Diário Esporádico: escrito por ROBERTO CORRÊA DE CERQUEIRA CÉSAR, um engenheiro escritor, taurino, pai de dois meninos (por quanto tempo ainda?), com cabelo embranquecendo e caindo, ficando cada dia mais cego!
Postagem em destaque
"Concreto"
Pedra, barro, massa Mão, calo, amassa! Levanta parede No ar D a hora Que se levante! Mora dentro F ora Vi...
domingo, 29 de abril de 2012
Mais um filme do bom!
Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios...o filme espero que ainda menor que o livro do Marçal Aquino que devo comprar em breve, conterrâneo, escritor contemporâneo paulistano e o filme a nos apontar que os paus de arara estão ainda por aí, de cafundós paraenses a Copacabanas, democracia jovem a se madurar, esperar ativamente, mudar....
sábado, 28 de abril de 2012
48 anos
Era eu já um senhorzinho e estranhava quando olhava os da minha idade e os achava velhos, como se eu já não fosse também. Em outras vezes notava alguém mais jovem ou conservado e invejava a ausência de cabelos brancos..."Seja o que for, já nos une"...Acordei e retribuí "no Face", os amigos queridos que postaram, sonhei, andei, fui no comércio na manhã fria e nublada de outono, meu natalício, meu dia, nova "primavera", quantas virão? "Sem desamor, sem intriga"!
Além de Amar, Djavan
Quero esquecer
É como nódoa e não sai
Nem pra fugir
Sair já não me distrai
Como extinguir
As sobras de uma paixão
Retidas no mais secreto vão
Tanto a dizer
Mas tais palavras não saem
Donas de si
Para não me verem ruir me traem
Eu me perdi e não sei como explicar
O que foi que eu fiz além de amar
Ou é desamor ou é intriga
Seja o que for
Já nos desune
Se é por amar que a gente briga
Bem pode ser ciúme
Mas tudo é pouco pra tanto sofrer
Sem razão
Pra convencer meu coração
terça-feira, 24 de abril de 2012
Fernando Haddad e Luíza Erundina
Nessa manhã essa passou a ser a chapa (Prefeito e Vice Prefeita) dos meus sonhos para a cidade de São Paulo!
domingo, 22 de abril de 2012
Venho no lenho
Há muito
Viajo
Nas veias
desse xilema
Poema
Trato
Os tacos
De madeira
Nutro
De maneira
Agradável
Cuido
Colo
Resino
Pulo
Viajo
Nas veias
desse xilema
Poema
Trato
Os tacos
De madeira
Nutro
De maneira
Agradável
Cuido
Colo
Resino
Pulo
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Música no Centro, Maestro!
Fui no Vigilantes do Peso na Rua São Bento.
Meu peso não caiu, mas não subiu, tanto melhor.
Comprei bolo Laetere (farinha e lascas de amêndoas) no Mosteiro de São Bento, comi filé à parmegiana e dois chopps no Café Girondino.
Na saída, na Praça Antônio Prado, os “Trovadores Urbanos” faziam no coreto uma homenagem ao Rei Roberto Carlos, que por acaso nasceu em Cachoeiro de Itapemirim em 19 de Abril de 1941, portanto hoje faz 71 anos.
Pediram para alguém cantar num microfone que estava lá para isso.
Lasquei meu melhor “Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos” e saí feliz com o karaokê improvisado, o canto do público me apoiando e os aplausos.
Voltei pela Barão de Itapetininga e ali logo depois do Teatro Municipal um travesti com peruca gigantesca de arco-íris fazia um showzinho e mandava um Gonzaguinha (“quero sentir a dor dessa manhã, rompendo rasgando, desvirginando a madrugada...”). Fiquei emotivo e deixei 5 mangos na cartolinha que ela usava para coletar as ajudas.
Como já estava na hora, passei no Labaki Cabeleleiros e tosei os caracóis dos meus cabelos. No rádio, o repertório ia da Pitty cantando “o mundo acaba hoje e eu estarei dançando”... até os “Garotos” do Leoni...
Meu peso não caiu, mas não subiu, tanto melhor.
Comprei bolo Laetere (farinha e lascas de amêndoas) no Mosteiro de São Bento, comi filé à parmegiana e dois chopps no Café Girondino.
Na saída, na Praça Antônio Prado, os “Trovadores Urbanos” faziam no coreto uma homenagem ao Rei Roberto Carlos, que por acaso nasceu em Cachoeiro de Itapemirim em 19 de Abril de 1941, portanto hoje faz 71 anos.
Pediram para alguém cantar num microfone que estava lá para isso.
Lasquei meu melhor “Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos” e saí feliz com o karaokê improvisado, o canto do público me apoiando e os aplausos.
Voltei pela Barão de Itapetininga e ali logo depois do Teatro Municipal um travesti com peruca gigantesca de arco-íris fazia um showzinho e mandava um Gonzaguinha (“quero sentir a dor dessa manhã, rompendo rasgando, desvirginando a madrugada...”). Fiquei emotivo e deixei 5 mangos na cartolinha que ela usava para coletar as ajudas.
Como já estava na hora, passei no Labaki Cabeleleiros e tosei os caracóis dos meus cabelos. No rádio, o repertório ia da Pitty cantando “o mundo acaba hoje e eu estarei dançando”... até os “Garotos” do Leoni...
Moçambique, Nova América
Nós portugas viemos dando pelo mar até os costados da América, ao norte pelos Açores e ao Sul pela Madeira. Já íamos lá por Mazagão, Guiné, Angola e Moçambique faz tempo. Entonces que os 70 e 80 nós retornamos muitos de Angola e Moçambique. Os brasileiros já os temos por filhos sempre.
E agora vão os portugas brasileiros a colonizar Moçambique.
Notem que aqui a palavra colonizar vem suavizada, esperamos que limpa.
Fazer aí colônias. Temos também que povoar, se mestiçar. Ir ao fundo da tribo, da machamba, do baobá.
Inseminávamos.
Era Tete e Nampula, longe de Maputo.
E agora vão os portugas brasileiros a colonizar Moçambique.
Notem que aqui a palavra colonizar vem suavizada, esperamos que limpa.
Fazer aí colônias. Temos também que povoar, se mestiçar. Ir ao fundo da tribo, da machamba, do baobá.
Inseminávamos.
Era Tete e Nampula, longe de Maputo.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Ânsia
Queria ser leão ou leoa
Para esmagar pescoço de gazela
Queria ser garanhão ou égua
Selvagem que ele cobre
Queria ser águia ou condor
Pairando sobre os Andes
E descer rapace no borrego
Cravando fundo as unhas
Queria ser Rei do Marrocos
Obama, Dilma
Ou Cristina Kirchner
Mas sendo apenas eu
Carrego aqui em mim
Todas as possibilidades!
Para esmagar pescoço de gazela
Queria ser garanhão ou égua
Selvagem que ele cobre
Queria ser águia ou condor
Pairando sobre os Andes
E descer rapace no borrego
Cravando fundo as unhas
Queria ser Rei do Marrocos
Obama, Dilma
Ou Cristina Kirchner
Mas sendo apenas eu
Carrego aqui em mim
Todas as possibilidades!
quinta-feira, 12 de abril de 2012
A Feira (ler como se fosse "A Banda"...)
Não estava à toa na vida
Meu egô me chamou
Prá ver a feira e passear
Cantando coisas de amor
A moça bela que lavava janela
Se abriu
E percebeu que eu
Olhava prá ela
E sorriu
A tia nordestina da faxina
Sonhou que eu era o
Seu doutor
A gatinha ia pro colégio
De leg
O judeuzinho ia arrumado
De terno e quipá
Os porteiros e os passeadores de cachorro
Desciam da Paulista
Onde tinha um mar de gente e carros
O velho feio que vivia trancado em mim
Saiu
E descobriu que era cedo prá ficar no cansaço
E correu
Batendo pernas por minha cidade
Fiquei pensando, vendo a feira de quinta
Que "A Banda" tocava prá mim!
Meu egô me chamou
Prá ver a feira e passear
Cantando coisas de amor
A moça bela que lavava janela
Se abriu
E percebeu que eu
Olhava prá ela
E sorriu
A tia nordestina da faxina
Sonhou que eu era o
Seu doutor
A gatinha ia pro colégio
De leg
O judeuzinho ia arrumado
De terno e quipá
Os porteiros e os passeadores de cachorro
Desciam da Paulista
Onde tinha um mar de gente e carros
O velho feio que vivia trancado em mim
Saiu
E descobriu que era cedo prá ficar no cansaço
E correu
Batendo pernas por minha cidade
Fiquei pensando, vendo a feira de quinta
Que "A Banda" tocava prá mim!
Bêagávamos
Ia prá BH num dia e voltava no seguinte.
A terceira maior cidade do Brasil se me dava assim como uma qualquer em noite de hotel.
Não casávamos, nem amasiávamos.
Mas isso, essas visitas de médico, já me instilava uma mineirice.
Chefe de Ipatinga, amigo de Monte Carmelo, os demais do Triângulo, os outros paulistas e paranaenses, congregados com meu amigo inglês...
Já alguns moçambicanos havia visto, mas os intuía aos milhares em Tete, Moatize, Cateme, Monapo e Nacala!
A terceira maior cidade do Brasil se me dava assim como uma qualquer em noite de hotel.
Não casávamos, nem amasiávamos.
Mas isso, essas visitas de médico, já me instilava uma mineirice.
Chefe de Ipatinga, amigo de Monte Carmelo, os demais do Triângulo, os outros paulistas e paranaenses, congregados com meu amigo inglês...
Já alguns moçambicanos havia visto, mas os intuía aos milhares em Tete, Moatize, Cateme, Monapo e Nacala!
Maritaquinhas
Um enorme bando de maritacas gritava sobre duas jaboticabeiras numa casa ao lado da Sociedade Harmonia de Tênis.
Fiquei, meio na contraluz da aurora, olhando os casizinhos e familhinhas emplumiverdes.
Gritapiaolhavam me apressadinhos pelos galhos descascantes e eu retribuía todo desapressado, dia de tomar notas.
Depois, em outra parte do caminho, papagaios grandes "conversavam" e um grande louro, no mais alto de uma copa mais alta, "falava" com jeito de menino aprendendo a elaborar frases...
Fiquei, meio na contraluz da aurora, olhando os casizinhos e familhinhas emplumiverdes.
Gritapiaolhavam me apressadinhos pelos galhos descascantes e eu retribuía todo desapressado, dia de tomar notas.
Depois, em outra parte do caminho, papagaios grandes "conversavam" e um grande louro, no mais alto de uma copa mais alta, "falava" com jeito de menino aprendendo a elaborar frases...
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Mais um filho do Holocausto
Chama-se Gregório de Leão. Filho de russos, o pai cristão ortodoxo lhe deu o nome que homenageia os patriarcas. Pai e mãe já tinham fugido da revolução comunista. Ela, judia, se formou médica na Polônia, ele engenheiro na Lituânia.
De uma forma bizarra (quase toda história de amor tem bizarrices) seus pais se conheceram, se casaram, tiveram o pequeno Gregório em Zagreb, na Croácia, e, com os nazis nos calcanhares, foram participar do movimento sionista no recém fundado Estado de Israel, a pedido dela.
Uma mão na frente e outra atrás. Mas cinco anos em Israel (foram alguns meses numa barraca em Nethania e mais de 4 anos numa casa arranjada junto à Igreja Ortodoxa em Jerusalém) foram um impulso para virem para essa terra ao sul do Equador. Chegaram aqui em 53 e moraram alguns meses de favor com um primo amigo da Croácia no Tucuruvi e depois, os pais já recolocados, perto do Largo do Arouche.
Teve uma vida boa, trabalhou e trabalha em boas empresas. Inteligente, fala um croata correto, russo, inglês, espanhol, português e hebraico. Encontrou uma baiana dulcíssima e teve duas filhas lindas.
De vez em quando chora quando pensa nos parentes mortos em campos de concentração.
Já vai para os setenta e começa a pensar em encontrar Jesus Cristo ou Javé, pois nunca soube o quanto era judeu ou cristão...
De uma forma bizarra (quase toda história de amor tem bizarrices) seus pais se conheceram, se casaram, tiveram o pequeno Gregório em Zagreb, na Croácia, e, com os nazis nos calcanhares, foram participar do movimento sionista no recém fundado Estado de Israel, a pedido dela.
Uma mão na frente e outra atrás. Mas cinco anos em Israel (foram alguns meses numa barraca em Nethania e mais de 4 anos numa casa arranjada junto à Igreja Ortodoxa em Jerusalém) foram um impulso para virem para essa terra ao sul do Equador. Chegaram aqui em 53 e moraram alguns meses de favor com um primo amigo da Croácia no Tucuruvi e depois, os pais já recolocados, perto do Largo do Arouche.
Teve uma vida boa, trabalhou e trabalha em boas empresas. Inteligente, fala um croata correto, russo, inglês, espanhol, português e hebraico. Encontrou uma baiana dulcíssima e teve duas filhas lindas.
De vez em quando chora quando pensa nos parentes mortos em campos de concentração.
Já vai para os setenta e começa a pensar em encontrar Jesus Cristo ou Javé, pois nunca soube o quanto era judeu ou cristão...
Eleição vem chegando e a gente se lembra de alguns vilões...
Xô zica do Paulo Maluf (retratado como Coringa pelo Eduardo Amorim Nunes; VAleu Cris Carnelós).
E o Serra Nosferatu, meio gay:
E do Celso Russomano, (adivinha acompanhado de quem?):
É por isso que eu vou votar nesse daqui:
E VIVA O FERNANDO HADDAD!
E o Serra Nosferatu, meio gay:
E do Celso Russomano, (adivinha acompanhado de quem?):
É por isso que eu vou votar nesse daqui:
E VIVA O FERNANDO HADDAD!
Mais uma da Páscoa 2012
Não sou religioso e coisa e tal, mas não tive como não me tocar com a foto aí na capa do Terra agorinha, falando da festa dos cristãos e tal e coisa. Fico imaginado, além das duzentas mil estátuas que já em minha vida de igrejeiro e museólogo, naqueles filipinos e outros loucos que se imolam, que se crucificam, penso então nos irmãos mussulmanos que se flagelam, e penso em Herodes mandando o tal Jesus prá cruz.
A tortura (assim como o auto flagelo) é um fenômeno humano arraigado, atávico.
Assim como o analfabetismo, a fome, a cobiça guerreira.
Quando o Cristo falou em amar ao outro como a si mesmo e até dar a outra face prá baterem, quando ele jogou as moedas e disse que aquilo era de César, quando ele finalmente disse que um sem pecado deveria atirar a primeira pedra na mulher adúltera, mas principalmente quando ele (não fui eu que disse! tá lá escrito!) que o cara tinha multiplicado o pão, os peixes e ainda trouxe vinho prá caralho prá animar a festa, aí eu vi que o cara era firmeza!
Aí ficou essa merda de botar a culpa nos judeus, que lhe meteram os pregos, mas sabemos que essa hitória toda desde aqueles tempos até o poema do Gunther Grass contra o Estado de Israel (contra as eventuais bombas de Israel sobre o Irã de Ahmadnejadi) são outros frutos podres da árvore rota da polítitica e que os monoteístas, os politeístas e mesmo os ateus, todos pacifistas concordam: não batam pregos nem atirem em si mesmos nem em mais ningém!
A tortura (assim como o auto flagelo) é um fenômeno humano arraigado, atávico.
Assim como o analfabetismo, a fome, a cobiça guerreira.
Quando o Cristo falou em amar ao outro como a si mesmo e até dar a outra face prá baterem, quando ele jogou as moedas e disse que aquilo era de César, quando ele finalmente disse que um sem pecado deveria atirar a primeira pedra na mulher adúltera, mas principalmente quando ele (não fui eu que disse! tá lá escrito!) que o cara tinha multiplicado o pão, os peixes e ainda trouxe vinho prá caralho prá animar a festa, aí eu vi que o cara era firmeza!
Aí ficou essa merda de botar a culpa nos judeus, que lhe meteram os pregos, mas sabemos que essa hitória toda desde aqueles tempos até o poema do Gunther Grass contra o Estado de Israel (contra as eventuais bombas de Israel sobre o Irã de Ahmadnejadi) são outros frutos podres da árvore rota da polítitica e que os monoteístas, os politeístas e mesmo os ateus, todos pacifistas concordam: não batam pregos nem atirem em si mesmos nem em mais ningém!
Do tempo do guaraná com rolha II
Nesse tempo, fim do Século 19 e começo do Século 20, no ocaso da supremacia inglesa e aurora do século americano, surgiu um vedante "industrial moderno" de garrafas de vidro que suportava a pressão das emergentes bebidas gasosas.
Acontece que o senhor William Painter, em 1891 em Baltimore, começou a trabalhar e em 1892 patenteou as famosas "Crown Cork", as primeiras tampinhas de refrigerante como hoje ainda as conhecemos (que eram um avanço sobre as enormes rolhas e arames que foram "emprestados" dos vinhos espumantes).
Na invenção de Painter, a vedação entre o metal e o vidro, hoje feita com resinas plásticas muito modernas, já foi feita de borracha e, no início, com a velha e boa cortiça portuguesa, daí o nome "cork" (cortiça em inglês). Esse negócio de inovação é velho! O Sr. Painter sacou algo que chamaríamos de "Ciência dos Materiais", um ramo importante das engenharias, entre os interstícios de várias indústrias químicas, da indústria do vidro, da metalurgia e da plastalurgia e os biomateriais. Quase um compósito!
Tampinhas "Corôa de Rolha" poderia ter sido o nome...mas aqui elas também se chamaram longamente de "Crown Cork", agora eu acho que retiraram o nome "cork" e ficou só "Crown", mas o site é o www.crowncork.com
E então associamos coisas velhas ao "tempo do guaraná com rolha", tempo em que se ia de bonde, ou se pegava um carro com chauffeur de praça para ir à Cidade, tempo em que se jogava a Taça Roca entre Brasil e Argentina, em que se tomava chá na Colombo, se banhava de maiô de corpo inteiro, que os aviõezinhos eram teco-tecos, que as bolas de futebol, os tênis e os sapatos eram todos de couro, que telefone era um aparelho grande, pesado, fixo e preto!
Acontece que o senhor William Painter, em 1891 em Baltimore, começou a trabalhar e em 1892 patenteou as famosas "Crown Cork", as primeiras tampinhas de refrigerante como hoje ainda as conhecemos (que eram um avanço sobre as enormes rolhas e arames que foram "emprestados" dos vinhos espumantes).
Na invenção de Painter, a vedação entre o metal e o vidro, hoje feita com resinas plásticas muito modernas, já foi feita de borracha e, no início, com a velha e boa cortiça portuguesa, daí o nome "cork" (cortiça em inglês). Esse negócio de inovação é velho! O Sr. Painter sacou algo que chamaríamos de "Ciência dos Materiais", um ramo importante das engenharias, entre os interstícios de várias indústrias químicas, da indústria do vidro, da metalurgia e da plastalurgia e os biomateriais. Quase um compósito!
Tampinhas "Corôa de Rolha" poderia ter sido o nome...mas aqui elas também se chamaram longamente de "Crown Cork", agora eu acho que retiraram o nome "cork" e ficou só "Crown", mas o site é o www.crowncork.com
E então associamos coisas velhas ao "tempo do guaraná com rolha", tempo em que se ia de bonde, ou se pegava um carro com chauffeur de praça para ir à Cidade, tempo em que se jogava a Taça Roca entre Brasil e Argentina, em que se tomava chá na Colombo, se banhava de maiô de corpo inteiro, que os aviõezinhos eram teco-tecos, que as bolas de futebol, os tênis e os sapatos eram todos de couro, que telefone era um aparelho grande, pesado, fixo e preto!
Páscoa em 2012
A presença de 3 gerações, quase quatro, em torno de um prato de bacalhau é maravilhosa. Sentamos, falamos pelos cotovelos, nos embriagamos um pouco, comemos até à farta, falamos mais e demais, derrubo copos, sujo a capa nova das cadeiras, mas vejo os rostos e sorrisos de minha infância, de minha juventude, de minha maturidade e de minha velhice.
Isso abarca os filhos e netos da Maria de Lourdes Pinto Corrêa e do Cherubim Alves Corrêa, dos filhos e netos do Luiz Egydio de Cerqueira César, da Claudimira de Oliveira César, da Vó Eugênia Portes, dos Bisnetos de Joaquim Egydio de Cerqueira César (que então se escrevia Cézar), mas também dos Pereira de Castro, Pessoa de Andrade, dos Moraes, dos Villani, dos Nogueira, dos Pietraróia, dos Ornstein, Kaasbergs, Siqueiras, Amaral, Cardia, Almeida e mais um milhão de nomes e sobrenomes de Piracicaba, Marília, Goiás, Campinas, São Paulo, de Birkerod, Araçatuba, de Paris e de Cajati. Urbi et Orbi!
Isso abarca os filhos e netos da Maria de Lourdes Pinto Corrêa e do Cherubim Alves Corrêa, dos filhos e netos do Luiz Egydio de Cerqueira César, da Claudimira de Oliveira César, da Vó Eugênia Portes, dos Bisnetos de Joaquim Egydio de Cerqueira César (que então se escrevia Cézar), mas também dos Pereira de Castro, Pessoa de Andrade, dos Moraes, dos Villani, dos Nogueira, dos Pietraróia, dos Ornstein, Kaasbergs, Siqueiras, Amaral, Cardia, Almeida e mais um milhão de nomes e sobrenomes de Piracicaba, Marília, Goiás, Campinas, São Paulo, de Birkerod, Araçatuba, de Paris e de Cajati. Urbi et Orbi!
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Construcción, um Fito Chico argentino
CONSTRUCCIÓN
Amo aquella vez como si fuese última,
Beso a su mujer como si fuese última,
Y a cada hijo suyo cual si fuese el único
Y atravesó la calle con su paso tímido,
Subió la construcción como si fuese maquina,
Alzo en el balcón cuatro paredes sólidas,
Ladrillo con ladrillo en un diseño mágico,
Sus ojos embotados de cemento y lágrimas,
Sentose a descansar como si fuese sábado,
Comió su pan con queso cual si fuese príncipe,
Bebió y sollozo como si fuese un naufrago,
Danzó y se rió como si oyese música,
Y tropezó en el cielo con su paso alcohólico,
Y floto por el aire cual si fuese un pájaro,
Y termino en el suelo como un bulto flácido,
Y agonizo en el medio del paseo público,
Murió a contramano entorpeciendo el transito,
Amo aquella vez
Como si fuese ultimo,
Beso a su mujer
Como si fuese única,
Y a cada hijo suyo
Cual si fuese el prodigo,
Y atravesó la calle con su paso alcohólico,
Soplo la construcción como si fuese sólida,
Alzo en el balcón cuatro paredes mágicas,
Ladrillo con ladrillo en un diseño lógico,
Sus ojos embotados de cemento y transito,
Sentase a descansar como si fuese un príncipe,
Comió su pan con queso cual si fuese máximo,
Bebió y sollozo como si fuese maquina,
Danzó y se rió como si fuese el próximo,
Y tropezó en el cielo cual si oyese musica,
Y floto por el aire cual si fuese sábado,
Y termino en el suelo como un bulto tímido,
Agonizo en medio del paseo naufrago,
Murió a contramano entorpeciendo el público.
Amo aquella vez como si fuese maquina,
Beso a su mujer como si fuese lógico,
Alzo en el balcón cuatro paredes flácidas,
Sentose a descansar como si fuese pájaro,
Y floto en el aire cual si fuese un príncipe,
Y termino en el suelo como un bulto alcohólico,
Murió a contramano entorpeciendo el sábado,
Por eso el pan de comer y el suelo para dormir,
Registro para nacer, permiso para reír,
Poder dejarme respirar, y por dejarme existir,
Dios le pague,
Por esa grapa de gracia que tenemos que beber,
Por ese jugo desgracia que tenemos que toser,
Por dos andamios de gente que tenemos que subir y caer,
Dios le pague,
Por esa tía que un día nos va a burlar y escupir,
Y por las moscas y besos que nos vendrán a cubrir,
Y por la capa postrera que al fin nos va a redimir,
Dios le pague.
Amo aquella vez como si fuese última,
Beso a su mujer como si fuese última,
Y a cada hijo suyo cual si fuese el único
Y atravesó la calle con su paso tímido,
Subió la construcción como si fuese maquina,
Alzo en el balcón cuatro paredes sólidas,
Ladrillo con ladrillo en un diseño mágico,
Sus ojos embotados de cemento y lágrimas,
Sentose a descansar como si fuese sábado,
Comió su pan con queso cual si fuese príncipe,
Bebió y sollozo como si fuese un naufrago,
Danzó y se rió como si oyese música,
Y tropezó en el cielo con su paso alcohólico,
Y floto por el aire cual si fuese un pájaro,
Y termino en el suelo como un bulto flácido,
Y agonizo en el medio del paseo público,
Murió a contramano entorpeciendo el transito,
Amo aquella vez
Como si fuese ultimo,
Beso a su mujer
Como si fuese única,
Y a cada hijo suyo
Cual si fuese el prodigo,
Y atravesó la calle con su paso alcohólico,
Soplo la construcción como si fuese sólida,
Alzo en el balcón cuatro paredes mágicas,
Ladrillo con ladrillo en un diseño lógico,
Sus ojos embotados de cemento y transito,
Sentase a descansar como si fuese un príncipe,
Comió su pan con queso cual si fuese máximo,
Bebió y sollozo como si fuese maquina,
Danzó y se rió como si fuese el próximo,
Y tropezó en el cielo cual si oyese musica,
Y floto por el aire cual si fuese sábado,
Y termino en el suelo como un bulto tímido,
Agonizo en medio del paseo naufrago,
Murió a contramano entorpeciendo el público.
Amo aquella vez como si fuese maquina,
Beso a su mujer como si fuese lógico,
Alzo en el balcón cuatro paredes flácidas,
Sentose a descansar como si fuese pájaro,
Y floto en el aire cual si fuese un príncipe,
Y termino en el suelo como un bulto alcohólico,
Murió a contramano entorpeciendo el sábado,
Por eso el pan de comer y el suelo para dormir,
Registro para nacer, permiso para reír,
Poder dejarme respirar, y por dejarme existir,
Dios le pague,
Por esa grapa de gracia que tenemos que beber,
Por ese jugo desgracia que tenemos que toser,
Por dos andamios de gente que tenemos que subir y caer,
Dios le pague,
Por esa tía que un día nos va a burlar y escupir,
Y por las moscas y besos que nos vendrán a cubrir,
Y por la capa postrera que al fin nos va a redimir,
Dios le pague.
4 de Abril - Aniversário de Marília
Não sei se foi escolhido também pelo Bento de Abreu Sampaio Vidal, ou em que ano foi estabelecido. Depois dou um google... Mas lembro já nos anos 60 de desfiles cívico-militares na Avenida Sampaio Vidal. Bombeiros, policiais, os recrutas do Exército, as escolas, depois começaram a ir também academias de esportes, associações culturais e as famosas bandas sempre.
As bandas chegaram a ser 7 ou 8 das grandes (Cristo Rei, Senac, Polícia, etc). Era então um grande feriado, com a família, com os amigos.
Hoje beijo a face de Marília, como uma mãe ou um pai, distantes, mas dentro do coração grande aqui das lembranças e das possibilidades de resgate sempre.
As bandas chegaram a ser 7 ou 8 das grandes (Cristo Rei, Senac, Polícia, etc). Era então um grande feriado, com a família, com os amigos.
Hoje beijo a face de Marília, como uma mãe ou um pai, distantes, mas dentro do coração grande aqui das lembranças e das possibilidades de resgate sempre.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Fim da Augusta
Na frente do Edifício Martins Fontes há cerca de 20 pessoas dormindo nas calçadas.
Imaginem quantos são na cidade toda!
Um deles, que deve ter caído no sono mais bêbado ou drogado, se estatela de braços e pernas abertas no meio da calçada, exigindo que os pedestres quase o pulem, pois há naquela altura além do homem uma grande lixeira.
Há um casal dormindo grudados, mas um de costas para a outra, que, a despeito da sujeira, poderíamos ser eu e ela sob as cobertas, ou você e sua(eu) amada(o).
Uma sociedade que não resolve essas situações, não resolve muitas outras coisas tão importantes quanto.
E VIVA o FERNANDO HADDAD!
Imaginem quantos são na cidade toda!
Um deles, que deve ter caído no sono mais bêbado ou drogado, se estatela de braços e pernas abertas no meio da calçada, exigindo que os pedestres quase o pulem, pois há naquela altura além do homem uma grande lixeira.
Há um casal dormindo grudados, mas um de costas para a outra, que, a despeito da sujeira, poderíamos ser eu e ela sob as cobertas, ou você e sua(eu) amada(o).
Uma sociedade que não resolve essas situações, não resolve muitas outras coisas tão importantes quanto.
E VIVA o FERNANDO HADDAD!
Sampasalém
Dia de peasgem do Vigilantes do Peso, subo a pé a Padre João Manuel para perder algumas gramas. Encontro um enclave judaico.
Um grande desfile de sobretuidos hassídicos, quipás, vestidões e perucas Kosher na porta do Colégio Iavne, na esquina da Padaria Benyamin Avraham, nas portarias dos prédios em volta com altas concentrações da colônia.
Se tivesse mais umas tabuletas comerciais em hebraico nas ruas, ia parecer ainda mais aqueles bairros judeus de Nova York.
Um grande desfile de sobretuidos hassídicos, quipás, vestidões e perucas Kosher na porta do Colégio Iavne, na esquina da Padaria Benyamin Avraham, nas portarias dos prédios em volta com altas concentrações da colônia.
Se tivesse mais umas tabuletas comerciais em hebraico nas ruas, ia parecer ainda mais aqueles bairros judeus de Nova York.
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