiaz", como era chamada a cidade de Goíás, também dita "Goiás Velho". Foram 15 dias de cavalo, travessia do Parnaíba em balsa precária e com vento forte, campos preparados, invernadas, serras, vales, rios, bandos de siriemas, as palmeiras de guariroba e tantas outras, outras vistas e relevos, a Mata Atlântica virando Cerrado, outra a vida a começar, famílias e autoridades a se relacionar, a saga-sina nossa de migrar tava já no sangue desse Quinzinho. Saudades das terras paulistas sempre, mas a disposição pra crescer e multiplicar. Lá no Goiás nasceu o 5o filho do casal Quinzinho e Ana Flora, a tia Ana Cândida (Nicóta * Goiás 2-1-1907 +Mineiros 22-7-1910).

A família mudou-se em 1910 para Mineiros (mais 400 km a cavalo, outra saga bandeirante sertaneja), onde meu Bisavô Quinzinho foi tabelião e, nas horas vagas, professor. Minha tia Ernestina com 15 anos montou escola para meninas (cujas algumas alunas de longe moravam na casa da família da professorinha). Em 27 de Maio de 1910 nasceu o 6o filho, a tia Ana Flora de Cerqueira César (Tia Florinha). 

Meu bisavô ficou em Mineiros até 1923, plantou cana, montou engenho, plantou fumo, fez fumo de rolo, casou duas filhas (Ernestina e Iracema) com dois irmãos Pereira de Castro e então começou a volta dessa minha gente ancestral para São Paulo...e depois a busca de terras pelo Luiz, até tudo vir a confluir numa tal de Fazenda Floresta no rumo de Avencas, distrito de Marília.

Tá, então tenho que contar a história do meu avô. Luiz Egydio fez uma série de peripécias já no Estado de Goiás. Foi menino ajudante de tropa de burro, subiu de Goiás pelo atual estado do Tocantins, pelo rio de mesmo nome, mais burro e perna e canos até descer o Mearim, foi pra São Luís, tomou um ita no Meio Norte, desceu quase mês depois no rio e voltou pra casa de trem e cavalo. Casou-se em 1916 com minha avó Claudimira de Oliveira (dá prá escrever dez livros sobre a família dela, os Carrijo Rezende fundadores de Uberaba, Uberlândia e Mineiros). Vô Luiz foi comerciante em Mineiros e no Garimpo do Rio das Garças no Mato Grosso, veio prá São Paulo em 1923 e foi comerciante em Icém e agricultor em Bauru. Foi prá Marília em 27, comprou a tal Fazenda Floresta, plantou café e depois levou seu pai e sua mãe para morar com ele e a família.  

Nasceram então dessa união do Luiz com a Claudimira o Tio Eduardo (Mineiros, 1917), o Tio Clóvis (Mineiros, 1919), a Tia Julieta (Mineiros, 1920), o Tio Erasmo (Mineiros, 1921), a Tia Iracema (Icém, 1922), a Tia Cóta (Bauru, 1925), o Tio Renato (Marília, 1930) e Alexandre (o meu pai; Marília, 1932).

Meu pai foi o primeiro que se foi, em 24 de Janeiro de 1984, pelas mãos de um fascínora de alcunha Maracaí. Ontem foi a Tia Cóta, depois de uma longa luta contra uma demência que só lhe afetou o físico muito recentemente (lembro de conversar com ela tipo uma década atrás e ele ter memórias profundas que repetia, esquecimentos de fatos triviais, mas sobretudo a memória da mãe e mulher e professora que ela foi). Foi uma mãe pra mim também. Sua voz maviosa vai sempre cantar para mim.

Não sobra mais nenhum dos filhos do Luiz com a Claudimira (tou feliz porque os filhos da Vó Eugênia tão ainda respirando bem e forte espalhados por aí, mas ainda centrados na Cida, no Paulo e no Zeca e na Lúcia lá perto das nossas raízes marilienses). Vô Luiz nasceu em 26/10/1895 e a última filha dele com a Claudimira se foi ontem (11/10/2020). Foram 125 anos entre ele nascer e o último filho vivo dele partir. Eu gostaria de ter um alcance de vida desa magnitude, tantos filhos hoje já nem sei, tantos netos nem pensar! Gente demais ele dizia, atribulava a velhice dele, preocupado com a moral, os bons costumes e o sustento de cada um, à maneira dele.

Os parentes vivos, principalmente meus primos irmãos (Paulo, Maria Luíza, Guto, Júlio, Hélio, Ana Cristina e Luiz) recebam o abraço forte e o beijo do primo já distante. O que herdo são os ensinamentos de tudo (de culinária, música, trabalhos manuais, à redação e matemática, mas sobretudo o amor de acolher tantos filhos, noras, genros, sobrinhos, amigos desses e todos outros e dar a eles o de comer e o de beber ao corpo e ao espírito, com o beneplácito do Rocão). Valeu Tia Cóta!

domingo, 11 de outubro de 2020

No dia que a tia Cota se foi, um textinho sobre o irmão mais velho dela.

 Cerqueira César, o pracinha de Marília

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

"O povo de Marília" agradece, ao menos no monumento no centro de sua praça, ao coronel Edoardo Cerqueira César, "o pracinha".
Que nasceu em Mineiros de Goiás (GO), filho de "agricultores sem fazenda" que chegaram a Marília no fim dos anos 1920, "quando era ainda um sertão de onças".
Ele quis seguir a carreira militar e foi estudar no Rio. Virou aspirante em 1943 e foi para a zona conflagrada de Natal (RN). Voluntário, chegou ao front em 1944.
Dizia que não matara ninguém. Mas lembrava do barulho seco de milhares de botas inimigas, aproximando-se do pelotão de 36 pracinhas em Livorno, na Itália, quando foram surpreendidos pela bandeira branca, sinalizando a rendição da divisão alemã.
De volta ao Brasil, seguiu a vida militar e reformou-se como coronel. E virou fazendeiro. Com a bonificação dada pelo governo, comprou um sítio, que nos anos 1980 encheu de búfalos de Marajó.
O tempo da velhice, preenchia com leituras de história. Da guerra trouxe um símbolo do fascismo arrancado de um prisioneiro, e a bússola e o binóculo usados em combate; que os filhos perderam. Intacto, só o Monumento ao Expedicionário Brasileiro, ainda hoje no centro da principal praça de Marília. Um a um, o viúvo levou os oito filhos e 18 netos para vê-lo.
Foi internado por uma pneumonia e morreu no dia 11, aos 90 anos, do coração.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Celso Ubirajara Russomanno

 Celso Russomanno é político discípulo de Paulo Maluf e Edir Macedo, apesar de se dizer honesto e católico.

Aparentemente seus diplomas não foram suficientes para não usar botox e pintar o cabelo.

Sendo altamente ideológico ("farinha de pobre e pouca, o meu pirão primeiro) muda de partido a cada eleição e agora vem aí pelo Republicanos, que de republicanos não tem muito. Gostam mesmo é de voar de helicóptero e jatinhos carregando polpudas malas com milhões em notas de dinheiro parco e amassadinho coletados dos coitados que acham que a salvação vem dali.

É também 171, pois fraudou contrato de aluguel para disputar contro o Celso Daniel em Santo André, mantém ONG com os familiares e faz altas emendas para injetar dinheiro nas veias dos mesmos e tem ilibadas relações com o bicheiro Carlinhos Waterfall. Podemos dizer que é um político "Onesto" e "verdadeiro".

A "maldição" que o acompanha é a do cavalo paraguaio. Começa a carreira em primeirão e após a primeira curva já está sendo desconstruído e sem fôlego. Vai tomar tunda do Escuro Tumbas, digo, do Bruno Covas, outro rematado pilantra desde os tempos que roubava a Fundação Florestal e fazia negócios escusos com o Tio Zuzinha na Tejofran. Um colosso para fazer o tio avô se revirar na cova!

Então é dar seta prá esquerda. Viva a Dona Erundina, viva o Guilherme Boulos. Só que não!

Aqui é 13. Jilmar Tatto e Carlos Zarattini. O resto é burguês ou radical.

  


Nas imagens vemos que Celso tá Russo, Manno! tem o topetinho da família Monstro, gosta de bicar a comissão de frente da modelo e tem um "ídolo" ou "mito" que torce para o FAC (Foda-se a Covid19).