Belas Artes vai receber R$ 2 milhões e reabrir em maio.
Investimento da Caixa Econômica Federal possibilita reforma do cinema fechado desde 2011.
O Belas Artes agora passa a se chamar oficialmente Cine Caixa Belas Artes e receberá, de aporte e investimento direto, R$ 2 milhões (pelos próximos cinco anos) da Caixa Econômica Federal e do Grupo Caixa Seguros. A parceria foi selada nesta terça-feira em cerimônia da qual participaram o prefeito Fernando Haddad, o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, o secretário estadual da Cultura, Marcelo Araujo, o diretor executivo do Museu da Imagem e do Som, proprietário e programador do Cine Belas Artes, André Sturm, entre outros. Na ocasião, eles assinaram o acordo que viabiliza a reabertura do cinema, prevista para maio. Responsável pela reforma do prédio fechado desde 2011 e tombado pelo Condephaat em 2012, o arquiteto Roberto Loeb disse que as obras vão ter início já nesta quarta.
“Não tenho adjetivos. É uma grande vitória de todos. No começo de sua gestão, o prefeito disse que tinha três prioridades e uma delas era o Belas Artes. Três dias depois, o Juca Ferreira me procurou. Foi incrível”, declarou Sturm.
“Isso é obra de uma prefeitura que quer humanizar a cidade, que tem o compromisso de tocar uma obra complexa e coletiva. É importante reconhecer quando o poder público funciona. A rua não é suficiente para se recuperar o passivo social da cidade. Temos de ter ações como esta”, declarou Ferreira.
“Pense que não é só a cidade de São Paulo que ganha com esta ação, mas a Caixa também. Ter o nome associado a um símbolo da cidade é muito bom para qualquer investidor, sem contar que a cidade inteira ficará eternamente grata”, afirmou Haddad, que ressaltou que este é um acordo em que, nesta parceria entre patrocinador, proprietário (Flávio Maluf, dono do imóvel), exibidor (Sturm), a Prefeitura agiu para o estabelecimento de contrapartidas que assegurassem que o acesso ao cinema fosse ampliado.
“É uma questão de política pública, de exibição que amplie a diversidade e a presença do cinema nacional. O cinema de rua é um bem cultural, que a população pediu por meio de mais de 90 mil adesões e 30 mil assinaturas, de demanda pela valorização urbanística da região, que já é um corredor cultural importantíssimo e cujo papel vai ser reforçado ao longo dos anos e das futuras ações”, completou o secretário municipal de Cultura.
Como contrapartida para o público, o preço dos ingressos do novo Belas Artes será de cerca de 20% mais barato que o dos outros cinemas da região, assim como os dos produtos da bonbonnière, 10% mais baratos. Além disso, todos os trabalhadores terão meia-entrada às segundas e a programação pretende ser a mais variada possível, com atenção especial à produção nacional.
“A SP Cine terá uma sala no Belas Artes, que será dedicada ao cinema paulista e, claro, brasileiro", anunciou o prefeito. "O ciclo todo da SP Cine dependia do Belas Artes. Governo do Estado e a Ancine vão ser sócios da SP Cine. Isso faz parte da nossa política de Estado. Não basta estimular a produção, mas é preciso que toda a cadeia seja dominada”, completou Haddad, que aproveitou ainda para anunciar que em breve os CEUs, que também integram o circuito da SP Cine, voltarão a ser administrados de acordo com o tríplice pilar: educação, esportes e cultura.
Diário Esporádico: escrito por ROBERTO CORRÊA DE CERQUEIRA CÉSAR, um engenheiro escritor, taurino, pai de dois meninos (por quanto tempo ainda?), com cabelo embranquecendo e caindo, ficando cada dia mais cego!
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"Concreto"
Pedra, barro, massa Mão, calo, amassa! Levanta parede No ar D a hora Que se levante! Mora dentro F ora Vi...
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Foda-se o mercado!
Primeiro, entendam que o que vou falar aqui é uma espécie de tradução do artigo em inglês anterior a este post.
O que o Joe Nocera diz é: talvez mais valha crescer pouco com geração de empregos (mesmo que "ruins") e distribuição de renda (mesmo que limitada), que crescer a economia com as taxas elevadas mas com as atuais disparidade de renda e aumento de desemprego a mais de 7% como nos EUA (o que diríamos da disparidade de renda no Brasil!)!
Em bom português: temos sim que ter "todos" mulatos e negros levando os filhos ao médico (mesmo que o posto de saúde seja ruim), trabalhando (mesmo em empregos tão "bobos" como, digamos, porteiros) e estudando (mesmo que as escolas não sejam lá tudo isso) quase que a "qualquer custo".
A Petrobrás com gasolina "barata", o bolsa família e outras ações governamentais (como um certa "frouxidão" nas metas inflacionárias e de déficit fiscal) não estão tão erradas se pensarmos o que seria se o desemprego aumentasse e se a renda voltasse a se concentrar por essa terras brasilis...
O que o Joe Nocera diz é: talvez mais valha crescer pouco com geração de empregos (mesmo que "ruins") e distribuição de renda (mesmo que limitada), que crescer a economia com as taxas elevadas mas com as atuais disparidade de renda e aumento de desemprego a mais de 7% como nos EUA (o que diríamos da disparidade de renda no Brasil!)!
Em bom português: temos sim que ter "todos" mulatos e negros levando os filhos ao médico (mesmo que o posto de saúde seja ruim), trabalhando (mesmo em empregos tão "bobos" como, digamos, porteiros) e estudando (mesmo que as escolas não sejam lá tudo isso) quase que a "qualquer custo".
A Petrobrás com gasolina "barata", o bolsa família e outras ações governamentais (como um certa "frouxidão" nas metas inflacionárias e de déficit fiscal) não estão tão erradas se pensarmos o que seria se o desemprego aumentasse e se a renda voltasse a se concentrar por essa terras brasilis...
Does Brazil Have the Answer? by Joe Nocera in NYTimes today
Not long after I got back from my recent trip to Brazil, I called some economists to gain a better understanding of where the country stood economically. To me, Rio de Janeiro felt a little like Shanghai: there was plenty of high-end shopping in neighborhoods like Ipanema — and plenty of poverty in the favelas, or slums. There was also a lot in between. What is most striking to a visitor is how many middle-class citizens there seem to be. Cars were everywhere; traffic jams, I’ve come to believe, are a sign of a growing middle class. It means people have enough money to buy automobiles.
What I saw was no illusion. Though its starting point was quite extreme, Brazil is a country that has seen income inequality drop over the last decade. Unemployment is at near record lows. And the growth of the middle class is quite stunning. By most estimates, upward of 40 million people have been pulled out of poverty in the last decade; extreme poverty, says the government, has been reduced by 89 percent. Per capita income has continued to grow even as G.D.P. growth has slowed.
Nevertheless, the economists I spoke to were uniformly bearish about the short-term future of the Brazilian economy. They pointed, for starters, to that slowdown in G.D.P., which they didn’t expect to pick up anytime soon. Despite the country’s enormous economic gains since the beginning of this century, there has been very little accompanying productivity gains. Indeed, several economists told me that the main reason unemployment was so low was that the economy was terribly inefficient. Too much of the economy was in the hands of the state, I was told, and, what’s more, it was a consumption-based economy that lacked necessary investment. And on and on. I got the sense that many economists believe that Brazil had been more lucky than good, and now its luck was running out. In a recent article about the Brazilian economy, The Economist put it starkly: “The Deterioration,” read its headline.
As I listened to the economists, though, I couldn’t help thinking about our own economy. Our G.D.P. growth was more than 4 percent in the third quarter of 2013, and, of course, our productivity has risen relentlessly. But, despite the growth, unemployment can’t seem to drop below 7 percent. And the middle class is slowly but surely being eviscerated — thanks, at least in part, to those productivity gains. Income inequality has become a fact of life in the United States, and while politicians decry that fact, they seem incapable of doing anything about it. Which made me wonder: Whose economy runs better, really?
A few years ago, Nicholas Lemann of The New Yorker wrote a lengthy article about Brazil in which he quoted from an email he received from Brazil’s president, Dilma Rousseff. “The main aim of economic development must always be the improvement of living conditions,” she told him. “You cannot separate the two concepts.”
In other words, Brazil’s admittedly leftist government doesn’t spend a lot of time worrying about growth for its own sake, but rather connects it with alleviating poverty and growing the middle class. Thus, it has a high minimum wage, for instance. It has laws making it exceedingly difficult to fire a laggard employee. It controls the price of gasoline, helping to make driving affordable.
And most striking of all — at least from the point of view of an American — for the last 10 years, Brazil has had a program called Bolsa Família, which essentially hands money to mothers living in poverty. In return, they have to ensure that their children go to school and avail themselves of health care services. There is no question that Bolsa Família has been enormously effective in reducing poverty.
By contrast here in the United States, Congress just refused to extend unemployment insurance. The farm bill envisions cutting back on food stamps. Various other programs to help the poor or the unemployed have been reduced. Even those who oppose such heartless cuts assume that once the economy comes back, all will be well again. Growth will take care of everything. Thus in America, we tend to view economic growth less as a means to an end than an end in itself.
It is, of course, possible that Brazil’s economy could hit the wall and some of the gains made could be reversed. A new emphasis on investment and entrepreneurship could probably help it. The spontaneous protests last summer were the results of the new middle class wanting the sorts of things that the middle class always wants: better services, higher quality schools, less corruption. Still, the Brazil example gives rise to a question we don’t ask enough in this country:
What’s the point of economic growth if nobody has a job?
Heranças
Meus pais me deram (entre outras coisas de valores intangíveis e inestimáveis) educação.
De tangível, além de tudo que consumi, um apartamento.
Tenho consciência que vivo como um rei e meus filhos como príncipes.
Comemos e bebemos o que queremos, a saúde e os confortos são quase um luxo.
Além de educar meus dois filhos, espero deixar para eles talvez dois apartamentos, quem sabe três.
Entramos e saímos dessa vida nus.
Se sou feliz?
Desencanando, sim!
Estamos quites, eu e a esposa com meus pais. Simples assim!
De tangível, além de tudo que consumi, um apartamento.
Tenho consciência que vivo como um rei e meus filhos como príncipes.
Comemos e bebemos o que queremos, a saúde e os confortos são quase um luxo.
Além de educar meus dois filhos, espero deixar para eles talvez dois apartamentos, quem sabe três.
Entramos e saímos dessa vida nus.
Se sou feliz?
Desencanando, sim!
Estamos quites, eu e a esposa com meus pais. Simples assim!
domingo, 19 de janeiro de 2014
Bicicleta nova
Não importa se tenho 9 ou 49...
A sensação é sempre a mesma
Então juntei um dinheirinho
E comprei a bike nova!
Desde a pequenina com rodinhas extras
às de quadro alto
Depois as primeiras com marchas
Ganhar bicicleta é massa!
Hoje tem freio à disco
Amortecedores, banco de gel e quejandos
Mas a sensação é a mesma
Tenho dó do menino que a perdeu!
A sensação é sempre a mesma
Então juntei um dinheirinho
E comprei a bike nova!
Desde a pequenina com rodinhas extras
às de quadro alto
Depois as primeiras com marchas
Ganhar bicicleta é massa!
Hoje tem freio à disco
Amortecedores, banco de gel e quejandos
Mas a sensação é a mesma
Tenho dó do menino que a perdeu!
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
François Hollande: de bobo, só a cara!
Nosso herói
16 de janeiro de 2014 | 2h 08 Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo
Acho que falo por todos os gordinhos sem graça do mundo, por todos os homens por quem ninguém dá nada, todos os com cara daqueles tios que nas festas de família ficam num canto e nem os cachorros lhes dão atenção, ou fazem xixi no seu sapato, todos os que se apaixonam mas não têm coragem de se aproximar da mulher amada, quanto mais declarar sua paixão, todos os que são chamados de "chuchu", mas não é um termo carinhoso, é uma referência ao legume sem gosto, todos os sem sal, os sem encanto, os sem carisma, os sem traquejo, os sem lábia - enfim, os sem chance - do mundo se disser que o François Hollande é o nosso herói. Ele é tudo que nós somos e não somos. É um dos nossos, mas com uma diferença: no caso dele era disfarce.
A companheira de Hollande, Valerie Trierweiler, que mora com ele no palácio presidencial e o acompanha em eventos oficiais e viagens, e que também é chamada de Rottweiler pela ferocidade canina da sua dedicação ao presidente, está internada com uma crise nervosa provocada pela revelação de que François tem uma amante, a atriz Julie Gayet, com quem costuma se encontrar num apartamento perto do palácio. Hollande já teve como companheira uma das mulheres mais interessantes da França, Ségolène Royal, com quem a fera teve quatro filhos. A pergunta que se faz na França é: o que exatamente esse homem tem que explique seu sucesso com as mulheres? A questão não tem nada a ver com direito à privacidade. Trata-se de uma curiosidade científica. Se o que ele tem, e disfarça com aquela cara, puder ser reproduzido em laboratório será um alento para a nossa categoria.
E nossa admiração só aumenta com os detalhes das escapadas de Hollande. Ele vai para seus encontros com Julie numa motocicleta. O Hollande vai para seus encontros com a amante montado numa motocicleta! Pintado no seu capacete, quem sabe, um galo, símbolo ao mesmo tempo da França e do seu próprio vigor. Ainda há esperança, portanto. Se ele pode, nós também podemos. Pois se François Hollande nos ensina alguma coisa é que biologia não é, afinal, destino.
16 de janeiro de 2014 | 2h 08 Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo
Acho que falo por todos os gordinhos sem graça do mundo, por todos os homens por quem ninguém dá nada, todos os com cara daqueles tios que nas festas de família ficam num canto e nem os cachorros lhes dão atenção, ou fazem xixi no seu sapato, todos os que se apaixonam mas não têm coragem de se aproximar da mulher amada, quanto mais declarar sua paixão, todos os que são chamados de "chuchu", mas não é um termo carinhoso, é uma referência ao legume sem gosto, todos os sem sal, os sem encanto, os sem carisma, os sem traquejo, os sem lábia - enfim, os sem chance - do mundo se disser que o François Hollande é o nosso herói. Ele é tudo que nós somos e não somos. É um dos nossos, mas com uma diferença: no caso dele era disfarce.
A companheira de Hollande, Valerie Trierweiler, que mora com ele no palácio presidencial e o acompanha em eventos oficiais e viagens, e que também é chamada de Rottweiler pela ferocidade canina da sua dedicação ao presidente, está internada com uma crise nervosa provocada pela revelação de que François tem uma amante, a atriz Julie Gayet, com quem costuma se encontrar num apartamento perto do palácio. Hollande já teve como companheira uma das mulheres mais interessantes da França, Ségolène Royal, com quem a fera teve quatro filhos. A pergunta que se faz na França é: o que exatamente esse homem tem que explique seu sucesso com as mulheres? A questão não tem nada a ver com direito à privacidade. Trata-se de uma curiosidade científica. Se o que ele tem, e disfarça com aquela cara, puder ser reproduzido em laboratório será um alento para a nossa categoria.
E nossa admiração só aumenta com os detalhes das escapadas de Hollande. Ele vai para seus encontros com Julie numa motocicleta. O Hollande vai para seus encontros com a amante montado numa motocicleta! Pintado no seu capacete, quem sabe, um galo, símbolo ao mesmo tempo da França e do seu próprio vigor. Ainda há esperança, portanto. Se ele pode, nós também podemos. Pois se François Hollande nos ensina alguma coisa é que biologia não é, afinal, destino.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Cheiro de Mato, de Fátima Guedes
Ai, ai o mato, o cheiro o céu
Um rouxinol no meio do Brasil
O Uirapuru canta prá mim
E eu sou feliz
Só por poder ser
Só por ser de manhã, manhã, manhã
Manhã, manhã
Nessa clareira o sol
Se despe feito brincadeira
Envolve quente a todo ser vivente
Taperebá
Canelada, tapinhoã, nã nã não nã
Não faço nada
Que perturbe a doida a louca passarada
Ou iniba qualquer planta dormideira
Ou assuste as guaribas na aroeira
Encontra ponto com pardais urbanos
Tão felizes soltos dentro dos meus planos
Mas boquiabertos que os meus vinte anos
Indóceis e livres como eu
Um rouxinol no meio do Brasil
O Uirapuru canta prá mim
E eu sou feliz
Só por poder ser
Só por ser de manhã, manhã, manhã
Manhã, manhã
Nessa clareira o sol
Se despe feito brincadeira
Envolve quente a todo ser vivente
Taperebá
Canelada, tapinhoã, nã nã não nã
Não faço nada
Que perturbe a doida a louca passarada
Ou iniba qualquer planta dormideira
Ou assuste as guaribas na aroeira
Encontra ponto com pardais urbanos
Tão felizes soltos dentro dos meus planos
Mas boquiabertos que os meus vinte anos
Indóceis e livres como eu
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Classe Média, de Max Gonzaga
Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio "coletivos"
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote CVC tri-anual
Mas eu "to nem ai"
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não "to nem aqui"
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelô, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em Moema
O assassinato é no "Jardins"
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não "to nem ai"
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não "to nem aqui"
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio "coletivos"
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote CVC tri-anual
Mas eu "to nem ai"
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não "to nem aqui"
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelô, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em Moema
O assassinato é no "Jardins"
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não "to nem ai"
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não "to nem aqui"
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida
Não confiem em tudo que lêem num blog
Blog de impostor originou notícia falsa de tio de Kim 'comido por cães'.
História sobre Coreia do Norte surgiu na internet por impostor que se passa por blogueiro chinês.
Ver em http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/01/blog-de-impostor-originou-noticia-falsa-de-tio-de-kim-comido-por-caes.html
Obrigado, Clóvis Marques Guimarães Júnior!
História sobre Coreia do Norte surgiu na internet por impostor que se passa por blogueiro chinês.
Ver em http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/01/blog-de-impostor-originou-noticia-falsa-de-tio-de-kim-comido-por-caes.html
Obrigado, Clóvis Marques Guimarães Júnior!
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Por que me ufano (ou contra a sinistrose)
Lendo o Caderno E&N (Economia e Negócios) do Estadão de hoje com olhos dilmistas:
Produção de carros bate recorde histórico em 2013 com 3,74 milhões de carros produzidos.
As vendas de carros no mercado interno foram estáveis em relação a 2012 (3,77 milhões de unidades) e essas tem uma boa parte de automóveis importados. As exportações de veículos atingiram recorde histórico em valor de US 16,6 bi (apesar de em volume, com 411 mil unidades, estarem bem abaixo do recorde de 2005, com 724 mil unidades).
Depósitos em Poupança tem recorde e capta R$ 71 (não tinham atingido R$ 50 bi em 2012).
Petrobrás investiu R$ 20 bi para produzir gasolina com menor teor de enxofre (dita S-50 por ter teor menor que 50 ppm de S).
Exportações batem recorde (em US$ 242 bi).
E por aí vai. Não é questão de usar óculos cor de rosa, mas não dá para tratar o ano como “o pior desde x anos atrás”!
Produção de carros bate recorde histórico em 2013 com 3,74 milhões de carros produzidos.
As vendas de carros no mercado interno foram estáveis em relação a 2012 (3,77 milhões de unidades) e essas tem uma boa parte de automóveis importados. As exportações de veículos atingiram recorde histórico em valor de US 16,6 bi (apesar de em volume, com 411 mil unidades, estarem bem abaixo do recorde de 2005, com 724 mil unidades).
Depósitos em Poupança tem recorde e capta R$ 71 (não tinham atingido R$ 50 bi em 2012).
Petrobrás investiu R$ 20 bi para produzir gasolina com menor teor de enxofre (dita S-50 por ter teor menor que 50 ppm de S).
Exportações batem recorde (em US$ 242 bi).
E por aí vai. Não é questão de usar óculos cor de rosa, mas não dá para tratar o ano como “o pior desde x anos atrás”!
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Diário Esporádico: 6 anos de confissões, invenções e outras cositas más
Desde 1985, lá no já afastado tempo do curso universitário em Campinas (depois de uma temporada paulistana entre 82 e 84), escrevo diários. Continuei os escrevendo em Marília (entre 85 e 86), novamente em Campinas (entre 86 e 90), em Cajati (de 1990 a 2005), em Sampa (de 2006 a 2008), em El Jadida (2008 e 2009) e depois entre Sampa, Suzano e Cubatão.
Tenho alguns milhares de páginas escritas à mão e umas centenas à máquina.
No fim de 2007 dei um "salto tecnológico" e passei a editar esta versão digital, o tal "blog".
(Blog é uma palavra que resulta da simplificação do termo weblog. Este, por sua vez, é resultante da justaposição das palavras da língua inglesa web e log. Web aparece aqui com o significado de rede (da internet) enquanto que log é utilizado para designar o registro de atividade ou desempenho regular de algo, um "relatório", no caso da minha vida. Numa tradução livre podemos definir blog como um diário "online".)
Com 3.400 "posts" (uma "postagem", a "unidade" de medida de escrita do "blogspot", algo que varia entre algumas linhas ou algumas páginas), esse blog já deve estar chegando a um milhar de "páginas" (uma página tamanho "A4", ou uma página "de livro"). E tenho plena certeza, como qualquer "artista" que 90% é lixo descartável, rascunhos, provas, ensaios...
Revendo o trilhado, vejo o quanto essa atividade me agrada.
Pensei até em transformá-la em profissão. Mas entre o "feijão" e o "sonho", calejado com o insucesso econômico de tantos conhecidos, optei por ter uma carreira segura e levar como "hobby" essa "literatura" (que nunca passou de contos curtos, pequenas crônicas e alguns poemas; ainda chegarei a contos mais robustos e novelas; não sei se o romance é para mim).
Claro que tive meus momentos ruins com isso.
Já me acusaram de ter uma síndrome de "Luana Piovani" (sem ser conhecido como ela).
Sei que "caiu na rede é público".
Mas como em todo "diário secreto" (e esse é "público"!), fiz as besteiras clássicas: ser sincero ao ponto do "sincericídio", mostrar intimidades para pessoas erradas, escrever bêbado ou sob fortes emoções.
Todos sabemos que a transparência é tida como ingenuidade, que a hipocrisia é uma grande virtude social e que a cabeça quente ou "vaporizada" é a pior conselheira.
Ficaram putos por exemplo por eu ter chamado um ex colega de "enrustido".
Falei pataquadas ou belas verdades (não importa) sobre pessoas que não devia.
Recentemente feri a memória de um ente querido, o que resvalou nos seus.
Fiz piadas de bom e mal gosto sobre todo tipo de assunto, até os mais funestos.
Até hoje minha maior audiência (14 mil visualizações em um mês) foi por eu ter feito pilhéria com a morte do jornalista português Carlos Castro.
Às vezes fui mal criado, falastrão, fanfarrão, inconfidente e, para alguns, calhorda.
Mas também fui feliz: quantas e quantas noites, manhãs e tardes eu corria "para cá" feliz (e esse "cá" era o mundo todo: nunca tive conexão móvel; sempre me vali fora de casa de conexões do trabalho, de hotéis, da casa de amigos ou em "lan houses") e aqui "descarreguei" no sentido mais umbandístico possível os "espíritos" (santos ou de porco) que se incorporam nesse "cavalo" quando escrevo.
Alguns grandes amigos não o suportam.
Algumas pessoas queridas dizem que curtem.
Desconhecidos "passam" sem eu saber.
Alguns amigos e conhecidos (ou não) dão um alô nos comentários.
Não sei quanto isso dura, não sei se alguém um dia vai coletar o aproveitável (tenho plena confiança no meu pendor literário). Escrever é preciso e perigoso, como viver, como já disseram o Rosa e o Pessoa (esse também disse que viver não é preciso).
Não sei se alguém vai dizer algo de bom sobre esse ser que, com todos ônus e bônus dessa atividade, se expressa, reflete, desnuda a alma.
Só peço, que a bem da verdade humana, não tomem a parte pelo todo.
Tentem ver os anjos e demônios de um ser integral.
Posso não ser muito bonito, mas esse sou eu e me forço (e a mais ninguém) a gostar de mim!
Acho que, como a tevê, o rádio ou o cinema (entre outros "veículos") vem quem quer: se não gostar do que vê é só "trocar de canal"!
E lembrem-se: há pelo menos a coragem do escancaramento total, estou aqui na vitrine!
E se tenho ideologia e paixões, elas são passíveis de revisão, minhas faltas podem pedir desculpas, meus paradigmas estão abertos às mudanças de idéias, sou capaz de análise de dados e fatos, tenho amor à verdade e posso fazer correções de rota e tirar novas e diversas conclusões.
Quem fica parado é poste, a dúvida é saudável e a mudança é o mais constante na vida.
Abaixo a censura: deixem-me "botar a boca no trombone"!
Como filho de 64, quero que os totalitarismos sejam vencidos, quero ter liberdade de opinião e expressão, quero um novo socialismo democrático e meritocrático, onde ser seja mais importante que ter, compartilhar seja mais importante que competir e haja lugar para todos seres bons e do bem.
E aí sou como um cão tinhoso: não vou largar esse osso.
Que venha o sétimo ano e mais 7 anos!
Tenho alguns milhares de páginas escritas à mão e umas centenas à máquina.
No fim de 2007 dei um "salto tecnológico" e passei a editar esta versão digital, o tal "blog".
(Blog é uma palavra que resulta da simplificação do termo weblog. Este, por sua vez, é resultante da justaposição das palavras da língua inglesa web e log. Web aparece aqui com o significado de rede (da internet) enquanto que log é utilizado para designar o registro de atividade ou desempenho regular de algo, um "relatório", no caso da minha vida. Numa tradução livre podemos definir blog como um diário "online".)
Com 3.400 "posts" (uma "postagem", a "unidade" de medida de escrita do "blogspot", algo que varia entre algumas linhas ou algumas páginas), esse blog já deve estar chegando a um milhar de "páginas" (uma página tamanho "A4", ou uma página "de livro"). E tenho plena certeza, como qualquer "artista" que 90% é lixo descartável, rascunhos, provas, ensaios...
Revendo o trilhado, vejo o quanto essa atividade me agrada.
Pensei até em transformá-la em profissão. Mas entre o "feijão" e o "sonho", calejado com o insucesso econômico de tantos conhecidos, optei por ter uma carreira segura e levar como "hobby" essa "literatura" (que nunca passou de contos curtos, pequenas crônicas e alguns poemas; ainda chegarei a contos mais robustos e novelas; não sei se o romance é para mim).
Claro que tive meus momentos ruins com isso.
Já me acusaram de ter uma síndrome de "Luana Piovani" (sem ser conhecido como ela).
Sei que "caiu na rede é público".
Mas como em todo "diário secreto" (e esse é "público"!), fiz as besteiras clássicas: ser sincero ao ponto do "sincericídio", mostrar intimidades para pessoas erradas, escrever bêbado ou sob fortes emoções.
Todos sabemos que a transparência é tida como ingenuidade, que a hipocrisia é uma grande virtude social e que a cabeça quente ou "vaporizada" é a pior conselheira.
Ficaram putos por exemplo por eu ter chamado um ex colega de "enrustido".
Falei pataquadas ou belas verdades (não importa) sobre pessoas que não devia.
Recentemente feri a memória de um ente querido, o que resvalou nos seus.
Fiz piadas de bom e mal gosto sobre todo tipo de assunto, até os mais funestos.
Até hoje minha maior audiência (14 mil visualizações em um mês) foi por eu ter feito pilhéria com a morte do jornalista português Carlos Castro.
Às vezes fui mal criado, falastrão, fanfarrão, inconfidente e, para alguns, calhorda.
Mas também fui feliz: quantas e quantas noites, manhãs e tardes eu corria "para cá" feliz (e esse "cá" era o mundo todo: nunca tive conexão móvel; sempre me vali fora de casa de conexões do trabalho, de hotéis, da casa de amigos ou em "lan houses") e aqui "descarreguei" no sentido mais umbandístico possível os "espíritos" (santos ou de porco) que se incorporam nesse "cavalo" quando escrevo.
Alguns grandes amigos não o suportam.
Algumas pessoas queridas dizem que curtem.
Desconhecidos "passam" sem eu saber.
Alguns amigos e conhecidos (ou não) dão um alô nos comentários.
Não sei quanto isso dura, não sei se alguém um dia vai coletar o aproveitável (tenho plena confiança no meu pendor literário). Escrever é preciso e perigoso, como viver, como já disseram o Rosa e o Pessoa (esse também disse que viver não é preciso).
Não sei se alguém vai dizer algo de bom sobre esse ser que, com todos ônus e bônus dessa atividade, se expressa, reflete, desnuda a alma.
Só peço, que a bem da verdade humana, não tomem a parte pelo todo.
Tentem ver os anjos e demônios de um ser integral.
Posso não ser muito bonito, mas esse sou eu e me forço (e a mais ninguém) a gostar de mim!
Acho que, como a tevê, o rádio ou o cinema (entre outros "veículos") vem quem quer: se não gostar do que vê é só "trocar de canal"!
E lembrem-se: há pelo menos a coragem do escancaramento total, estou aqui na vitrine!
E se tenho ideologia e paixões, elas são passíveis de revisão, minhas faltas podem pedir desculpas, meus paradigmas estão abertos às mudanças de idéias, sou capaz de análise de dados e fatos, tenho amor à verdade e posso fazer correções de rota e tirar novas e diversas conclusões.
Quem fica parado é poste, a dúvida é saudável e a mudança é o mais constante na vida.
Abaixo a censura: deixem-me "botar a boca no trombone"!
Como filho de 64, quero que os totalitarismos sejam vencidos, quero ter liberdade de opinião e expressão, quero um novo socialismo democrático e meritocrático, onde ser seja mais importante que ter, compartilhar seja mais importante que competir e haja lugar para todos seres bons e do bem.
E aí sou como um cão tinhoso: não vou largar esse osso.
Que venha o sétimo ano e mais 7 anos!
domingo, 5 de janeiro de 2014
Cabeça do Ano
2014!
Uma chuva ainda não copiosa se ensaiava.
Intuía-se que ia engrossar, crepitando no solo e nas lages e tetos.
Instilando um frescor que há dias não se sentia.
Caminhei até o Pão de Açúcar da Gabriel.
Trouxe cerejas, romã, bacalhau para depois.
Assar! Batatas, azeite, alhos, cebolas.
Ovos, azeitonas.
Regar com ervas frescas ao servir.
Tiro o lixo.
Lavo e sirvo as frutas.
Escrevo e ligo para os amigos.
Acendo uma vela e oro.
Pelo bem de todos.
Uma chuva ainda não copiosa se ensaiava.
Intuía-se que ia engrossar, crepitando no solo e nas lages e tetos.
Instilando um frescor que há dias não se sentia.
Caminhei até o Pão de Açúcar da Gabriel.
Trouxe cerejas, romã, bacalhau para depois.
Assar! Batatas, azeite, alhos, cebolas.
Ovos, azeitonas.
Regar com ervas frescas ao servir.
Tiro o lixo.
Lavo e sirvo as frutas.
Escrevo e ligo para os amigos.
Acendo uma vela e oro.
Pelo bem de todos.
Para os belgas com carinho
Philippe Renier, Bernard Heptia e Denis Leruth e suas famílias, recebam o carinho de um ex-colega e de um eterno amigo!
Feliz 2014, que suas famílias sejam abençoadas sempre!
Obrigado!
Feliz 2014, que suas famílias sejam abençoadas sempre!
Obrigado!
sábado, 4 de janeiro de 2014
Se isso ocorreu, o ditador norte coreano é da turma do Bola...(a notícia é do Clarin.com)
BRUTAL PURGA DEL RÉGIMEN COMUNISTA
Afirman que ejecutaron con perros al tío del líder norcoreano
Un diario chino reveló que Jang Song Thaek, el segundo en el mando, fue arrojado desnudo en una jaula donde lo devoró una jauría de perros de caza.
Afirman que ejecutaron con perros al tío del líder norcoreano
Un diario chino reveló que Jang Song Thaek, el segundo en el mando, fue arrojado desnudo en una jaula donde lo devoró una jauría de perros de caza.
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Lira Paulistana
O documentário com esse título mostra o que os mais jovens não puderam ver.
Tenho orgulho de ter descido aquelas escadas para ver "Hermelino Futebol Music", Laerte, Premê "Quase Lindo", meu vizinho Arrigo com Clara Crocodilo e tantos outros que vieram depois como os Titãs do Ie Ie Iê...
Tenho orgulho de ter descido aquelas escadas para ver "Hermelino Futebol Music", Laerte, Premê "Quase Lindo", meu vizinho Arrigo com Clara Crocodilo e tantos outros que vieram depois como os Titãs do Ie Ie Iê...
E ela vai
O último de "la" Deneuve é foda. Ela se vai como um lindo Titanic, um naio enorme, um avião, um zepellin.
Grande interpretação para um grande roteiro e direção.
Grande interpretação para um grande roteiro e direção.
Que pena, de Jorge Benjor
Ela já não gosta mais de mim
Mas eu gosto
Dela mesmo assim
Que pena, que pena
Ela já não é mais a minha pequena
Que pena, que pena
Pois não é fácil recuperar
Um grande amor perdido
Ela era uma rosa
Ele era uma rosa
As outras eram manjericão
As outras eram manjericão
Ela era uma rosa
Ela era uma rosa
Que mandava no meu coração
Coração,coração
Ela já não gosta mais de mim
Eu vou é cantar
Pois a vida continua
Pois a vida continua
E eu não ficar sozinho
No meio da rua, no meio da rua
Esperando que alguém me dê a mão
Me dê a mão, eu não
Mas eu gosto
Dela mesmo assim
Que pena, que pena
Ela já não é mais a minha pequena
Que pena, que pena
Pois não é fácil recuperar
Um grande amor perdido
Ela era uma rosa
Ele era uma rosa
As outras eram manjericão
As outras eram manjericão
Ela era uma rosa
Ela era uma rosa
Que mandava no meu coração
Coração,coração
Ela já não gosta mais de mim
Eu vou é cantar
Pois a vida continua
Pois a vida continua
E eu não ficar sozinho
No meio da rua, no meio da rua
Esperando que alguém me dê a mão
Me dê a mão, eu não
Do Pablo Neruda (em "Confesso que vivi")
Nunca entendi a luta senão para que ela termine. Nunca entendi o rigor senão para que o rigor não exista. Tomei um caminho porque acredito que esse caminho nos leva, a todos, a essa amabilidade duradoura. Luto por essa bondade ubíqua, extensa, inesgotável. De tantos encontros entre minha poesia e a polícia, de todos esses episódios e de outros que não contarei porque me repetiria, e de outros que não me aconteceram mas a muitos que já não poderão contá-los, fica-me no entanto uma fé absoluta no destino humano, uma convicção cada vez mais consciente de que nos aproximamos de uma grande ternura. Escrevo sabendo que sobre nossas cabeças, sobre todas as cabeças, existe o perigo da bomba, da catástrofe nuclear que não deixaria ninguém nem nada sobre a terra. Pois bem, isto não altera minha esperança. Neste minuto crítico, neste pestanejar de agonia, sabemos que entrará a luz definitiva pelos olhos entreabertos. Todos nos entenderemos. Progrediremos juntos. E esta esperança é irrevogável.
Recorde democrático
O Brasil terá neste ano sua sétima eleição presidencial direta consecutiva.
O vencedor tomará posse em 1º de janeiro de 2015.
Quando a cerimônia for realizada, será um fato histórico inédito.
O vencedor tomará posse em 1º de janeiro de 2015.
Quando a cerimônia for realizada, será um fato histórico inédito.
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