Uma minhoquinha sai de um vaso
E deixa sua terra
A passear na manhã
Pelas pastilhinhas cerâmicas (que foram um dia brancas)
Pelo rejunte escurecido se arrastando
A buscar algo num certo afã
Não liga pro perigo do Sol?
Sente saudades no seu "mede palmos"?
Na brisa fresca bem sã
Não sabe se volta à segurança do vaso?
Se se contorce e vira num espasmo
Escolhendo a direção vã
A vida dela é curta e a família diferente
Ela não é cordata como eu, é um verme
Hermafrodita e anã
E ainda assim duas vidas
Com todo o resto pela frente
Anelídea irmã!
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