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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

domingo, 28 de agosto de 2011

De donde vengo, por onde voy?

"Yo soy un hombre sincero, de donde cresce la palma."

"Yo soy latinoamericano y nunca me engaño!"

Yo soy andino, caribeño, you soy chicano!
Yo soy Marcos. Soy fidel.
Soy los caídos en batallas o estafados.

Yo soy del pampa
De la Patagonia y Araucania
Yo soy kaingang y soy txucaramãe

Yo soy el paisano
Soy caipira y caiçara
Yo lo soy.

De Panamá, costarricense y guatemalteco
Soy Nicarágua
Lo soy!

Soy de Marília y Gualeguaychu
Soy paraguayo!
Ciudad del Este és nuestra!

Yo lo soy.
Soy un otro que habla mal
Muchas lenguas!
Españolas y portuguesas
Francesas y inglesas.

Yo soy mi papiamento,
Mi criollo!
Yo sé que mismo usteds
Lo sabrán!

Qui
"Yo sou un hombre sincero"!

Domingo pé de cachimbo

Pede cachimbo, rede na varanda, uma comida especial, a visita dos amigos.
Pede o prazer de reencontrar o filho, bem.
Pede o relaxamento do jornal dominical.
Pede paz.
Menos trânsito, tv, computador, telefone, menor dispêndio de energia.
Pede menos roupa.
Menos compras.
Domingo é o novo Shabat!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Meus nomes

Roberto Cerqueira é profissão
César Corrêa é um heterônimo
Beto, Betinho, Berto, Betão
Bob, Bobinho, Bobão

Roberto é nome antigo
Germânico que significa
“Brilhante na Glória”
E se popularizou na Segunda Guerra
Sobretudo de pais adeptos do nazi-facismo
Porque o Duce em euforia
Exortou italianos a homenagear o Eixo
Roma, Berlim e quio.

Agosto em Sampa

Exceto por certos dias gelados
Nosso inverno é ameno
E salvo por uns dias chuvosos
Nosso inverno é bem seco

A despeito de alguns
Poucos porcos, ricaços e fascínoras
Nosso povo é limpinho
Pobre e pacífico

“Minha terra tem” cinemas
Onde ainda cantam metalúrgicos
“As aves que aqui gorjeiam”
São”passarinho”, mano!

Não desgosto desse Agosto!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Melancholia, de Lars von Trier

Saio lá da Progen no Largo do Arouche e pego carona com um colega num táxi até a Paulista.
Peço para descer e digo que vou ver um filme.
No Cine Livraria Cultura tem o "Árvore da Vida", que vi domingo e gostei.
O outro filme é o "Melancholia".
Charlotte Gainsbourg já é um chamado. Pego para as seis, sala 2, poltrona D3.
Um casamento ritual às vésperas da ruptura amoral, depois a viagem de um planeta que vai bater na Terra.
Duas irmãs díspares alternam amor profundo e ódios passageiros. Os homens (marido e filho de uma delas) são uns pobres "órfãos". As mulheres encaram o fim do mundo de maneiras diversas, uma tratando a morte como libertação de um mundo mal e a outra, a mãe, sofrendo pelo fim da prole, da continuidade.
Melancólico!
E lindo!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Meu Espelho

Nascido em Marília em melhores dias
À sombra do café e de um tio coronel
Correndo atrás de bola e a sonhar futuros
Quis vestir verde oliva para comandar

Rebelde, na caserna eu não me criei
E larguei também a Poli quando me faltou o velho
E da Engenharia Química da Unicamp
Quando quis ser Filósofo

Indisciplinado, pulei do grego ao hebraico
E do inglês pro russo sem nunca conhecer
A fundo Sócrates, Platão nem Aristóteles
"E foi mais uma vontade que ficou prá trás"

O amor e a ambição me fizeram gerente
Pai, homem de indústria e uma nova paixão
Quase arrastou tudo, vissicitudes
Trouxeram-me à metrópole, de novo

Outras tantas aventuras me jogaram
No degredo das costas marroquinas
E a busca da segurança me trouxe de volta
Prá meio ano de desemprego e o molibdênio

Mais de um ano "parado", depois
E aqui, no fretado da Vale, estou
A musa não beijou minha boca
E escriba, cohen, corrêa, eu sou!

"E o meu medo maior
É o espelho se quebrar!"

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Avenida do Café, madrugadinha

Após 2 semanas de interlúdio, retorno ao fretado que pego em frente ao Centro Empresarial do Aço. Chove e faz frio.
Nem tenho 6 meses ainda de Vale Fertilizantes.
Mas as caras conhecidas, os cumprimentos matinais e os papos amenos, principalmente sobre o masculino futebol, trazem uma gostosa sensação de segurança e pertencimento.

sábado, 20 de agosto de 2011

O Brasil será Penta no sub 20!!!

É minha torcida para logo mais às 8 da noite contra Portugal!!

Canção Inimiga

Eu não preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça,
Pois nem minha mãe me lê.

Nem preparo uma canção em que
todas as mães se reconheçam,
Pois sou besteirento e não atraio
Velhinhas.

Minha canção
Não fala como dois olhos.
Os dois meus são meio ruins
E vivem aturdidos.

Caminho por uma rua
que não passa em muitos países.
Se não me vêem, eu não os vejo
e nem saúdo velhos amigos.

Eu não distribuo nenhum segredo
Eu não amo ou sorrio.
No jeito mais antinatural
Meus carinhos se perderam.

Minha vida, nossas vidas
não formam um só diamante.
Não aprendi novas palavras
e nem tornei outras mais belas.

Eu não preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.

Definitivamente
Eu não sou
O Carlos Drummond de Andrade.

Bem que eu queria.
Que a canção fosse amiga
Que todos se reconhecessem nela.

Mas eu não sou o Carlos Drumond.
Não sou gauche como o Carlinhos
De Itabira.
Sou de Marília, pô!
Eu sou só o Beto.
De esquerda, meio gauche. Mas outro.

Pouco musical.
Isolado. Noturno também.
Talvez eu só adormeça os homens.
E acorde as crianças.

Que maçada!
Eu não sou o Carlos!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Erechim - RS (da Wikipédia)

Erechim é um município brasileiro da região sul, localizado no interior do estado do Rio Grande do Sul. Considerada um centro sub-regional no país, é a segunda cidade mais populosa do norte do estado com 97.916 habitantes,[3] superada apenas pelo município de Passo Fundo. O município estava, em 2007, na 17ª posição do PIB no estado do Rio Grande do Sul[6].
A cidade foi uma das primeiras cidades brasileiras moderna planejada. O planejamento viário da cidade fora inspirado em conceitos urbanísticos usados nos traçados de Washington (1791), Paris (1850), Buenos Aires (1580) e Belo Horizonte (1897)[7], caracterizando-se por ruas muito largas, forte hierarquização e criação, através de ruas diagonais ao xadrez básico, de pontos de convergência. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro.
O município localiza-se ao norte do Rio Grande do Sul, na região do Alto Uruguai, sobre a cordilheira da Serra Geral. O significado de Erechim, termo de origem caingangue, é "campo pequeno", nome esse dado provavelmente por a cidade ser rodeada de florestas na época.[8]
A região foi colonizada basicamente por imigrantes de origem polonesa (1918),[14] alemã (1912),[15] israelita (1911)[16] e, principalmente, italiana. As primeiras famílias italianas chegaram na cidade por volta de 1910 através da ferrovia. Os imigrantes italianos, ao longo de vários anos, modificaram a fisionomia social da região com seus valores espirituais, culturais e materiais. Grande parte dos imigrantes, não só os italianos, vinham em busca de uma vida melhor para si e para suas gerações. Ainda hoje é possível perceber interferências dos imigrantes oriundos desses países, especialmente na arquitetura e na culinária da cidade.[17]

Catalão - GO

Mesmo minha Vó Claudimira sendo goiana de Mineiros, o pobre paulista que sou mal conhece Goiás.
Já fui a Brasília e entorno, vi a pujança de Goiânia e Anápolis, já cruzei algumas estradas e uns rios cristalinos daqui, apenas.
Mas meu batismo de fogo no trabalho em Goiás se dá em terras catalanas.
Um missionário da Catalunha viu semelhanças dessas com as ondulações de sua terra e deu o nome ao local.
Mesmo na secura empoeirada desse inverno, intuo suas belezas. Deve ser exuberante na estação das águas, com a verdura reinstalada em seu altar.
As maracanãs e os papagaios quebra côco enchem o ar de gritos felizes, em casais psitacídeos emparelhados ou em bandos. Monogâmicos e felizes, como as pombas, nos seus carinhos de bicos nas nucas.
O Sertão da Farinha Podre tem um novo ciclo de riquezas, espero que socialistas e duradouras.
Extensão natural do Triângulo das Gerais e do interior de São Paulo, globaliza-se. Há japoneses pequenos fazendo grandes caminhonetes e carros Mitsubishi, estadounidenses grandes fazendo colheitadeiras John Deere maiores ainda, peruanos vindo ver a flotação de apatitas, argentinos rosarinos comerciando softwares, russos e chineses comprando terras, moçambicanos aprendendo a domar a savana do cerrado. Caipiramente se paulistiza. Sinto os ecos de minha Marília por todos os lados.
A fala é mais amineirada ainda, mais lenta e cantada, musical e às vezes auto caricata.
De São Paulo à capital federal há um corredor que Dutra sonhou, Kubitschek rasgou no chão e agora me acolhe. Desfruto.
Pleno de caminhões abarrotados de soja e outros grãos. Minas e fábricas de fertilizantes, metais, máquinas. Mas com espaço pro macaco, o tatu e o tamanduá bandeira e o mirim, a suçuarana, a paca, a capivara e o jacaré. E os lobos guará (e o Lobo Vicente!), o veado catingueiro. Mesmo pro matuto melhorar de vida junto à bicharada.
Coxinha e pastéis da Hélida, churrasquinhos de esquina, pimenta e mandioca.
Pinga. Surubim excepcional com frutos do mar honestos no Restaurante Touché.
Uma cerveja Original trincando e mais pimenta.
Durmo pesado e acordo cedo, de madrugada. Terei sono com certeza! Seria isso felicidade?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Antônio Abujamra e eu

Topo o Abu na minha frente numa fila para comprar jornal em Congonhas.
Ele, cedendo a vez para uma senhora um pouco mais nova que ele, faz a vênia:
- A gentileza é maior que o amor!
A senhorinha agradecida.
Ele retruca:
- Mas o casamento é a morte de qualquer alma!
E o provocador de Ourinhos explicou:
- Essa é do mesmo autor.
Puxei papo, soube que as frases eram de Dostoiéviski, bati nas suas costas largas, agradeci por tudo que ele nos deu e dá. Ainda firme nas noites da TV Cultura e no teatro paulistano.
Uma grande figura, vocês não podem imaginar as palavras contundentes e proféticas que ele proferiu ali na fila!
Vai com Deus, ABU!

domingo, 14 de agosto de 2011

Biafra ou Byafra, é tudo a mesma coisa!

Composição: Pisca / Claudio Rabello

"Sonho de Ícaro"

Voar, voar, subir, subir
Ir por onde for
Descer até o céu cair
Ou mudar de cor

Anjos de gás
Asas de ilusão
E um sonho audaz
Feito um balão...

No ar, no ar
Eu sou assim
Brilho do farol

Além do mais,
Amargo fim
Simplesmente sol...

Rock do bom
Ou quem sabe jazz
Som sobre som

Bem mais, bem mais...
O que sai de mim
Vem do prazer

De querer sentir
O que eu não posso ter
O que faz de mim

Ser o que sou
É gostar de ir
Por onde, ninguém for...

Do alto coração
Mais alto coração...
Viver, viver
E não fingir
Esconder no olhar
Pedir não mais
Que permitir
Jogos de azar
Fauno lunar
Sombras no porão
E um show vulgar
Todo verão...
Fugir meu bem
Pra ser feliz
Só no pólo sul
Não vou mudar
Do meu país
Nem vestir azul...
Faça o sinal
Cante uma canção
Sentimental
Em qualquer tom...
Repetir o amor
Já satisfaz
Dentro do bombom
Há um licor a mais
Ir até que um dia
Chegue enfim
Em que o sol derreta
A cera até o fim...
Do alto, coração
Mais alto, coração...
Faça o sinal
Cante uma canção
Sentimental
Em qualquer tom...
Repetir o amor
Já satisfaz
Dentro do bombom
Há um licor a mais
Ir até que um dia
Chegue enfim
Em que o sol derreta
A cera até o fim...
Do alto, o coração
Mais alto, o coração...

A Meu Pai

Li o Shasça Milk
E me inspirei
A falar com você

Alexandre
Grande
E não macedônio
Mariliense
Bota suja de massapê
De suas jornadas
No Norte do Paraná

Mãos sujas de apoiar a
Dita Cuja
Ditadura

Mão santa
De defender trabalhadores
(Paradoxo era teu nome!)

E o Maracaí
Traidor
A lhe meter 5 balas
Nas costas
Pelas costas
Covardia!
Lá em Assis
Em 24 de Janeiro de 1984!

Naquele tempo eu andava acampado na Praia do Francês, 30 km ao sul de Maceió, com o João.
Acordei ele um dia para dizer que tinha sonhado com sua morte e fomos até Maceió telefonar e confirmar tua triste morte!

Mas Pai, falar com morto tá com nada, nem espírita não sou. Falo com tua parte viva em mim, no Ariel e no Gil, netos lindos que nunca pudeste ver, pois me deixaste apenas com 19 anos!

Nada mais importa:
Teus netos são lindos,
Sabem que vieram de ti
Como eu.

Somos uns tucura que não valem nada!
Somos o sal da terra.
Nem berne nem carrapato fura esse couro duro.

Dorme em paz.
Canto aqui teu acalanto.

Penso em você me conduzindo pela mão
Lá em Marília
Lá na Rua Particular
E depois na Rua Bandeirantes (de quem descendemos)
Para ir mijar
E não mijar no colchão!

Eu não mijo mais no colchão!
Mas te devo tudo.
Me insuflaste.
Aqui eu estou.

Em seu nome!

Valeu Shasça! (http://www.shasca.blogspot.com/)

14 Agosto, 2011
Ê MEU PAI - DE NOVO
Mais uma vez posto aqui esta tentativa de fotografar meu pai. Divido com aqueles que têm pais, independente do plano que habite. Somos todos Um.
{8¬)
eh meu pai!

[poeira entra em meus olhos
não fico zangado não
pois sei que quando eu morrer
meu corpo irá para o chão
se transformar em poeira
poeira vermelha
poeira do meu sertão
{que ouvi com Cascatinha e Inhana lá pelos meus seis carnavais)]

eh meu pai nosso que estais comigo
santificado seja o nosso rumo
caminhas por onde estou
como eu danças no bojo do vento que brinca nesta beiramar
onde mulheres bonitas
- ah como tu irias gostar de vê-las!
cheirosas balançando suas nádegas
prestes a romper justas malhas coloridas
e ofuscar o sol
maravilhar o sol
beiramar continuação
embora aparentemente distante
da morada da tua ex-carne
aparente porque quando olho tu olhas
sentes a escuma da cerveja que bebo
e te escuto a bronquear por minha barba
e meu cabelo comprido que este nosso vento bagunça
e aquela do jogo de futebol entre cabelo ruim e cabelo bom? hein?
sabes que riem quando esta tua nossa história
e outra vez desobedeço
filho do Leite que sou
e se fosse diferente terias vergonha de mim
como teve em Pedregulho
enquanto me gritavas teu orgulho
- na nossa família tem criminoso; ladrão, não!

eh meu pai nosso que estais comigo
quando passo/passa por mim uma bela mulher
solteira casada tanto faz
e me lembro do quanto demorei para perceber
o porquê daquele teu sorrir safado
quando tocava a ponta do nariz com a língua
continuas vivo
nos chanfros onde derramastes tua solda
dos cafundós das Geraes aos cafundós da África
da Rua dos Cachorros ao Brega de Candeias

eh meu pai nosso que estais comigo
rei dos cavalos bravios de Peçanha
criado a samambaia e angu
desafiando as leis protéicas e vitamínicas
em tuas mortes não morridas
tuberculoses maleitas costelas quebradas
eletrochoque apendicites e etc
e o petit déjeuner de cerveja e conhaque

eh meu pai nosso que estais comigo
como nos domingos curitibanos de missa feijoada e zoológico
das cervejas no Caneca de Sangue
dois perdidos em Jacarezinho depois de goles de Ipanema
as noites nos botecos da baixada fluminense
e aquele insólito estilo de dividir a grana:
fregueses dos botecos saindo sorrateiros atrás de fregueses do boteco
e voltando sorridentes a contar o dinheiro dos fregueses do boteco:
a grana de mão em mão até à gaveta do balcão
onde descansaria até ser coletada sob mira do treizoitão
e outro balcão outro freguês outras mãos outras...
do baixo dos meus 20 anos olhava pra ti
e ouvia teu já conhecido mote, desde Curitiba
- onde tem gente vai gente
e lá íamos outra vez pra dentro da noite
cruel moedora de hipócritas e frouxos
bundas-moles rejeitados até pelo ralo da vida
a se perguntarem o quê fazer na superfície
além de bancarem os prazeres sadomasô de farmacêuticos
advogados cardiologistas psyco-gurus
e outras espécies de geriaputas

eh meu pai nosso que estais comigo
te vejo correndo atrás do Gentil homem
que atirou em meu primeiro amigo Suíço
protagonista da primeira cena de cinema
que ainda habita minhas retinas por quase meio século;
tu quixoterói canivete na mão rua abaixo
no encalço de Gentil e seu 38 que lhe pedia:
- não vem Leite, não vem!
e Mareca correndo e gritando e caindo na poeira sobre um Tião ainda em seu ventre
e tudo na hora do almoço
e eu tinha 4
e por esta e outras cenas do mesmo naipe
hoje ultrapasso os 400

eh meu pai nosso que estais comigo
e com teus filhos por sangue ou escolha e amigos
que dionisiacamente te saudaram noite adentro
rindo de suas/nossas histórias
sorrisos porque não mereces choro
nem a hipocrisia do respeito
que respeito é a súplica dos fracos

eh meu pai nosso que estais comigo
cavalgando alta mula de arreios tilintantes
cruzastes o Suassuí-Poca
este nosso Hades
reza de Vó Rosa a abrir porteiras
e no pa-ca-tá pa-ca-tá das patas levantando a terra vermelha
tua alegria a se fundir com o horizonte

eh meu pai nosso que estais
vivo é o vosso sumo

lagoa, 28/11/06

Postado por Shasça às

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O espírito da coisa (quem coisou essa coisa não foi esse coisinha aqui, não!)

Mas Que Coisa!
"Coisa",
Coisas.

Natureza das coisas:
substantivo, adjetivo, advérbio.
Verbo: "coisificar"
e "coisar"
"Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".

Coisar, em Portugal, é o ato sexual.
As "coisas" são os órgãos genitais.

"Coisa" também é cigarro de maconha.
"Segura a coisa com muito cuidado".

Em Minas Gerais, coisas são trens, terens.
Menos o trem, lá chamado de "coisa".

Rio de Janeiro. "Coisa mais linda, mais cheia de graça!", "Que coisa linda, Que coisa louca."
Sampa: coisa de louco! "Alguma coisa acontece no meu coração" quando vejo o Sílvio, que é coisa nossa.

Masculino ou feminino.
Coisa-ruim.
Coisa boa.
Coisa de cinema!


"Coisinha de Jesus" é um sub Carlinhos de Jesus.
Coisa do cassete.
Coisa da Casseta.

Seu "coisa nenhuma"!
"Coisíssima nenhuma".

Cheio das coisas.
Coisa à toa.
Meu pai dizia "cousas".

"Deixa de coisa"!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

"A madrugadora Aurora de róseos dedos"

Em disco
Passa a palheta de tons
De seus vermelhos

Revelando sem pressa
Seus verdes
E azuis

Nascer do Sol

Meio sorriso amarelo
Avermelhado
Saindo no horizonte
Duma boca gigante

Meia boca!
Prédios e casas
Poem-lhe os dentes
Só do lado de baixo!

Bicho feio nas Bolsas!

Bovespa fecha em forte queda de 8,08%, maior baixa desde 22/10/08
Ibovespa chegou a -9,73% no pior momento do dia; se queda fosse de 10%, pregão seria interrompido automaticamente!

Meu filho mais velho faz 18 anos!

E quem de "maior de idade" (seguindo o conceito castelhano) sou eu.
Meu filho amadurece, é "de maior", desabrocha...
Eu envelheço!
É uma "nova velhice", com certeza.
Com quase 50, me sinto moço.
Mas o moço de verdade é meu rebento.
Assim é o tempo.
E não me rebelo.
Abraço seu passar com humildade e alegria.

Perdido

8 e tanto da manhã subindo a 9 de Julho no ônibus.
Sento e o homem ao lado pergunta:
- Você sabe onde fica a Rua Barão de Tatuí?
- Assim, só pelo nome, digo eu, não me lembro. Sabe em qual bairro fica?
- Já fui lá duas vezes, responde evasivamente o sujeito, mas não me lembro.
Pela bota pintalgada, supus ser um pintor que recebeu um pedido de serviço.
O hálito de cigarro, cachaça e perfume, se não nauseava, tampouco agradava.
Fez comentários sobre alguém que carregava desequilibradamente um fardo de pacotes de amendoim nas costas; talvez só quisesse puxar papo.
Talvez fosse um 171.
Ou quereria ajuda para sair de um evidente sensação de deslocamento e abandono??

Será que o Patrão (Sílvio Santos) vai virar funcionário?

Beleza pura
5 de agosto de 2011 | 18h05

Direto da fonte (por Sônia Racy)

Corre no mercado que a Coty Beauty – ­­dona de marcas como Adidas, Calvin Klein e Pierre Cardin – acertou a compra da Jequiti, de Silvio Santos. A negociação teria sido fechada quinta-feira, em Nova York.
Por quanto? O mercado avalia a unidade por algo como R$ 1 bilhão.
Consultada, a assessoria do Grupo SS nega que tenha vendido sua empresa de cosméticos.

É sabido que o Grupo SS foi largamente engrupido pelos executivos do Banco (de Bicho) Panamericano e que Senor Abravanel tá meio mal das pernas, mesmo tendo vendido as muambas do Baú para a dona Luíza do Magazine de Franca.
Mas parece que ainda assim sua sangria não estanca.
Ontem vi meu colírio de domingo à noite. Roda a Roda, com a Patrícia I e o "Programa" com a Patrícia II (assim ele agora chama a assistente de palco e a filha televisa, respectivamente).
Já imagino ele com 105 anos (com o estado físico que está aos 80 parece que ele chega lá) vendendo carnês nas esquinas com os descendentes, para aumentar de novo a fortuna!...

domingo, 7 de agosto de 2011

Touts les droîts pour les Amazigh (Bèrbéres)!

Algérie – Kabylie: 300 enfants privés de prénoms par la mairie de Tizi Ouzou
Publié le 07 août 2011 par amazigh
L'administration municipale de l'état-civil de Tizi-Ouzou, ville de 150 000 habitants, multiplie les refus d'inscription de nouveau-nés. Motifs des refus: les prénoms amazighs (berbères) seraient illégaux, en vertu d'un décret et d'une liste de 1981.

Les cas s'accumulent au service de l'état-civil de l'Assemblée populaire communale (mairie) de Tizi-Ouzou: en février, c'est le père d'une petite Masintha, née le 12 juin 2010, qui révèle à la presse qu'il ne peut inscrire sa fille à la crèche du fait du refus des employés communaux d'enregistrer sa fille à l'état-civil. La raison de ce refus est l'absence du prénom Masintha (prénom amazigh) du "lexique national de prénoms" concocté par l'administration d'Alger le... 7 mars 1981. Désemparé, M. Madouni (le père) constate que sa "fille a huit mois (...) mais aux yeux de l'administration, elle n'existe même pas". Sa tentative de porter l'affaire en justice a été rejetée par le procureur.

Dominguinhos

São
Como o
Sanfonista

Ótimos!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Meu irmão mais velho

Veio de Marília
Xandão
Meio ranzinza
Meio reclamão

Trouxe bíblia
Trouxe fraternidade
Trouxe tang e
Amizade

Agora dorme
Não pregou o olho
No Prata
Deixa que durma!