Eduardo Coutinho nos brinda com um filme "simples" ("anônimos" cantam uma música e descrevem porque aquela é "a" música de sua vida), nem por isso raso.
A profundidade é dada pelas personagens.
Geralmente contam histórias de amor, bem ou mal sucedidas.
Mas há também a lembrança da mãe, do pai, de uma situação, etc.
Todas falas são, psicanaliticamente, ícones de uma outra memória, "traumática" ou não, mas sempre reveladoras de um indivíduo.
E a soma dessas individualidades traça uma história recente do país.
Cariocas quase todos, moradores do Grande Rio, pessoas de hoje, a maioria não jovens, servem como um retrato das pessoas com quem trombamos (ou somos).
A colcha de retalhos do Brasil está ali, cantando e vivendo, revelando para milhares de espectadores seus segredos, suas mágoas passadas, seus avessos.
E chegamos à conclusão que vidas simples são sempre parecidas com as nossas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário