Poema de Luis García Montero escrito para la manifestación en apoyo a Garzón

La farsa

Son malos tiempos para la justicia.
Vengan a ver la farsa,
el decorado roto, la peluca mal puesta,
palabras de cartón y pantomima.

Son malos siglos para la justicia.
No existe majestad en la casa del rey.
Nadie busque su voto
en la tribuna de los parlamentos.

Son malos años para la justicia.
Como el mar no es azul,
los barcos equivocan la cuenta de sus olas.
Como el dinero es negro,
la moneda menguante de la luna
ha pagado el recibo de los trajes nocturnos.

Son malos meses para la justicia.
Se citaron el crimen y el silencio,
no descansan en paz los perseguidos,
el ladrón y el avaro se reúnen
y la ley no responde a la pregunta
de la bolsa o la vida.

Son malos días para la justicia.
Más de cinco millones de recuerdos
naufragan con sus nombres en la cola del paro.
Los vivos han perdido la memoria
y los muertos no tienen donde caerse muertos.
Son malas horas para la justicia.

La política sueña
una constitución en la que refugiarse.
Los periódicos piden
una buena noticia que llevarse a la boca.

El poeta no encuentra
las palabras que quiere para decir verdad,
reparación, justicia,

porque son malos tiempos,
porque los tribunales
se han sentado a cenar en la mesa del rico.

Vengan aquí y observen,
es el tinglado de la nueva farsa,
la toga sucia y el culpable limpio.

Amor de Juventud - Pedro Aznar

El roba rosas
Por jardines de su barrio
La tarde es cómplice total
Y siempre hay alguien que lo ve
Y ríe sin querer
Volviéndose en el tiempo

Ella deshoja
Margaritas en su cuarto
anoche lo trató tan mal...
Y siempre vuelve a aparecer
Con ese “no sé qué”
Que deja sin aliento

Amor de juventud
Sus brazos por primera vez
Amor de juventud
Un beso y es el infinito
Amor de juventud

Ellas se encuentran
A estudiar desde temprano
No hay quem las pueda separar
Y alguna tarde hay algo más
Una magia sensual
Que corre por los cuerpos

El busca formas
De decirle que lo ama
Non sabe por dónde empezar
Le lee poemas sin parar
Se quiere assegurar
De que él siente lo mismo

Amor de juventud
Sus brazos por primera vez
Amor de juventud
Un beso y es el infinito
Amor de juventud

Djokovic ganha de Nadal em um duelo épico

O sérvio somou seu quinto grande slam ao bater por 7-5, 4-6, 2-6, 7-6 y 5-7 em uma final majestosa, a partida mais longa (5h53m) da história ds finais dos Grand Slam!

Rita Lee xinga os policiais em Aracaju

Em turnê de despedida dos palcos a roqueira chamou os coxas locais de cachorros filhos da puta e pediu um baseado para fumar!
Pegou duas horas de arenga na delegacia!
Valeu Tia, aos 67 você tá mandando bem...

Ari Cohen Sharkar

Fizemos uns cursos juntos. De uma família iemenita e andaluza pobre, saiu aos 17 de seu kibutz natal no Oeste da Transjordânia, em Bror Hayom. Serviu o Exército de Israel em Sabra e Chatila. Depois foi primeiro estudar no Technion, no Monte Carmelo em Haifa. Depois cansou de ser estudante pobre na "Capital do Norte" e decidiu ir morar no Sul, na Universidade do Negev em Beersheva, onde se graduaria em Engenharia Química. Trabalhou por décadas com os fosfatos de Oron e Zin em Arad. Casou e teve dois filhos, já adultos. Morreu ontem de infarto, aos 46 anos.

Laerte Coutinho no Lumiére

Sentados para ver o ótimo "A separação", eis que ao lado passa o nosso grande cartunista...vestido como ele só, a própria tia velha...
Brinquei com a minha esposa que eu também ia ser "Cross dresser" e ela tinha que compreender.
Quase apanhei!
Imagina então os filhos adolescentes, iam me espancar rapidinho!
Outro dia ele foi barrado quando ia pela segunda vez ao banheiro das mulheres em uma pizzaria famosa. Está os processando...
Sorte minha que meus desejos são mais "normais"!

Marília - 2012

"Marília que não é mar
Marília que não é ilha
Não é lá
Nenhuma maravilha!"

"Marília cidade bela
Cidade cheia de encanto
Tem merda prá todo lado
Tem bosta prá todo canto!"

Na Rua Particular
Atrás da Máquina União
Vim ao mundo
Pela Cida e o Xandico

Depois moramos na Bandeirantes 168
Construída pelo Jesus Montolar
Vizinho do Marshal Miguel
E onde seu Alexandre Pompeu
Mineiro sacudido
Espera a morte chegar!

Chegamos aos anos 70
Na Gonçalves Dias 151
Onde meu irmão
Cumpre suas penas amargas
Com o nome e a profissão
Do nosso finado pai

Agora já não tenho endereço ali
Sou um fantasma esporádico
Sem corrente tão forte
Sem lençol que me encubra

Na Sampaio Vidal
Coma a Álvares Cabral
Sou um espectro
Luminoso e atemporal!

Coletivo matinal

"Tudo na vida é passageiro, menos o motorista e o cobrador."

Motos ziguezagueiam entre os carros e ônibus
Que se alinham no corredor após o semáforo

Uma bicicleta vermelha singra a calçada
Entre seguranças estáticos, pedestres
E uma senhora de jogging preto
Que faz cooper subindo a Nove

Uma peça meio solta
Grita na porta como um grilo.
E o cobrador tem cabelo moicano!

São Paulo faz anos

Na antevéspera de seu
Quadricentésimo quinquaségimo oitavo aniversário
A cidade ressurgia nervosa
Da calmaria de Janeiro

No Terminal Bandeira
Mulatos como eu
Dos mais negros, carapinhas
Aos loiros, chapinha

De sapatos fechados
De tênis ou sandalinha
Íamos ao abençoado trabalho

Um tanto fazia fila
Na porta do Centro de Vivência
Da Assistência Social...

Cidade Natal

A gente idealiza a cidade onde se nasceu.
Na Marília da minha memória
Os colégios são ótimos, o cinema fenomenal,
As sorveterias bacanas,
Os botecos uma delícia.
Minha família se reúne.

Não tinha político bom,
Mas nem pensávamos nisso.
Nem éramos empulhados
Pelo Camarinha,
Zé Ursílio e Bulgarelli.

Minha Marília é um sonho.
Infelizmente não existe.

E eu mesmo tou cansado de pensar nela...

Manhã Estival

Estio
Céu azul
Nuvens brancas

Reflexos nos espelhos
Dos vidros dos prédios
E das paradas de ônibus

Escuro no túnel
Da 9 de Julho
Perigo nas travessias
Da larga e longa avenida

O paulistano é meu irmão!

Escrever

É o meu
Falar

Falo
Sobre Géia
Nossa Mãe

Sobre o sopro
Divino
Que me inflama

Ser
Homem

No Brasil
Em 2012

Suposto estupro no BBB 12

Daniel recentemente (dia 10/01/2012) tinha dito a (agora) premonitória frase:
-"Para mim tem que ter química."
Taí a química explosiva que fazem o álcool, os ferormônios, a testosterona e a falta de noção...

Uma coisa puxa a outra

Água e energia elétrica.
Carvão e enxofre.
Uma planta de fertilizantes e toda uma agricultura.

Vejo em Moçambique
Um novo Brasil!

Pê Lanza é firmeza

Não sou fã do Restart.
Mas, após tomar uma pedrada na testa em um show gratuito em Rio das Ostras - RJ, o vocalista dessa banda disse coisas e se comportou como um verdadeiro homem.
Uma demonstração enorme de maturidade pessoal e profissional, respeito ao público e não violência.
Parabéns para ele.

Entre expandir e consolidar

Buscar o novo
Em outras terras
É diferente
De consolidar
O existente

A ventura do explorador
É outra
Que a do Gerente
Da Manutenção

Trago em mim
Muitos eus
Um Cabral, descobridor
E um Pombal, reformador!

Dilma transpassada por espada!

O fotógrafo Wilton de Sousa Junior, de O Estado de S.Paulo, é o vencedor do Prêmio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha, na categoria Fotografia. Wilton Junior foi premiado pela foto da presidente Dilma Rousseff transpassada por uma espada, durante cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ).

A Pedra da Cebola de Vitória - ES

Parque urbano com formação litológica "foliar".

VIA LÁCTEA TEM MAIS DE 100 BI DE PLANETAS

Maioria é gasosa, mas há similares à Terra.
E a Via Láctea não é a única galáxia.
Porquê estaríamos tão sós?

Triste retrato

Nasceu no Oeste e lá está.
Fez incursões nas capitais estadual e federal e num estado mais nor-ocidental.
Não pagou o conselho profissional por uma década. Nem o IPTU da casa.
Teve todo tipo de dívidas profissionais e pessoais acumuladas.
Arrota peru. Desfez em litígio um casamento com filhos.
Não paga pensão.
Faz questão de, quando apertado, dizer que está indo muito bem, anda de moto importada, está solteiro e namora lindas mulheres.
Agride verbalmente irmãos de forma covarde.
Nunca liga prá ninguém.
Comprou nesses anos brinquedos para si e para os filhos, invertendo as prioridades.
Vive assim.

Até quando?

Cavalo de Guerra

Spielberg é um grande cineasta e nos brinda com uma epopeia onde um cavalo extraordinário nos lembra que humanos podem ser maravilhosos, crer em milagres e dar seu melhor em situações limítrofes.

O senso da poesia

Não é o da razão

Algo entre o pulso
E o coração

É descobrir
Coisas
No nada

Como ver
Emoções

E escutar
Cores!

Maritacas e outros psitacídeos

Gritavam entre os pios dos outros avoantes.
Passerejavam o Ano Novo!

A rola

Mesmo não sendo
Rolinha
A pombinha avoante
Que vem me visitar
E comer meu alpiste

Bica os grãos
E vai
Embora!