![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkyELf9c0YwPbYuAYultjQCfixXNbpvlrnGb0cU-WZFycP4t8YuBYBRGh1qOg20nGbhTZNZZ5NyNArRyuv1rJcRbjYhGnUgSxPftdemxz2Txg_A-PWOqrwV2vX4WQRdHKTqMt-oYiZbWAe/s320/MIGRANTES_20-08-18.jpg)
DULCE MUSA
ó rainha da vida,
tão doce neste teu jeito ímpar
de saciar os mais recônditos desejos
afagar-nos o peito
quando a arder em clamor
só tu
fiel companheira de tantas horas
sabes a fúria contida num silêncio
segues pari passu nosso caminhar tolhido
acaricias o corpo febril
envolto em correntes milenares
só tu
sorris ao sonho dos desgarrados,
dos atirados ao limbo
ó sedutora ira
virá o amor suplantar-te em sinceridade?
haverá outra tábua para esses involuntários tripulantes
temidos que são
pelo resto da barca?
ó Dulcíssima
beijai esses lábios rasgados
essas gargantas proibidas
redimí esses corpos
oprimidos que são
pela contida amargura da alma
Nenhum comentário:
Postar um comentário