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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Um textinho mais longo

Após a separação acostumei a escrever no celular.
Frases cifradas, resumidas no que possível. Para se adequar ao meio.
Depois de longo recesso, escrevo de casa, do meu lap top.
Mesmo assim ainda não é confortável.
A cadeira velha na escrivaninha velha (viva o meu velho pai, morto há 33 anos em 24 desse mês, de quem as herdei) não dá a altura suficiente para as mãos.
Então o meio do antebraço se vinca na quina da borda do tampo.
Vou resolver isso com uma linda cadeira Henry Miller ou algo assim.
Mas não venho aqui confessar essas mazelas físicas e comezinhas.

Não!

O que importa são dramas pessoais, emoções, sentimentos.
As ditas verdades da alma que 99,99% escondem.
E eu publico.

Estou namorando uma pessoa especial que assim vou tratar.
Estou amando ter companhia.
Estou vivendo algo novo.
Estou começando 2017, após temer pela vida.

Estou vivo. Redivivo.
Por quanto tempo não sei.
Só o sabem os que marcam, mesmo inconscientemente, a hora de saída da existência terrenal.

Eu não.
Quero ser pego de surpresa pela Morte.
Ela que venha quando quiser.
Quero ter a mala da alma pronta para a viagem que talvez vá dar em nada.

Venha, Mal Amada das Gentes!
Vou estar pronto.

Mas não tenha pressa.
Deixa-me viver o segundo tempo do tamanho e com as conquistas do primeiro!

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