Em casa era "viradão".
Em repúblicas que passei e outras famílias era "mexidão" ou "mexido".
O termo mais chulo do título atribuo ao Haroldo e à turma da "república de baixo", lá na Major Sólon, atrás de um bar e de um, hoje, estacionamento.
Mas o resumo: comida feita pela mistura de restos de comidas anteriores, geralmente geladas e mais secas, com poucos ingredientes novos.
Arroz, feijão, ovos para dar liga, farinhas e farofas velhas, até bolacha picada, azeitona, alho e cebola para tirar o budum de coisa velha e fedida, azeite, louro, sei lá, invente, carne moída...
No meu caso foi peru (sim o tão falado peru de festa que a Tia trouxe e sempre sobra).
Já tinha dado uns repasses nas carnes, mas tinha uma farofa de miúdos do papo, arrozes de não sei quantos dias e as linguiças de ontem.
E aí veio o Andrézinho da banca de flores me dar uns 20 pés de pimenta. Fiz molho com elas, fortíssimas.
Minha esposa disse que parecia vômito de cachorro e o mais novo a imitou, com falsas convulsões heméticas humanas mesmo sobre a panela.
O mais velho acordou tarde (mais uma noitada no quarto com o computador) e bateu três pratos com cerveja. Comida de homem!
2 comentários:
é de enbrulhar o estomago esse post, por aqui chamamos isso de gororobex, que procuramos evitar, comida em decomposiçao vai para o lixo sem dó.
Veja bem, não disse que como comida estragada...apenas que o meu conceito de "comida velha" é meio elástico e muitas vezes uma fritadinha no azeite põe a coisa no seu devido lugar (meu bucho). Homem-Avestruz tem disso!
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