Dazzed and confused

Esse negócio de procurar emprego já me deixa meio assim assado.
É uma loteria, não sabemos qual a porta certa, um verdadeiro labirinto.
No entanto "não está morto quem peleja".
Vou rastrear sites de head hunters, vou caçar a agulha no palheiro que é meu novo emprego.
Espero ter mais sorte do que a da última experiência (escrevi aqui meses atrás que almejava que aquele tivesse sido meu último empregador, pois gosto de estabilidade, relacionamentos de longo prazo, etc).
Nem tudo é o que esperamos, daí termos que estar sempre nos reinventando, refazendo a mira para os alvos mutantes, sacando que a transformação é a única constância.
Peito aberto, sem lágrimas, auto confiante.
E vamos em frente pois quem fica parado é poste!

Plúmbeo

O céu dessa cidade em janeiro foi mais belga e britânico do que há anos se via.
Fresco, sim, mas e o azul, onde foi parar ninguém viu.

Placas tectônicas

A Vale comprar a Bunge Fertilizantes, ou pelo menos grande parte dela (já que a mistura e distribuição de fertilizantes "acabados" continuará com a Bunge por um tempo) é, nesse mundo onde vivi tantos anos, como a fricção de placas tectônicas.
Quem serão as vítimas do terremoto advindo é coisa a se esperar para ver.
Depois parece que haverá um sentido maior, um fortalecimento, as coisas devem fazer sentido a médio prazo.
Queria fazer parte desse tsunami!

O sonho acabou

Suzano sob a chuva!
"Quem não dormiu no sleeping bag nem sequer sonhou!"
Sem arcos elétricos, sem aluminas alfa, sem nada!
Mas firme comigo.
As uvas estavam verdes!
Baixa o pano, rápido!

Público e Privado

Publico, logo existo.
Esse novo "cogito ergo sum" me leva a pensar que o "Exilado Verdadeiríssimo" eventualmente lerá essas mal traçadas linhas.
Entre inibido e desafiado, mando um Salve!

ING

"Indivíduo Não Governamental".
Acabo de ganhar essa do incrível Guto Lacaz, num bonito documentário da TV Cultura.
"O que eu posso resolver sozinho eu resolvo", pontifica ele, explicando sua cruzada por recolher pilhas encontradas nas calçadas para reciclagem.
Infelizmente, diz ele, o caso das bitucas é mais complicado...

Sonhar

Depois de cidades e complexos gigantescos de ácido fosfórico, agora me preocupo com um forninho no fundo da fábrica de Suzano.
Recomeço!
Abrasivos e superligas que me aguardem!

São Paulo aniversaria

Essa cidade sofrida de chuva e de sujeira, rica de gentes e culturas, rica até de natureza (afinal o Tietê, o Pinheiros e o Tamanduateí rios são) faz 456 anos...
Deve até ter bolo e festa, mas não é aí que reside a minha comemoração.
Comemorar isso para mim consiste em gestos simples como guardar a bituca para jogar num lixo e não no bueiro, em catar uma garrafa pet do chão e dar a ela melhor destino, festejar se materializa em "dar beira" para alguém no trânsito e ser gentil no meio dessa pressa e neura às vezes generalizada ou pelo menos muito difundidas!
Para mim assoprar as velas dessa "mãe gentil" e afagar seus cabelos é algo como ter a mente pronta para ajudar um outro, evitar um roubo dando a mão a um pobre que quer trabalhar, levar criança prá escola em vez de ensiná-la a pedir no farol seja vendendo balas ou fazer malabarismos chochos.
Para mim, além de pagar o IPTU, o ISS e quetais, tenho que ajudar a escolher um prefeito melhor, um administrador regional que não seja safado e um vereador que não se locuplete. É uma pena que o Zé Dirceu danou o PT, senão ainda devia dar para ir a um comitê partidário do bairro e conversar com gente que pensasse como eu.
Mas aí veio o Chavez e isso tudo lembra Habana la Vieja...
Viva São Paulo assim mesmo, minha casa é minha pátria, pária exilado que sou da minha cidade natal.

Haiti, Brasil e o danado do Bóris Casoy

Em 1993, sob o impacto das mortes do Carandiru, numa época sarneyzista e collorida, eras pré FHC, Caetano e Gil nos compararam ao desgraçado país centro americano...
Dezessete anos depois, seja pelas melhoras do Brasil como pelos retrocessos do Haiti, estamos a muitos anos luz de distância da infinda dor de nossos irmãos francófonos daquela ilha caribenha, ademais tão bonita.
Mas não vamos dormir sobre louros de vitórias passadas!
Vigilância constante! O Brasil já ajudou bastante aquele país e vai precisar ajudar muito mais. É como ter um irmão pobre, não dá para deixar os sobrinhos "passando necessidade".
E o que que tudo isso tem a ver com essa pústula do Bóris Casoy, devem estar se perguntando...
Esse "respeitado" jornalista-apresentador, ex-integrante do CCC!, no fim do ano passado deixou vazar um áudio onde ele ridicularizava e menosprezava dois garis que enviavam, como tantos outros "seres comuns" em sua emissora, saudações de Ano Bom!
Enquanto "brancos azedos", no caso agravado por ser um "formador de opinião" através de um serviço público concedido que são as tevês abertas, tratarem "pretos" desse jeito isso aqui ainda será sim um Haiti! Isso sim "é uma vergonha!".