Jimmy Carter, velho corajoso, não tem medo de ser amigo de Fidel Castro, não!
E condenou publicamente do embargo.
Podemos até reclamar do regime cubano, mas condenar aquele povo à pobreza e tratar o país como pária na América, tantos anos já finda a Guerra Fria, é um absurdo dos EUA.
Que o Obama nos escute e vá ele, pessoalmente, apertar a mão dos "hermanos" Castro!
E acabe logo com essa mão apertada no pescoço de "la Isla"...
Diário Esporádico: escrito por ROBERTO CORRÊA DE CERQUEIRA CÉSAR, um engenheiro escritor, taurino, pai de dois meninos (por quanto tempo ainda?), com cabelo embranquecendo e caindo, ficando cada dia mais cego!
Postagem em destaque
"Concreto"
Pedra, barro, massa Mão, calo, amassa! Levanta parede No ar D a hora Que se levante! Mora dentro F ora Vi...
quinta-feira, 31 de março de 2011
Pitboy: pitbull humano!
Discussão em padaria termina em morte em Itapetininga-SP
Lutador de vale-tudo espancou um funcionário em uma rua próxima ao estabelecimento, por volta das 4h30
31 de março de 2011 | 15h 36
SÃO PAULO - Um homem de 36 anos morreu na madrugada desta quinta-feira, 31, após ser espancado por um lutador de vale-tudo no município de Itapetininga (SP). Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu. A discussão entre os envolvidos começou por volta das 4h30.
O agressor teria esquecido a chave de sua moto dentro de uma padaria e tentou entrar pela porta de saída para buscá-la. A vítima, que trabalhava como garçom no local, pediu para que ele entrasse pela porta da frente, o que irritou o cliente. Alguns minutos depois, ambos se encontraram novamente em uma rua próxima, onde teria ocorrido a agressão.
Inicialmente, o autor do crime negou o espancamento, mas policiais foram até sua residência e encontraram roupas com manchas de sangue. Ele foi autuado em flagrante e encaminhado ao presídio de Cesário Lange.
Lutador de vale-tudo espancou um funcionário em uma rua próxima ao estabelecimento, por volta das 4h30
31 de março de 2011 | 15h 36
SÃO PAULO - Um homem de 36 anos morreu na madrugada desta quinta-feira, 31, após ser espancado por um lutador de vale-tudo no município de Itapetininga (SP). Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu. A discussão entre os envolvidos começou por volta das 4h30.
O agressor teria esquecido a chave de sua moto dentro de uma padaria e tentou entrar pela porta de saída para buscá-la. A vítima, que trabalhava como garçom no local, pediu para que ele entrasse pela porta da frente, o que irritou o cliente. Alguns minutos depois, ambos se encontraram novamente em uma rua próxima, onde teria ocorrido a agressão.
Inicialmente, o autor do crime negou o espancamento, mas policiais foram até sua residência e encontraram roupas com manchas de sangue. Ele foi autuado em flagrante e encaminhado ao presídio de Cesário Lange.
Notícias de hoje em Angola
Investimentos na agricultura promovem cultivo de cereais
Kumuênho da Rosa| - Hoje no Jornal de Angola.com
O Conselho de Ministros apreciou, ontem, um conjunto de propostas de diplomas legais que visam adequar o quadro jurídico do sistema nacional de defesa e segurança ao actual figurino constitucional.
Reunido em sessão ordinária orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, no Palácio da Cidade Alta, o Conselho de Ministros apreciou e encaminhou para a Assembleia Nacional propostas de Lei de Bases da Segurança Nacional, da Defesa Nacional e das Forças Armadas, assim como da Protecção Interna e da Actividade de Inteligência.
O órgão auxiliar do Presidente da República aprovou, por outro lado, a Programação Financeira do Tesouro Nacional para o segundo trimestre do ano em curso e debruçou-se sobre o Decreto Presidencial que autoriza o ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de Obrigações do Tesouro em moeda nacional para o presente ano fiscal, dentro dos limites fixados no Orçamento Geral do Estado.
Ainda no domínio financeiro, o Conselho de Ministros apreciou o Decreto Presidencial que aprova as Tabelas de Avaliação e Reavaliação de Prédios Urbanos e um outro sobre as medidas excepcionais a tomar para o controlo dos contribuintes em situação de irregularidade reiterada, no que se refere às obrigações fiscais.
Com vista a encontrar forma mais expedita de obter financiamento para a economia nacional e seus principais agentes, o Executivo tem em carteira a regulamentação de actividades comerciais como a cessão financeira (factoring) e a locação financeira. É assim que o Conselho de Ministros apreciou os projectos de Decretos Presidenciais que aprovam os regulamentos da Actividade das Sociedades de Cessão Financeira, do Contrato de Cessão Financeira, assim como o Regime Jurídico do Contrato de Locação Financeira.
Regras na actividade mineira
Outro diploma legal que mereceu a apreciação do Conselho de Ministros, na reunião de ontem, foi a Proposta de Lei que aprova o Código Mineiro. O documento, que congrega as normas que regulam a actividade geológico-mineira, pretende trazer vantagens ao sector e apresentar soluções jurídicas mais adaptadas à dinâmica do mercado interno, regional e internacional.
O órgão colegial do Executivo apreciou a proposta de Lei dos Formulários dos Actos da Administração Local do Estado, diploma que estabelece o regime jurídico e que define a tipologia, as regras sobre a publicação e uniformiza os actos dos Órgãos da Administração Local do Estado.
O Conselho de Ministros apreciou os projectos de Decretos Presidenciais sobre o Regime Específico de Organização e Gestão da Urbanização de Talatona e o Regime de Organização Administrativa da Cidade do Kilamba.
O Executivo deu aval positivo a vários Decretos Presidenciais relativos à desanexação, delimitação geográfica e legalização dos terrenos da Zona Económica Especial Luanda/Bengo, tendo, em consequência, sido identificadas as localidades e respectivas áreas, constituídas em reserva industrial, reserva mineira e reserva agrícola.
Primeira de outras zonas económicas especiais a serem criadas no país, a Zona Económica Especial Luanda/Bengo vai ocupar territorialmente o espaço entre os municípios de Viana e Cacuaco (Luanda) e Icolo e Bengo, Dande, Ambriz e Nambuangongo (Bengo).
O projecto começou a ser instalado em Luanda no Quilómetro 30, arredores de Viana, e vai servir ao sector empresarial nacional público e privado para desenvolver actividades de produção em grande escala, com vista a assegurar um crescimento rápido, sustentado e diversificado da economia nacional.
Kumuênho da Rosa| - Hoje no Jornal de Angola.com
O Conselho de Ministros apreciou, ontem, um conjunto de propostas de diplomas legais que visam adequar o quadro jurídico do sistema nacional de defesa e segurança ao actual figurino constitucional.
Reunido em sessão ordinária orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, no Palácio da Cidade Alta, o Conselho de Ministros apreciou e encaminhou para a Assembleia Nacional propostas de Lei de Bases da Segurança Nacional, da Defesa Nacional e das Forças Armadas, assim como da Protecção Interna e da Actividade de Inteligência.
O órgão auxiliar do Presidente da República aprovou, por outro lado, a Programação Financeira do Tesouro Nacional para o segundo trimestre do ano em curso e debruçou-se sobre o Decreto Presidencial que autoriza o ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de Obrigações do Tesouro em moeda nacional para o presente ano fiscal, dentro dos limites fixados no Orçamento Geral do Estado.
Ainda no domínio financeiro, o Conselho de Ministros apreciou o Decreto Presidencial que aprova as Tabelas de Avaliação e Reavaliação de Prédios Urbanos e um outro sobre as medidas excepcionais a tomar para o controlo dos contribuintes em situação de irregularidade reiterada, no que se refere às obrigações fiscais.
Com vista a encontrar forma mais expedita de obter financiamento para a economia nacional e seus principais agentes, o Executivo tem em carteira a regulamentação de actividades comerciais como a cessão financeira (factoring) e a locação financeira. É assim que o Conselho de Ministros apreciou os projectos de Decretos Presidenciais que aprovam os regulamentos da Actividade das Sociedades de Cessão Financeira, do Contrato de Cessão Financeira, assim como o Regime Jurídico do Contrato de Locação Financeira.
Regras na actividade mineira
Outro diploma legal que mereceu a apreciação do Conselho de Ministros, na reunião de ontem, foi a Proposta de Lei que aprova o Código Mineiro. O documento, que congrega as normas que regulam a actividade geológico-mineira, pretende trazer vantagens ao sector e apresentar soluções jurídicas mais adaptadas à dinâmica do mercado interno, regional e internacional.
O órgão colegial do Executivo apreciou a proposta de Lei dos Formulários dos Actos da Administração Local do Estado, diploma que estabelece o regime jurídico e que define a tipologia, as regras sobre a publicação e uniformiza os actos dos Órgãos da Administração Local do Estado.
O Conselho de Ministros apreciou os projectos de Decretos Presidenciais sobre o Regime Específico de Organização e Gestão da Urbanização de Talatona e o Regime de Organização Administrativa da Cidade do Kilamba.
O Executivo deu aval positivo a vários Decretos Presidenciais relativos à desanexação, delimitação geográfica e legalização dos terrenos da Zona Económica Especial Luanda/Bengo, tendo, em consequência, sido identificadas as localidades e respectivas áreas, constituídas em reserva industrial, reserva mineira e reserva agrícola.
Primeira de outras zonas económicas especiais a serem criadas no país, a Zona Económica Especial Luanda/Bengo vai ocupar territorialmente o espaço entre os municípios de Viana e Cacuaco (Luanda) e Icolo e Bengo, Dande, Ambriz e Nambuangongo (Bengo).
O projecto começou a ser instalado em Luanda no Quilómetro 30, arredores de Viana, e vai servir ao sector empresarial nacional público e privado para desenvolver actividades de produção em grande escala, com vista a assegurar um crescimento rápido, sustentado e diversificado da economia nacional.
O que me faz mais rico
Minha história, minha herança cultural familiar...
Num determinado momento de minha formação, eu convivi com meus avôs e meus pais e tios, ao mesmo tempo que, sendo adolescente nos anos 80, ainda vi nascer as gerações dos 90 e dos 2000, e estou vendo a da segunda década desse novo século! Espero viver até os meados do século XXI! Amém.
Sou "contemporâneo".
Avós eram duas, biologicamente uma, o outra madrastra do pai, pois a avó materna morreu prematuramente, mas isso não foi importante. Fui bem servido, em todos sentidos, de antepassados.
Basicamente, meus avôs eram do fim do século 19, criados nos começos do século 20, atravessaram quase todo século XX.
Avôs eram dois, tucuras, caldeados no sertão de São Paulo antigo. Um mais autodidata, quase mineiro, goiano, matogrossense, e outro um literato, da primeira fornada da Faculdade de Odontologia de Itapetininga.Essa dicotomia ruro-urbana chucra masculina contra outra cultura mais citadina, refinada e feminina da mãe me marcou.
Portanto meus pais não podiam ser mais diversos e profundos em suas maneiras de ser. Mas eram parecidos, datados, pois nasceram e se criaram antes da Ditadura, passando até a apoiá-la e "sofrendo" depois para se "redemocratizar".
Com a mãe ainda convivo fisicamente, Graças a Deus.
Com os demais, mortos, mantenho quase já um diálogo, um conversê de mesuras, "duras", pedidos de ajuda, busca de consenso na tomada de decisões, coisa meio fantasmagórica. Mas são agora uns tipos camaradas, que não assustam mais e até fazem companhia.
E voltando a mim, sou nascido em 1964, filho do Golpe. Mas também de 68! Pós hippie. Pós tudo.
A vida vai passando e a gente descobre o que postei aí do blogueiro peruano Iván Thays: "Cuando tienes una mirada más esencial de la vida, el éxito o el fracaso resultan igual de ridículos".
Livremente: "Quando se tem uma visão mais essencial da vida, o sucesso ou o fracasso resultam igualmente ridículos"!
Num determinado momento de minha formação, eu convivi com meus avôs e meus pais e tios, ao mesmo tempo que, sendo adolescente nos anos 80, ainda vi nascer as gerações dos 90 e dos 2000, e estou vendo a da segunda década desse novo século! Espero viver até os meados do século XXI! Amém.
Sou "contemporâneo".
Avós eram duas, biologicamente uma, o outra madrastra do pai, pois a avó materna morreu prematuramente, mas isso não foi importante. Fui bem servido, em todos sentidos, de antepassados.
Basicamente, meus avôs eram do fim do século 19, criados nos começos do século 20, atravessaram quase todo século XX.
Avôs eram dois, tucuras, caldeados no sertão de São Paulo antigo. Um mais autodidata, quase mineiro, goiano, matogrossense, e outro um literato, da primeira fornada da Faculdade de Odontologia de Itapetininga.Essa dicotomia ruro-urbana chucra masculina contra outra cultura mais citadina, refinada e feminina da mãe me marcou.
Portanto meus pais não podiam ser mais diversos e profundos em suas maneiras de ser. Mas eram parecidos, datados, pois nasceram e se criaram antes da Ditadura, passando até a apoiá-la e "sofrendo" depois para se "redemocratizar".
Com a mãe ainda convivo fisicamente, Graças a Deus.
Com os demais, mortos, mantenho quase já um diálogo, um conversê de mesuras, "duras", pedidos de ajuda, busca de consenso na tomada de decisões, coisa meio fantasmagórica. Mas são agora uns tipos camaradas, que não assustam mais e até fazem companhia.
E voltando a mim, sou nascido em 1964, filho do Golpe. Mas também de 68! Pós hippie. Pós tudo.
A vida vai passando e a gente descobre o que postei aí do blogueiro peruano Iván Thays: "Cuando tienes una mirada más esencial de la vida, el éxito o el fracaso resultan igual de ridículos".
Livremente: "Quando se tem uma visão mais essencial da vida, o sucesso ou o fracasso resultam igualmente ridículos"!
Peruaninho atrevido!
ELPAIS.com >Cultura
"Cuando tienes una mirada más esencial de la vida, el éxito o el fracaso resultan igual de ridículos"
El escritor peruano, finalista del Premio Herralde 2008 y popular bloguero literario, publica 'Un sueño fugaz', novela de cuentos y reflexiones sobre la literatura, la vida y el fracaso
JUAN CARLOS GALINDO - Madrid - 31/03/2011
"Cuando tienes una mirada más esencial de la vida, el éxito o el fracaso resultan igual de ridículos"
El escritor peruano, finalista del Premio Herralde 2008 y popular bloguero literario, publica 'Un sueño fugaz', novela de cuentos y reflexiones sobre la literatura, la vida y el fracaso
JUAN CARLOS GALINDO - Madrid - 31/03/2011
Aquela Aurora
Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo
Em São Paulo acabam de fundar um partido que se declara nem de esquerda, nem de direita nem de centro. Um partido de nada, a favor de tudo, ou exclusivamente a favor de si mesmo. Tudo bem. "Esquerda" e "direita" são termos obsoletos e "centro" hoje é sinônimo de PMDB, ou de uma névoa ideológica. O novo partido paulista não vem preencher um vácuo, vem institucionalizar o vácuo. Seu nome evoca o passado, quando o Getúlio, para não dizerem que o Brasil não era uma democracia, inventou dois partidos opostos, o PTB e o PSD. Justiça seja feita: o novo partido surge representando nada, mas com saudade de um tempo em que as siglas, mesmo falsas, significavam alguma coisa.
Bom mesmo era o século 19, quando tudo isso começou. Como no texto do Paulo Mendes Campos que fala das primeiras horas do Gênese, com "o mundo ainda úmido da criação", se poderia descrever com o mesmo encanto aquele outro início. Quando a História, por assim dizer, entrou na história e tudo recebia seus nomes verdadeiros. Uma segunda Criação. Hegel ainda quente, Marx lançando suas ideias explosivas como granadas, o passado e o futuro sendo redefinidos com rigor científico e a modernidade tecnológica e modernidade social (ou, simplificando, a máquina a vapor e a nova consciência proletária) prestes a se fundir para transformar o mundo. "Bliss it was in that dawn to be alive", êxtase era estar vivo naquela aurora, escreveu o poeta Wordsworth sobre a Revolução Francesa. A esquerda poderia dizer o mesmo do século 19. Naquela aurora não havia dúvida sobre a inevitabilidade histórica do socialismo.
Mas êxtase também espera a direita numa volta idílica ao século 19. Foi o século de reação à Revolução, da restauração conservadora na Europa depois do terremoto republicano e do nascente capitalismo industrial sem remorso. Os que hoje propõem a "flexibilização" dos direitos dos trabalhadores conquistados em anos de luta (como os que os ingleses defendiam nas ruas de Londres, há dias) babariam com o que veriam no velho século: homens, mulheres e crianças trabalhando 15 horas por dia, sem qualquer amparo, e sem qualquer encargo legal ou moral, fora os magros salários, para seus empregadores. A perfeição. Antes que a pregação socialista a estragasse.
Século 19, terra de sonhos. Tanto para a esquerda quanto para a direita, antes que tudo virasse um mingau só.
Em São Paulo acabam de fundar um partido que se declara nem de esquerda, nem de direita nem de centro. Um partido de nada, a favor de tudo, ou exclusivamente a favor de si mesmo. Tudo bem. "Esquerda" e "direita" são termos obsoletos e "centro" hoje é sinônimo de PMDB, ou de uma névoa ideológica. O novo partido paulista não vem preencher um vácuo, vem institucionalizar o vácuo. Seu nome evoca o passado, quando o Getúlio, para não dizerem que o Brasil não era uma democracia, inventou dois partidos opostos, o PTB e o PSD. Justiça seja feita: o novo partido surge representando nada, mas com saudade de um tempo em que as siglas, mesmo falsas, significavam alguma coisa.
Bom mesmo era o século 19, quando tudo isso começou. Como no texto do Paulo Mendes Campos que fala das primeiras horas do Gênese, com "o mundo ainda úmido da criação", se poderia descrever com o mesmo encanto aquele outro início. Quando a História, por assim dizer, entrou na história e tudo recebia seus nomes verdadeiros. Uma segunda Criação. Hegel ainda quente, Marx lançando suas ideias explosivas como granadas, o passado e o futuro sendo redefinidos com rigor científico e a modernidade tecnológica e modernidade social (ou, simplificando, a máquina a vapor e a nova consciência proletária) prestes a se fundir para transformar o mundo. "Bliss it was in that dawn to be alive", êxtase era estar vivo naquela aurora, escreveu o poeta Wordsworth sobre a Revolução Francesa. A esquerda poderia dizer o mesmo do século 19. Naquela aurora não havia dúvida sobre a inevitabilidade histórica do socialismo.
Mas êxtase também espera a direita numa volta idílica ao século 19. Foi o século de reação à Revolução, da restauração conservadora na Europa depois do terremoto republicano e do nascente capitalismo industrial sem remorso. Os que hoje propõem a "flexibilização" dos direitos dos trabalhadores conquistados em anos de luta (como os que os ingleses defendiam nas ruas de Londres, há dias) babariam com o que veriam no velho século: homens, mulheres e crianças trabalhando 15 horas por dia, sem qualquer amparo, e sem qualquer encargo legal ou moral, fora os magros salários, para seus empregadores. A perfeição. Antes que a pregação socialista a estragasse.
Século 19, terra de sonhos. Tanto para a esquerda quanto para a direita, antes que tudo virasse um mingau só.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Tito Botelho Martins: novo presidente da Vale
da Folha de Saõ Paulo
Bradesco decide indicar Tito Martins para a Vale
Atual presidente de subsidiária canadense será nomeado no lugar de Roger Agnelli
MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO
O economista Tito Botelho Martins, presidente da Inco, subsidiária da Vale no Canadá, vai substituir Roger Agnelli na presidência da Vale, segundo a Folha apurou.
O Bradesco, um dos acionistas da Vale, deve fazer até sexta-feira um comunicado anunciando a indicação.
Formado pela Universidade Federal de Minas, Martins, 47, acumula desde 2009 a presidência da Inco com o cargo de diretor de operações e metais básicos da Vale.
Como Agnelli, ele foi indicado para a presidência da Vale por Lázaro de Melo Brandão, presidente do conselho de administração do Bradesco. O banco detém 17,1% das ações da Valepar, a controladora da Vale.
Pesou na escolha a habilidade de Martins para lidar com o governo e com situações de crise -foi ele que conseguiu pôr fim a uma das greves mais duras já enfrentadas pela Vale, feita por mineradores canadenses.
Martins deve enfrentar uma negociação delicada com o Congresso e com o governo nos próximos meses -há projetos de lei prevendo a taxação dos minérios exportados. Hoje há isentos de impostos. Sua missão será obter uma alíquota baixa.
Uma das evidências de que o economista já discute suas novas funções na Vale é que ele chegou no último sábado ao Rio de Janeiro, vindo do Canadá, numa viagem que não estava programada.
Agnelli não voltará para o Bradesco, ainda de acordo com apuração da Folha.
O governo chegou a ameaçar o Bradesco de que colocaria na Vale um político ligado a fundos de pensão -a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, detém 58,1% das ações da Valepar.
Brandão disse que isso seria um retrocesso inaceitável. Desde que Agnelli assumiu a Vale, em 2001, o faturamento da empresa saltou de US$ 4 bilhões para US$ 46,4 bilhões, em 2010. No final, a ameaça era só uma encenação, com o objetivo de que o banco saísse da negociação com um gostinho de vitória.
A Vale comprou a Inco em 2006 e assumiu a direção da empresa no ano seguinte. Os negócios da Vale com níquel, um metal usado em ligas, movimentaram US$ 3,26 bilhões em 2009 (13,6% das vendas da companhia).
Na reunião que selou o destino de Agnelli, Mantega disse a Brandão que o governo não via com bons olhos a eternização de um executivo na presidência da Vale, ocupada desde 2001 por Agnelli.
Era a senha para a destituição de Agnelli, principalmente por conta do que o governo chama de inabilidade política e soberba.
Bradesco decide indicar Tito Martins para a Vale
Atual presidente de subsidiária canadense será nomeado no lugar de Roger Agnelli
MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO
O economista Tito Botelho Martins, presidente da Inco, subsidiária da Vale no Canadá, vai substituir Roger Agnelli na presidência da Vale, segundo a Folha apurou.
O Bradesco, um dos acionistas da Vale, deve fazer até sexta-feira um comunicado anunciando a indicação.
Formado pela Universidade Federal de Minas, Martins, 47, acumula desde 2009 a presidência da Inco com o cargo de diretor de operações e metais básicos da Vale.
Como Agnelli, ele foi indicado para a presidência da Vale por Lázaro de Melo Brandão, presidente do conselho de administração do Bradesco. O banco detém 17,1% das ações da Valepar, a controladora da Vale.
Pesou na escolha a habilidade de Martins para lidar com o governo e com situações de crise -foi ele que conseguiu pôr fim a uma das greves mais duras já enfrentadas pela Vale, feita por mineradores canadenses.
Martins deve enfrentar uma negociação delicada com o Congresso e com o governo nos próximos meses -há projetos de lei prevendo a taxação dos minérios exportados. Hoje há isentos de impostos. Sua missão será obter uma alíquota baixa.
Uma das evidências de que o economista já discute suas novas funções na Vale é que ele chegou no último sábado ao Rio de Janeiro, vindo do Canadá, numa viagem que não estava programada.
Agnelli não voltará para o Bradesco, ainda de acordo com apuração da Folha.
O governo chegou a ameaçar o Bradesco de que colocaria na Vale um político ligado a fundos de pensão -a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, detém 58,1% das ações da Valepar.
Brandão disse que isso seria um retrocesso inaceitável. Desde que Agnelli assumiu a Vale, em 2001, o faturamento da empresa saltou de US$ 4 bilhões para US$ 46,4 bilhões, em 2010. No final, a ameaça era só uma encenação, com o objetivo de que o banco saísse da negociação com um gostinho de vitória.
A Vale comprou a Inco em 2006 e assumiu a direção da empresa no ano seguinte. Os negócios da Vale com níquel, um metal usado em ligas, movimentaram US$ 3,26 bilhões em 2009 (13,6% das vendas da companhia).
Na reunião que selou o destino de Agnelli, Mantega disse a Brandão que o governo não via com bons olhos a eternização de um executivo na presidência da Vale, ocupada desde 2001 por Agnelli.
Era a senha para a destituição de Agnelli, principalmente por conta do que o governo chama de inabilidade política e soberba.
Emergência na Rua Japão
Um pouco desconsolado, chovido, esfriado, úmido.
Ligo prum amigo que não atende.
Tento outro e idem.
No tédio cinza, esperando acabar.
Aí vem sirenes alarmadas.
Duas motos seguem o zelador desesperado para a garagem do fundo no térreo.
Logo outra sirene ainda mais cortante, a ambulância do resgate do bombeiros.
Já os conheço, já passei por isso.
Sem morbidez, apenas justa curiosidade, vou esperar para ver o que vai sair dali e depois pergunto o resto para os omnicientes porteiros.
Não quero que ninguém morra nem sofra demais...
Mas deve ter dor ali, e com ela me solidarizo.
Ligo prum amigo que não atende.
Tento outro e idem.
No tédio cinza, esperando acabar.
Aí vem sirenes alarmadas.
Duas motos seguem o zelador desesperado para a garagem do fundo no térreo.
Logo outra sirene ainda mais cortante, a ambulância do resgate do bombeiros.
Já os conheço, já passei por isso.
Sem morbidez, apenas justa curiosidade, vou esperar para ver o que vai sair dali e depois pergunto o resto para os omnicientes porteiros.
Não quero que ninguém morra nem sofra demais...
Mas deve ter dor ali, e com ela me solidarizo.
Retirado, no sertão
Retirolândia, Bahia.
Meio caminho de Pindobaçu a Alagoinhas, entre Mairi e Araci, Santa Luz e Riachão do Jacuípe, pertinho de Conceição do Coité, Valente, Barrocas, Serrinha e Teofilândia. Nem tão longe de Irará, do Tom Zé...
Se encontrou?
Tá achado no sua terra de retiro!
Meio caminho de Pindobaçu a Alagoinhas, entre Mairi e Araci, Santa Luz e Riachão do Jacuípe, pertinho de Conceição do Coité, Valente, Barrocas, Serrinha e Teofilândia. Nem tão longe de Irará, do Tom Zé...
Se encontrou?
Tá achado no sua terra de retiro!
BBB11 e a "zebra"
Como se falava do Chacrinha ou Sílvio Santos, "não assisti!, mas a tevê tava ligada na cozinha, para a empregada ver...não pude deixar de escutar!"...
Achei que Daniel ia ganhar de lavada. Pegou 3o.
Sorte da Maria, a "puta", ou seja lá os julgamentos preconceituosos que fizemos (eu e o Mau Mau, e a torcida do Flá!) dela...
Como disse Pedro Bial, nos textos bonitos dele lá, "Quem é burra?!"
Burro sou eu!
Viva a Maria, o Wesley e o Daniel... e cada um que cuide do seu novo patrimônio ($$ ou "imaterial")!
Achei que Daniel ia ganhar de lavada. Pegou 3o.
Sorte da Maria, a "puta", ou seja lá os julgamentos preconceituosos que fizemos (eu e o Mau Mau, e a torcida do Flá!) dela...
Como disse Pedro Bial, nos textos bonitos dele lá, "Quem é burra?!"
Burro sou eu!
Viva a Maria, o Wesley e o Daniel... e cada um que cuide do seu novo patrimônio ($$ ou "imaterial")!
Cultura e Política em Praia, São Domingos, Cabo Verde
"S. Domingos é uma parte importante de Cabo Verde, onde a cultura é muito bem engajada e respeitada no seio da população."
Referência culturais
Em S. Domingos, destacam-se na cultura vários nomes e instituições que tiveram o seu papel importante para o avanço da cultura no concelho, de entre esses nomes, destaca-se no funaná o Codé di Dona, na cimboa o Manu Mendi, no domínio do batuke e do finaçon N'toni denti d'oru e na morna, coladeira, mazurka, teatro e demais géneros, destacamos o músico compositor e poeta Ano Nobu, que passou testemunho e formou dezenas de discípulos, que hoje souberam gerir para ostentarem a cultura que é o veículo motor da sua identidade Sãodominguense. Uma das referências marcantes na evolução da cultura em S. Domingos é a Igreja, que através do antigo padre Firmino Cachada, que foi o fundador do primeiro grupo de escuteiros em Cabo Verde, fez um casamento feliz entre a cultura social pagã e a cultura religiosa, que consequentemente fundiu-se numa escola cultural, que deu frutos e nomes como Lema, Pascoal di nha Bébé, Zé Maria di Nha Preta, Dilu, Manel di Candinhu e entre vários outros.
Grandes nomes
Devido à sucessão de heranças deixadas pelos senhores Ano Nobu, Codé di Dona e outros nomes importantes da cultura municipal e do país em geral, nasceram grandes artistas como por exemplo Manel di Candinhu, Dick Tavares, este filho de Ano nobu, Calú di Djida, Raúl, Africanu e Fany, esses três últimos todos filho do memorável e incontornável Ano Nobu, com boa reputação e que hoje, com o seu desaparecimento físico, sustentam a identidade cultural do concelho.
Cultura política
O conceito de cultura política está delimitado às atitudes e orientações dos cidadãos em relação aos assuntos políticos: o termo "cultura política" refere-se às orientações especificamente políticas, às atitudes com respeito pelo sistema político, suas diversas partes e o papel dos cidadãos na vida pública. Através desse conceito, visa-se chegar à caracterização daquilo que seria a cultura política de uma nação, definida como " a distribuição particular de padrões de orientação política com respeito por objectos políticos entre os membros da nação", bem como afastar-se das explicações mais em voga da ciência política, marcadas por uma forte ênfase no estudo das instituições políticas.
Referência culturais
Em S. Domingos, destacam-se na cultura vários nomes e instituições que tiveram o seu papel importante para o avanço da cultura no concelho, de entre esses nomes, destaca-se no funaná o Codé di Dona, na cimboa o Manu Mendi, no domínio do batuke e do finaçon N'toni denti d'oru e na morna, coladeira, mazurka, teatro e demais géneros, destacamos o músico compositor e poeta Ano Nobu, que passou testemunho e formou dezenas de discípulos, que hoje souberam gerir para ostentarem a cultura que é o veículo motor da sua identidade Sãodominguense. Uma das referências marcantes na evolução da cultura em S. Domingos é a Igreja, que através do antigo padre Firmino Cachada, que foi o fundador do primeiro grupo de escuteiros em Cabo Verde, fez um casamento feliz entre a cultura social pagã e a cultura religiosa, que consequentemente fundiu-se numa escola cultural, que deu frutos e nomes como Lema, Pascoal di nha Bébé, Zé Maria di Nha Preta, Dilu, Manel di Candinhu e entre vários outros.
Grandes nomes
Devido à sucessão de heranças deixadas pelos senhores Ano Nobu, Codé di Dona e outros nomes importantes da cultura municipal e do país em geral, nasceram grandes artistas como por exemplo Manel di Candinhu, Dick Tavares, este filho de Ano nobu, Calú di Djida, Raúl, Africanu e Fany, esses três últimos todos filho do memorável e incontornável Ano Nobu, com boa reputação e que hoje, com o seu desaparecimento físico, sustentam a identidade cultural do concelho.
Cultura política
O conceito de cultura política está delimitado às atitudes e orientações dos cidadãos em relação aos assuntos políticos: o termo "cultura política" refere-se às orientações especificamente políticas, às atitudes com respeito pelo sistema político, suas diversas partes e o papel dos cidadãos na vida pública. Através desse conceito, visa-se chegar à caracterização daquilo que seria a cultura política de uma nação, definida como " a distribuição particular de padrões de orientação política com respeito por objectos políticos entre os membros da nação", bem como afastar-se das explicações mais em voga da ciência política, marcadas por uma forte ênfase no estudo das instituições políticas.
Portugal "à rasca" (em apuros)
Isto está preto
Este é um poema todo em preto
só sombra, negrume, só trevas sem luz.
Escuro como bréu e em forma de soneto,
um soneto enfiado num capuz.
Interior de caixão, cárie, bemol,
universo de furão, carvão num silo,
cor de entranha onde não brilha o sol,
tão preto como o sovaco dum grilo.
Preto como quando há nuvens, depressão,
e por isso se diz neste soneto
repetidas vezes, preto preto preto.
Preto como quando não há solução,
cor do futuro visto do presente
independentemente da geração.
(Poema pedido pelo Carlos para o dia de hoje, o dia dos “à rasca”)
http://almeidapoetasemassunto.blogspot.com/
Este é um poema todo em preto
só sombra, negrume, só trevas sem luz.
Escuro como bréu e em forma de soneto,
um soneto enfiado num capuz.
Interior de caixão, cárie, bemol,
universo de furão, carvão num silo,
cor de entranha onde não brilha o sol,
tão preto como o sovaco dum grilo.
Preto como quando há nuvens, depressão,
e por isso se diz neste soneto
repetidas vezes, preto preto preto.
Preto como quando não há solução,
cor do futuro visto do presente
independentemente da geração.
(Poema pedido pelo Carlos para o dia de hoje, o dia dos “à rasca”)
http://almeidapoetasemassunto.blogspot.com/
terça-feira, 29 de março de 2011
"Lula, esse analfabeto!"
Hoje mesmo escutei essa da minha querida, falando do Nobre Título Coimbrão de Doutor Honoris Causa que ele a partir de hoje vai ostentar, acho que em companhia de Fernando Henrique Cardoso.
E eu disse, matreiramente: "Morda a língua, Doutora!" (pois minha mulher é "dotora" médica da PUCCAmp!).
Ao que continuei:
"Ele nunca foi analfabeto, pois foi para a escola desde pequenino, até o Senai (e tecnicamente analfabeto é só depois dos 15 anos...). E todo aquele "português errado" já se dissipou faz tempo...ou seja, ele nos "passou a perna" no bom sentido, pois a vida política o galgou ao nível de Doutor! Coisa que nem você nem eu (que sou "dotô" engenheiro da Poli e da Unicamp) não alcançamos!"
Parabéns, ex Presidente!
E eu disse, matreiramente: "Morda a língua, Doutora!" (pois minha mulher é "dotora" médica da PUCCAmp!).
Ao que continuei:
"Ele nunca foi analfabeto, pois foi para a escola desde pequenino, até o Senai (e tecnicamente analfabeto é só depois dos 15 anos...). E todo aquele "português errado" já se dissipou faz tempo...ou seja, ele nos "passou a perna" no bom sentido, pois a vida política o galgou ao nível de Doutor! Coisa que nem você nem eu (que sou "dotô" engenheiro da Poli e da Unicamp) não alcançamos!"
Parabéns, ex Presidente!
Chora, Lula!
MARCELO VALADARES
Direto de Coimbra
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva estava em Portugal quando recebeu a notícia da morte de seu ex-vice José Alencar. Em um aparecimento conjunto com a presidente Dilma Rousseff, Lula chorou e disse que dedicará ao político o título honoris causa que receberá da Universidade de Coimbra.
Lula iniciou o pronunciamento dizendo que não tinha muito que falar e classificou o momento como de "muita dor e muito sofrimento". O ex-presidente relembrou seu mandato junto a Alencar e Dilma e afirmou que a relação dos dois não era de vice e presidente e sim de "irmãos e companheiros".
O ex-presidente, que estava visivelmente emocionado, precisou interromper seu discurso em várias ocasiões. Lula disse que falou com Alencar antes de embarcar para Portugal. "Ele disse que estava bem, que estava em casa e que ele sabia que, do ponto de vista clínico, ele não tinha mais muita expectativa, mas como era um homem de fé, ele tinha esperança que a fé em Deus iria ajudá-lo", lembrou Lula.
"É muito fácil a gente falar das pessoas depois que morrem porque todo mundo fica bom depois que morre, mas o José Alencar era bom em vida", disse Lula.
O ex-presidente ainda ressaltou a importância de Alencar em sua campanha. "Todo mundo sabe que eu perdi muitas eleições no Brasil, todo mundo sabe que eu tinha 30%, 34%, 32%, 33% e eu precisava encontrar restante, e o restante eu encontrei no José Alencar".
Sobre o ex-vice-presidente, Lula disse que era "um homem dedimensão extraordinária" que tinha um otimismo que chegava a dar inveja. "Poucos seres humanos têm a alma de José Alencar", afirmou.
Lula, que só chegaria a Coimbra amanhã, se deslocou para a cidade para fazer uma declaração sobre a morte do ex-vice. A presidente, que ficaria no país até o dia 31 de março, adiantou seu regresso ao Brasil para quarta-feira para estar presente no enterro. A petista afirmou ainda que o velório acontecerá no Palácio do Planalto, em Brasília.
Alencar morreu às 14h41 desta terça no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em decorrência de câncer e falência de múltiplos órgãos. O ex-vice havia sido internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na segunda-feira, com um quadro de suboclusão intestinal, em "condições críticas".
Alencar enfrentava câncer desde 1997
O empresário mineiro e ex-vice-presidente da República José Alencar morreu às 14h41 desta terça-feira, aos 79 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. De acordo com nota oficial da instituição, Alencar morreu em decorrência de câncer e falência de múltiplos órgãos. Ele lutava contra a doença desde 1997. Ao todo, foi submetido a 17 cirurgias nos últimos 13 anos.
O ex-vice-presidente foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na segunda-feira, com um quadro de suboclusão intestinal, em "condições críticas". Ele havia recebido alta em 15 de março, após uma internação de mais de um mês na instituição devido a uma peritonite (inflamação da membrana que reveste a cavidade abdominal) por perfuração intestinal.
Alencar nasceu em 17 de outubro de 1931 em um povoado às margens de Muriaé, cidade de 100.063 mil habitantes no interior de Minas Gerais. Ele era casado com Mariza Campos Gomes da Silva, com quem teve três filhos.
Em 1967, em parceria com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, fundou, em Montes Claros (MG), a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), hoje um dos maiores grupos industriais têxteis do País. Estabelecido no setor empresarial, candidatou-se para o governo de Minas em 1994 e, em 1998, conquistou uma vaga no Senado Federal por Minas Gerais. Elegeu-se vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, tendo sido reeleito junto com o petista em 2006.
Direto de Coimbra
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva estava em Portugal quando recebeu a notícia da morte de seu ex-vice José Alencar. Em um aparecimento conjunto com a presidente Dilma Rousseff, Lula chorou e disse que dedicará ao político o título honoris causa que receberá da Universidade de Coimbra.
Lula iniciou o pronunciamento dizendo que não tinha muito que falar e classificou o momento como de "muita dor e muito sofrimento". O ex-presidente relembrou seu mandato junto a Alencar e Dilma e afirmou que a relação dos dois não era de vice e presidente e sim de "irmãos e companheiros".
O ex-presidente, que estava visivelmente emocionado, precisou interromper seu discurso em várias ocasiões. Lula disse que falou com Alencar antes de embarcar para Portugal. "Ele disse que estava bem, que estava em casa e que ele sabia que, do ponto de vista clínico, ele não tinha mais muita expectativa, mas como era um homem de fé, ele tinha esperança que a fé em Deus iria ajudá-lo", lembrou Lula.
"É muito fácil a gente falar das pessoas depois que morrem porque todo mundo fica bom depois que morre, mas o José Alencar era bom em vida", disse Lula.
O ex-presidente ainda ressaltou a importância de Alencar em sua campanha. "Todo mundo sabe que eu perdi muitas eleições no Brasil, todo mundo sabe que eu tinha 30%, 34%, 32%, 33% e eu precisava encontrar restante, e o restante eu encontrei no José Alencar".
Sobre o ex-vice-presidente, Lula disse que era "um homem dedimensão extraordinária" que tinha um otimismo que chegava a dar inveja. "Poucos seres humanos têm a alma de José Alencar", afirmou.
Lula, que só chegaria a Coimbra amanhã, se deslocou para a cidade para fazer uma declaração sobre a morte do ex-vice. A presidente, que ficaria no país até o dia 31 de março, adiantou seu regresso ao Brasil para quarta-feira para estar presente no enterro. A petista afirmou ainda que o velório acontecerá no Palácio do Planalto, em Brasília.
Alencar morreu às 14h41 desta terça no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em decorrência de câncer e falência de múltiplos órgãos. O ex-vice havia sido internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na segunda-feira, com um quadro de suboclusão intestinal, em "condições críticas".
Alencar enfrentava câncer desde 1997
O empresário mineiro e ex-vice-presidente da República José Alencar morreu às 14h41 desta terça-feira, aos 79 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. De acordo com nota oficial da instituição, Alencar morreu em decorrência de câncer e falência de múltiplos órgãos. Ele lutava contra a doença desde 1997. Ao todo, foi submetido a 17 cirurgias nos últimos 13 anos.
O ex-vice-presidente foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na segunda-feira, com um quadro de suboclusão intestinal, em "condições críticas". Ele havia recebido alta em 15 de março, após uma internação de mais de um mês na instituição devido a uma peritonite (inflamação da membrana que reveste a cavidade abdominal) por perfuração intestinal.
Alencar nasceu em 17 de outubro de 1931 em um povoado às margens de Muriaé, cidade de 100.063 mil habitantes no interior de Minas Gerais. Ele era casado com Mariza Campos Gomes da Silva, com quem teve três filhos.
Em 1967, em parceria com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, fundou, em Montes Claros (MG), a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), hoje um dos maiores grupos industriais têxteis do País. Estabelecido no setor empresarial, candidatou-se para o governo de Minas em 1994 e, em 1998, conquistou uma vaga no Senado Federal por Minas Gerais. Elegeu-se vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, tendo sido reeleito junto com o petista em 2006.
Solte as amarras, se joga, Lôco!!
Às vezes, as correntes que nos impedem de sermos livres e felizes são mais mentais do que físicas. Estamos tão acostumados com as alienações que não nos damos conta que suas influências sobre nós podem não ser tão fortes.
Títulos Nobiliárquicos: Parabéns ao Lula e pedido pelo "Zé" Alencar
Não sou da Igreja, mas já peço, ou exijo (rsrs).
Se hoje Lula é sagrado "Doutor Honoris Causa" no velho templo da Universidade de Coimbra, que José Alencar seja canonizado ou, pelo menos, beatificado!
Se hoje Lula é sagrado "Doutor Honoris Causa" no velho templo da Universidade de Coimbra, que José Alencar seja canonizado ou, pelo menos, beatificado!
Tchau, Vô!
José de Alencar, ex Vice Presidente morreu hoje às 14:41 h no Sírio Libanês!
Peço à família que me aceite como neto honorário do honroso vô que ele me foi...
Fica o exemplo do "Eu vou lutar, eu vou continuar lutando...!"
E teve um papel muito positivo frente ao empresariado, aos partidos e ao Lula.
A pátria enlutada e consternada manda e recebe condolências!
Peço à família que me aceite como neto honorário do honroso vô que ele me foi...
Fica o exemplo do "Eu vou lutar, eu vou continuar lutando...!"
E teve um papel muito positivo frente ao empresariado, aos partidos e ao Lula.
A pátria enlutada e consternada manda e recebe condolências!
Luanda, Aruanda
Aruanda é o nome dado a um lugar específico no plano espiritual. Na Umbanda, é uma parte do plano espiritual que pode acolher a todos os espiritos que lutam em prol do bem.
Existe uma certa confusão com relação ao significado de Aruanda, já que aruanda, aluanguê, aruandê, aruenda, zaluanda, aluanda, o céu onde vivem os orixás e entidades afins, se confunde com a lembrança geográfica mítica do Porto de São Paulo de Luanda, capital de Angola, um centro do tráfico de escravos para o Brasil.
Com o tempo, o significado se revestiu de analogias com a África toda, a pátria natal distante, a utopia e a liberdade, a paz e a felicidade.
Muitos umbandistas se dizem o "Povo de Aruanda".
Existe uma certa confusão com relação ao significado de Aruanda, já que aruanda, aluanguê, aruandê, aruenda, zaluanda, aluanda, o céu onde vivem os orixás e entidades afins, se confunde com a lembrança geográfica mítica do Porto de São Paulo de Luanda, capital de Angola, um centro do tráfico de escravos para o Brasil.
Com o tempo, o significado se revestiu de analogias com a África toda, a pátria natal distante, a utopia e a liberdade, a paz e a felicidade.
Muitos umbandistas se dizem o "Povo de Aruanda".
Saudades do Jabor
Não sou nem "jovem blogueiro", muito menos "velho cineasta, neo jornalista", de novo cineasta (com um filme que deveria se chamar "A Suprema Infelicididade" de tão amargurado...), mas tou na fita.
E por isso respondo o "Prá quê?" que ele diz que o "jovem blogueiro" se perguntaria, ou perguntaria ao "velho escritor" que ele é...diante dos questionamentos do texto aí embaixo.
Prá quê o quê, o cara pálida??
Sei que fiquei muito puto com você falando mal do Lula...sua escrita é um barroco rococó bonito que me cai bem, mas não para falar mal do meu ídolo!
Arnaldo Jabor, meu velho...a gente vai ficando velho, ainda mais o velhos cariocas, como o Francis e o Cony, mas também os marilienses apaulistanados como esse aqui, os romagnolos, ou do interior da França, não importa, e o mundo não mais nos pertence, como sonhamos em nossos delírios juvenis.
Vamos envelhecendo, passamos pela invelhescência, como os aborrescentes Fiuks, e Restarts e as blogueiras mirins de moda passam pela adolescência deles. Tenho dois em casa. Desespero-me.
E você, casou de novo?! Pai-vô, vai se fuder mais ainda! Três gerações entre você e seu filhinho pequeno. Te vejo, como aqui na padoca, empurrando o carrinho desse bebê para a sepultura, a mesma que os museus conservadores lhe dão a sensação de estar.
Frio, escuro, sem amor, sem mais paciência para lidar, sem vida.
Eu não, véio. Sou da luz! Quero minha Passárgada já já! Para de chorar! Fui!
E por isso respondo o "Prá quê?" que ele diz que o "jovem blogueiro" se perguntaria, ou perguntaria ao "velho escritor" que ele é...diante dos questionamentos do texto aí embaixo.
Prá quê o quê, o cara pálida??
Sei que fiquei muito puto com você falando mal do Lula...sua escrita é um barroco rococó bonito que me cai bem, mas não para falar mal do meu ídolo!
Arnaldo Jabor, meu velho...a gente vai ficando velho, ainda mais o velhos cariocas, como o Francis e o Cony, mas também os marilienses apaulistanados como esse aqui, os romagnolos, ou do interior da França, não importa, e o mundo não mais nos pertence, como sonhamos em nossos delírios juvenis.
Vamos envelhecendo, passamos pela invelhescência, como os aborrescentes Fiuks, e Restarts e as blogueiras mirins de moda passam pela adolescência deles. Tenho dois em casa. Desespero-me.
E você, casou de novo?! Pai-vô, vai se fuder mais ainda! Três gerações entre você e seu filhinho pequeno. Te vejo, como aqui na padoca, empurrando o carrinho desse bebê para a sepultura, a mesma que os museus conservadores lhe dão a sensação de estar.
Frio, escuro, sem amor, sem mais paciência para lidar, sem vida.
Eu não, véio. Sou da luz! Quero minha Passárgada já já! Para de chorar! Fui!
Saudades do futuro
Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo
Sempre falamos em "cultura brasileira", mas não sabemos exatamente o que é isso, hoje em dia. Cultura é o quê? Uma senhora grega, de camisola, segurando uma tocha? Cultura é uma índia, negra e portuguesa, de cocar e saiote? Cultura é um museu erudito e paralítico que rima com "sepultura"? Fazemos boquinha elegante para falar em "cultura", mas sempre sobra um gosto de alguma coisa em crise, que deve ser salva.
Na tradição de bacharéis colonizados de cartola e fraque, sempre amamos as "coisas do espírito", "a alma minha gentil"ou o "vai-se a primeira pomba despertada", as poesias com que nos embriagávamos nos botequins da República Velha, em meio à febre amarela e varíola.
A impotência política para superar nosso atraso endêmico nos levou a uma supervalorização da "cultura artística". Era nossa ilusão e consolo: "Somos pobres, mas com uma cultura rica...". Senti isso em minha juventude, quando um companheiro me disse: "Não temos nada, mas somos o "sal da terra"". Fazíamos arte, filmes, música como se salvássemos o País. Agora a web é uma cachoeira de criações artísticas. Acabam os poucos artistas criando para muitos.
Antes, o subdesenvolvimento nos dava uma "superioridade" sobre os "falsos problemas europeus", como o absurdismo do teatro de Beckett ou Ionesco, o "existencialismo alienado do social" ou o sinistro comercialismo americano. A pobreza era nossa maior riqueza. Vivíamos na divisão simplista entre "Centro e Periferia", colônia e metrópole, vítimas santificadas do imperialismo cruel. Nossos defeitos institucionais seculares ficavam ocultos, já que a culpa era "dos outros". Chegamos a fazer a glamourização da incompetência. Era a poética da precariedade contra a técnica dos países ricos e "decadentes". Achávamos a miséria uma nova estética - o mito de que o tosco, o povo simples e até o burro são ungidos por uma "verdade sagrada". Essa ideia reacionária rola até hoje, haja vista o carisma triunfal do ex-presidente operário. Minha geração, no cinema e na esquerda, achava que teria um futuro cultural que a salvaria; havia um "geist" artístico em marcha a uma harmonia libertadora. Éramos os "sujeitos" que moldariam a História. Éramos hegelianos e não sabíamos.
No entanto, as mutações culturais mais visíveis (que não enxergávamos) vieram por "irrupções" de causas materiais, de relações de produção industriais e comerciais: a cultura do café e o Modernismo; o "crash" da Bolsa em 29 contribuindo para nossa "identidade" na Revolução de 30; a indústria fonográfica americana e o rádio projetando a música popular dos anos de ouro; a industrialização juscelinista possibilitando a arquitetura, a bossa nova, o cinema novo; a Phillips e outras gravadoras veiculando a música dos anos 60; a TV ensinando o povo a falar e a ver o País. Não éramos marxistas e não sabíamos.
A cultura patriarcal/estatal desde a Colônia nos garantia durante o populismo janguista até 64, que o Estado faria uma revolução tropical e transcendental (vide os delírios de Darcy Ribeiro, por ex.), de modo a tirar o País da "alienação" e salvar, pela arte, os oprimidos. A cultura era uma política.
O golpe de 64 foi uma porrada na utopia. Mas, houve uma vantagem: a derrota nos "ajudou" a ver o atraso de nossas certezas. A ditadura e a depressão dos derrotados nos mostrou que o buraco era mais embaixo e que as forças da história eram mais labirínticas. A esquerda começou a se autocriticar (nem toda, claro - vide os soviéticos que ainda vicejam por aí).
Nos anos 70, a contracultura ampliou repertórios e códigos artísticos, pela loucura do "desbunde" e da subcultura hippie. Houve uma virada mais antropológica que ideológica.
De cabeça para baixo, vimos mais. Valíamos pelo que "não" tínhamos e, se antes éramos vítimas imaginárias do capitalismo, agora éramos vítimas reais da ditadura e passamos a ter uma meta: a liberdade.
Surgiu um novo ente: o mercado. Se Lenin disse que nada existe fora do poder, o capital respondia que nada existia fora do mercado. Para onde ir? O trauma da globalização foi mais profundo que a derrota de 64; ficamos mais informados politicamente, mais cultos, embora, para os mais burros, tenha renascido um neonacionalismo rancoroso e feroz, a ideologia cultural do "bode preto" reforçando conceitos superados: um "mix" de farrapos de esquerda, azedume "punk", pálida tristeza e anseios regressistas.
De repente, outra porrada no voluntarismo de intelectuais e artistas: não há mais futuro. Subitamente o presente nos atacou com uma enxurrada de vida liberada pela era digital na internet.
Sempre falávamos na democratização da cultura, das artes... Pois ela está aí... e não foi o Estado nem o ministério, nem anseios neorromânticos.
Ela esta aí... Bill Gates, Jobs, as redes, os microchips mudaram o mundo... Quem diria?
E agora a mutação é mais intrincada porque não há "uma" ideia nova, uma escola, uma tendência. A mutação atual é a "contribuição milionária" de todos os desejos expressivos. Mudaram todos os suportes, as formas se multiplicam sem parar criando novas significações.
Sabíamos que a era digital mudaria tudo, desde o mundo árabe até a poesia de Shakespeare? Mais uma vez, as coisas criam os homens... Todo mundo pode fazer arte, poesia e a internet é o novo parnaso digital.
Reação romântica: como fazer arte sem futuro, sem finalidade? Sem a ideia de "eterno"? Que será do artista demiurgo, aqueles "poucos falando para muitos", como dialogam Hermano Viana e José M. Wisnik? Agora, em que todos criam para todos, o que é "importante", como dizíamos? O que teria hoje ou amanhã o prefixo "Ur" (alemão) - as coisas fundadoras? Onde está a totalidade?
Há uma revolução de meios sem uma clareza de fins. Como será o mundo árabe? Como será a grande arte? Ainda haverá? Os meios justificam fins desconhecidos. E, vamos combinar, que mesmo na louvação das irrelevâncias, ainda dorme talvez o desejo de um sentido. Olha a encrenca... A própria ideia de um debate sobre essa dúvida já é antiga.
Se fosse proposta a um jovem blogueiro, ele diria: "Pra quê?".
Sempre falamos em "cultura brasileira", mas não sabemos exatamente o que é isso, hoje em dia. Cultura é o quê? Uma senhora grega, de camisola, segurando uma tocha? Cultura é uma índia, negra e portuguesa, de cocar e saiote? Cultura é um museu erudito e paralítico que rima com "sepultura"? Fazemos boquinha elegante para falar em "cultura", mas sempre sobra um gosto de alguma coisa em crise, que deve ser salva.
Na tradição de bacharéis colonizados de cartola e fraque, sempre amamos as "coisas do espírito", "a alma minha gentil"ou o "vai-se a primeira pomba despertada", as poesias com que nos embriagávamos nos botequins da República Velha, em meio à febre amarela e varíola.
A impotência política para superar nosso atraso endêmico nos levou a uma supervalorização da "cultura artística". Era nossa ilusão e consolo: "Somos pobres, mas com uma cultura rica...". Senti isso em minha juventude, quando um companheiro me disse: "Não temos nada, mas somos o "sal da terra"". Fazíamos arte, filmes, música como se salvássemos o País. Agora a web é uma cachoeira de criações artísticas. Acabam os poucos artistas criando para muitos.
Antes, o subdesenvolvimento nos dava uma "superioridade" sobre os "falsos problemas europeus", como o absurdismo do teatro de Beckett ou Ionesco, o "existencialismo alienado do social" ou o sinistro comercialismo americano. A pobreza era nossa maior riqueza. Vivíamos na divisão simplista entre "Centro e Periferia", colônia e metrópole, vítimas santificadas do imperialismo cruel. Nossos defeitos institucionais seculares ficavam ocultos, já que a culpa era "dos outros". Chegamos a fazer a glamourização da incompetência. Era a poética da precariedade contra a técnica dos países ricos e "decadentes". Achávamos a miséria uma nova estética - o mito de que o tosco, o povo simples e até o burro são ungidos por uma "verdade sagrada". Essa ideia reacionária rola até hoje, haja vista o carisma triunfal do ex-presidente operário. Minha geração, no cinema e na esquerda, achava que teria um futuro cultural que a salvaria; havia um "geist" artístico em marcha a uma harmonia libertadora. Éramos os "sujeitos" que moldariam a História. Éramos hegelianos e não sabíamos.
No entanto, as mutações culturais mais visíveis (que não enxergávamos) vieram por "irrupções" de causas materiais, de relações de produção industriais e comerciais: a cultura do café e o Modernismo; o "crash" da Bolsa em 29 contribuindo para nossa "identidade" na Revolução de 30; a indústria fonográfica americana e o rádio projetando a música popular dos anos de ouro; a industrialização juscelinista possibilitando a arquitetura, a bossa nova, o cinema novo; a Phillips e outras gravadoras veiculando a música dos anos 60; a TV ensinando o povo a falar e a ver o País. Não éramos marxistas e não sabíamos.
A cultura patriarcal/estatal desde a Colônia nos garantia durante o populismo janguista até 64, que o Estado faria uma revolução tropical e transcendental (vide os delírios de Darcy Ribeiro, por ex.), de modo a tirar o País da "alienação" e salvar, pela arte, os oprimidos. A cultura era uma política.
O golpe de 64 foi uma porrada na utopia. Mas, houve uma vantagem: a derrota nos "ajudou" a ver o atraso de nossas certezas. A ditadura e a depressão dos derrotados nos mostrou que o buraco era mais embaixo e que as forças da história eram mais labirínticas. A esquerda começou a se autocriticar (nem toda, claro - vide os soviéticos que ainda vicejam por aí).
Nos anos 70, a contracultura ampliou repertórios e códigos artísticos, pela loucura do "desbunde" e da subcultura hippie. Houve uma virada mais antropológica que ideológica.
De cabeça para baixo, vimos mais. Valíamos pelo que "não" tínhamos e, se antes éramos vítimas imaginárias do capitalismo, agora éramos vítimas reais da ditadura e passamos a ter uma meta: a liberdade.
Surgiu um novo ente: o mercado. Se Lenin disse que nada existe fora do poder, o capital respondia que nada existia fora do mercado. Para onde ir? O trauma da globalização foi mais profundo que a derrota de 64; ficamos mais informados politicamente, mais cultos, embora, para os mais burros, tenha renascido um neonacionalismo rancoroso e feroz, a ideologia cultural do "bode preto" reforçando conceitos superados: um "mix" de farrapos de esquerda, azedume "punk", pálida tristeza e anseios regressistas.
De repente, outra porrada no voluntarismo de intelectuais e artistas: não há mais futuro. Subitamente o presente nos atacou com uma enxurrada de vida liberada pela era digital na internet.
Sempre falávamos na democratização da cultura, das artes... Pois ela está aí... e não foi o Estado nem o ministério, nem anseios neorromânticos.
Ela esta aí... Bill Gates, Jobs, as redes, os microchips mudaram o mundo... Quem diria?
E agora a mutação é mais intrincada porque não há "uma" ideia nova, uma escola, uma tendência. A mutação atual é a "contribuição milionária" de todos os desejos expressivos. Mudaram todos os suportes, as formas se multiplicam sem parar criando novas significações.
Sabíamos que a era digital mudaria tudo, desde o mundo árabe até a poesia de Shakespeare? Mais uma vez, as coisas criam os homens... Todo mundo pode fazer arte, poesia e a internet é o novo parnaso digital.
Reação romântica: como fazer arte sem futuro, sem finalidade? Sem a ideia de "eterno"? Que será do artista demiurgo, aqueles "poucos falando para muitos", como dialogam Hermano Viana e José M. Wisnik? Agora, em que todos criam para todos, o que é "importante", como dizíamos? O que teria hoje ou amanhã o prefixo "Ur" (alemão) - as coisas fundadoras? Onde está a totalidade?
Há uma revolução de meios sem uma clareza de fins. Como será o mundo árabe? Como será a grande arte? Ainda haverá? Os meios justificam fins desconhecidos. E, vamos combinar, que mesmo na louvação das irrelevâncias, ainda dorme talvez o desejo de um sentido. Olha a encrenca... A própria ideia de um debate sobre essa dúvida já é antiga.
Se fosse proposta a um jovem blogueiro, ele diria: "Pra quê?".
Esporádico, diluído e efêmero
Quando me dispus a aqui escrever, e mais de cinco anos se vão, pensei que ia ser esporádico.
E de escritos profundos e duradouros.
Nos desesperos bestas, na mal disfarçada vontade de ser "celebrity da net" e no desemprego, ele ficou frequente e passou a tratar de efemérides...coisas do dia, que se vendem como pão quente nos jornais, nos sites, nas redes sociais. Repercutem.
Ganhou em quantidade, mas a qualidade despencou. Será?
Explicito: meu grand "hit" foi falar de um pobre viado velho português, riquíssimo e muito famoso na panelagem "metropolitana", que teve a genitália arrancada com saca rolhas pelo mancebo que ele acamava!
Fico vendo os factóides que repercuti e noto que a maioria deles são muito ou pouco importantes, não importa, mas importam geralmente num lapso de tempo. Nada dura, nem a castração de Carlos Castro, nem o ataque a Kadafi.
Depois sempre vem um novo tsunami que varre tudo, desloca o eixo da Terra, nos faz descobrir Fukushima... até o 100o gol do Rogério Ceni em cima do Júlio César do Corinthians! Ou o milésimo gol do Pelé, em cima do Botafogo, como chamava mesmo o goleiro? Anais de Tácito, de Roma Antiga à New York, as informações se sucedem e se aceleram, quanto mais energia dispendemos, mais somos bombardeados de novas e efêmeras informações.
Em fluxo fluido de fluorescências imersos.
Nova Las Vegas pululam dias e noites nas mentes. Piscam e apagam.
Quase velocidade da Luz. Celular, internet, telemática.
Rutherford já dizia que o vazio impera no Universo.
Mas, incerteza Heisenberguiana, estou um pouco cheio!
E de escritos profundos e duradouros.
Nos desesperos bestas, na mal disfarçada vontade de ser "celebrity da net" e no desemprego, ele ficou frequente e passou a tratar de efemérides...coisas do dia, que se vendem como pão quente nos jornais, nos sites, nas redes sociais. Repercutem.
Ganhou em quantidade, mas a qualidade despencou. Será?
Explicito: meu grand "hit" foi falar de um pobre viado velho português, riquíssimo e muito famoso na panelagem "metropolitana", que teve a genitália arrancada com saca rolhas pelo mancebo que ele acamava!
Fico vendo os factóides que repercuti e noto que a maioria deles são muito ou pouco importantes, não importa, mas importam geralmente num lapso de tempo. Nada dura, nem a castração de Carlos Castro, nem o ataque a Kadafi.
Depois sempre vem um novo tsunami que varre tudo, desloca o eixo da Terra, nos faz descobrir Fukushima... até o 100o gol do Rogério Ceni em cima do Júlio César do Corinthians! Ou o milésimo gol do Pelé, em cima do Botafogo, como chamava mesmo o goleiro? Anais de Tácito, de Roma Antiga à New York, as informações se sucedem e se aceleram, quanto mais energia dispendemos, mais somos bombardeados de novas e efêmeras informações.
Em fluxo fluido de fluorescências imersos.
Nova Las Vegas pululam dias e noites nas mentes. Piscam e apagam.
Quase velocidade da Luz. Celular, internet, telemática.
Rutherford já dizia que o vazio impera no Universo.
Mas, incerteza Heisenberguiana, estou um pouco cheio!
segunda-feira, 28 de março de 2011
Kassab: Partido não será de direita, nem de esquerda, nem de centro
Ou seja, não terá posição nenhuma e não será nada!
Pior que o DEM é esse DEM do B do Kassab.
E ainda vem com a sigla que elegeu Juscelino...
Pior que o DEM é esse DEM do B do Kassab.
E ainda vem com a sigla que elegeu Juscelino...
Rogério Ceni por um corinthiano magoado
É chato, feio e bobo.
Ser o "Maior Goleiro Artilheiro do Mundo" só mostra que ele não é o "maior goleiro" nem o "maior artilheiro"!
Mas deixando as mágoas prá lá...:
Parabéns Rogério pelo 100o gol.
Mas podia ter sido contra o Palmeiras, né meu!
Ser o "Maior Goleiro Artilheiro do Mundo" só mostra que ele não é o "maior goleiro" nem o "maior artilheiro"!
Mas deixando as mágoas prá lá...:
Parabéns Rogério pelo 100o gol.
Mas podia ter sido contra o Palmeiras, né meu!
Por outro lado...
...alguém deveria deter a mão pesada de gente como Kadafi.
Se a ONU não é, como ficamos?
Nas mãos de quem se arrogar intervir?
Pelo menos tem que ter resoluções internacionais, o que foi feito...
Se a ONU não é, como ficamos?
Nas mãos de quem se arrogar intervir?
Pelo menos tem que ter resoluções internacionais, o que foi feito...
A Obama caiu mal a espada na mão!
Obama foi eleito, contrário à era Bush, como um promotor da paz.
Ele se pronunciou pelo fim das armas nucleares.
E deixou claro que em "alguns anos" sairia do Afeganistão e do Iraque e fecharia a prisão de Guantânamo (já que deixar a base militar de lá ainda é um tabu nos EUA).
Após ter que revisar tudo isso, vieram as revoltas populares do Norte da África e de outros países árabes. E a Líbia virou guerra civil.
Obama desconversou...ia deixar rolar, talvez saísse mais barato.
Mas Sarkozy, seguido de Cameron, num rompante de leão banguela(para salvar a popularidade no caso do francês?), quiseram reeditar o poderio e a influência da França e da Inglaterra no Magreb e Norte da África. Aí vem os seguidores: Berlusconi, o Canadá... e os turcos (querendo serem tidos como europeus também), mais o paga pau da Arábia Saudita, Catar, etc.
Todo mundo que financiou Kadafi...com seu petróleo e suas doidices.
Mas a espada de comandante queima nas mãos do "pacifista" Obama. Vai passar para OTAN rapidinho.
Kadafi tem que sair. Mas acho que a diplomacia está de ponta cabeça.
Isso parece show pirotécnico, só que mata. Sempre ajuda a abaixar os enormes estoques de armas, avidamente recompostos e sempre aumentados, para gáudio do "complexo industrial militar".
Tenho dó dos líbios inocentes que se foram e que ainda irão.
Triste, muito triste!
Ele se pronunciou pelo fim das armas nucleares.
E deixou claro que em "alguns anos" sairia do Afeganistão e do Iraque e fecharia a prisão de Guantânamo (já que deixar a base militar de lá ainda é um tabu nos EUA).
Após ter que revisar tudo isso, vieram as revoltas populares do Norte da África e de outros países árabes. E a Líbia virou guerra civil.
Obama desconversou...ia deixar rolar, talvez saísse mais barato.
Mas Sarkozy, seguido de Cameron, num rompante de leão banguela(para salvar a popularidade no caso do francês?), quiseram reeditar o poderio e a influência da França e da Inglaterra no Magreb e Norte da África. Aí vem os seguidores: Berlusconi, o Canadá... e os turcos (querendo serem tidos como europeus também), mais o paga pau da Arábia Saudita, Catar, etc.
Todo mundo que financiou Kadafi...com seu petróleo e suas doidices.
Mas a espada de comandante queima nas mãos do "pacifista" Obama. Vai passar para OTAN rapidinho.
Kadafi tem que sair. Mas acho que a diplomacia está de ponta cabeça.
Isso parece show pirotécnico, só que mata. Sempre ajuda a abaixar os enormes estoques de armas, avidamente recompostos e sempre aumentados, para gáudio do "complexo industrial militar".
Tenho dó dos líbios inocentes que se foram e que ainda irão.
Triste, muito triste!
domingo, 27 de março de 2011
A sucinta e sábia resposta do Ministro Barbosa do STF
Joaquim Barbosa evitou quanto pôde pronunciar-se sobre a inacreditável frase dita por Júlio Campos (DEM-MT) na Câmara quando discutia o foro privilegiado (“Depois, você cai nas mãos daquele moreno-escuro lá no Supremo, aí, já viu…”).
Dias depois, reservadamente e muito menos irritado do que se poderia supor, permitiu-se um breve comentário: “A frase do deputado é reveladora de uma sociedade”.
Dias depois, reservadamente e muito menos irritado do que se poderia supor, permitiu-se um breve comentário: “A frase do deputado é reveladora de uma sociedade”.
Elizabeth Taylor fez escola
Bonita e talentosa, começou a carreira aos 12, trabalhou por 70 anos e fez 50 filmes.
"Nasceu" nos estúdios de Holywood, mas não se limitou a eles.
Antes de Madonna ou Lady Gaga, soube se reinventar permanentemente, criar um tipo a partir do que seus fãs esperavam dela. É uma "celebrity" avant internet e reality´s shows. "Dinossaura", diríamos como de nós mesmos que estamos em vias de extinção...
Britneys, Brangelinas, Dolly Partons, sete maridos, negócios: do burlesco ao cool, do chique e elegante aos penteados escancaradamente bregas, da amizade com Michaels e Opras, da caridade à Aids, até à superexposição controlada, das doenças em público às plásticas, a tudo ela se prestou, resistiu e a muitos inseminou.
Mas a vida é implacável e a longo prazo todos estaremos mortos.
Era, décadas atrás, a mulher que todo "homem" achava que podia ter ou sonhava em se casar...
Muito ainda se falará sobre o mito para além da mulher.
Descança em Paz, Liz!
"Nasceu" nos estúdios de Holywood, mas não se limitou a eles.
Antes de Madonna ou Lady Gaga, soube se reinventar permanentemente, criar um tipo a partir do que seus fãs esperavam dela. É uma "celebrity" avant internet e reality´s shows. "Dinossaura", diríamos como de nós mesmos que estamos em vias de extinção...
Britneys, Brangelinas, Dolly Partons, sete maridos, negócios: do burlesco ao cool, do chique e elegante aos penteados escancaradamente bregas, da amizade com Michaels e Opras, da caridade à Aids, até à superexposição controlada, das doenças em público às plásticas, a tudo ela se prestou, resistiu e a muitos inseminou.
Mas a vida é implacável e a longo prazo todos estaremos mortos.
Era, décadas atrás, a mulher que todo "homem" achava que podia ter ou sonhava em se casar...
Muito ainda se falará sobre o mito para além da mulher.
Descança em Paz, Liz!
Limoeiro
Putim, Urbanova,
Johnson & Johnson
CTA, ITA!
Paribuna, Paraitinga!
Volte qual Fênix!
Lagoinha!
Café passou
Italianos passaram
Ficaram todos
Vieram eucaliptus
Mineiros e nordestinos
Indústrias
Quimicos
Metalúrgicos
Aeronautas
Oh, Via Dutra
Airton Senna
Oh Litoral Norte
E Mantiqueira!
Sois minhas
Sois meus
Meus sóis!
Johnson & Johnson
CTA, ITA!
Paribuna, Paraitinga!
Volte qual Fênix!
Lagoinha!
Café passou
Italianos passaram
Ficaram todos
Vieram eucaliptus
Mineiros e nordestinos
Indústrias
Quimicos
Metalúrgicos
Aeronautas
Oh, Via Dutra
Airton Senna
Oh Litoral Norte
E Mantiqueira!
Sois minhas
Sois meus
Meus sóis!
Em Fukushima deixamos as crianças brincarem com fósforos
par Henry Moreigne
Plus rien ne semble aujourd’hui en capacité d’arrêter le scénario du pire à la centrale nucléaire de Fukushima. Le réacteur numéro 3 constitue une porte des Enfers que mêmes les cerveaux de l’un des pays les plus avancés technologiquement apparaissent incapables de maintenir fermée. L’enceinte de confinement fuit. Une fusion totale du cœur est vraisemblablement en cours. De quoi laisser craindre trés prochainement un rejet massif de radioactivité dans l’atmosphère.
Il y aura, n’en déplaise aux afficionados et aux VRP du nucléaire, un avant et un après Fukushima. Alors que la catastrophe n’est malheureusement pas encore allée jusqu’à son terme, Hubert Reeves, longtemps favorable à l’énergie nucléaire symbolise le revirement d’une partie des populations à l’égard d’une technologie « pour les anges , mais trop dangereuse pour les faillibles humains si facilement négligents quand la routine s’installe, quand la surveillance se « fonctionnarise »“.
La nature sait rappeler les hommes à un peu plus d’humilité et c’est bien ce qui est en train de se passer. Dans les colonnes de l’hebdomadaire La Vie, le célèbre astrophysicien explique pourquoi le nucléaire est, à son avis, une énergie trop dangereuse pour être confiée à des humains. « On peut développer les systèmes de sécurité les plus efficaces contre les erreurs techniques, on n’est jamais à l’abri des erreurs humaines. Les principaux accidents nucléaires – Three Miles Islands (1979), Tchernobyl (1986) – ont été provoqués par des erreurs humaines. Le nucléaire exige une sécurité sans faille ».
A 78 ans, l’astrophysicien n’est pas dupe de la nature humaine, de l’appât du gain financier qui caractérise notre société et qui s’est manifesté en l’espèce sous forme d’économies. « Comment expliquer que des ingénieurs, parmi les meilleurs de la planète, se soient contentés d’un mur de sécurité de moins de sept mètres de hauteur contre les tsunamis, dans une des régions les plus exposées aux risques sismiques de la planète ? Avait-on oublié les vagues de plus de vingt mètres des tsunamis précédents ? » « Comme pour n’importe quel projet de ce type, la question de la sécurité a sans doute été discutée au moment de l’évaluation des devis pour la construction des centrales. On l’évalue en termes de probabilité d’un accident. Il n’existe pas de risque zéro. Mais en pratique, comment prend-on la décision ? C’est là qu’intervient le conflit entre la sécurité et le profit. Ici on a favorisé le profit. On a joué et on a perdu, en livrant des dizaines de millions de personnes aux aléas des mouvements géologiques et des vents » observe Hubert Reeves.
L’astrophysicien, président de la Ligue ROC très engagée dans la préservation de la biodiversité, en tire les conclusions qui s’imposent. « De telles erreurs sont possibles et de tels malheurs arrivent dans bien d’autres contextes. La différence, c’est que ces accidents n’ont pas nécessairement une incidence planétaire. Ils ne mettent pas en danger la vie de milliers de personnes. Ce conflit entre la sécurité et le profit est pour moi une des raisons pour laquelle je pense que le nucléaire est une activité trop dangereuse pour être confiée aux « humains trop humains » (pour reprendre l’expression de Nietzsche). On ne laisse pas les enfants jouer avec les allumettes ».
Plus rien ne semble aujourd’hui en capacité d’arrêter le scénario du pire à la centrale nucléaire de Fukushima. Le réacteur numéro 3 constitue une porte des Enfers que mêmes les cerveaux de l’un des pays les plus avancés technologiquement apparaissent incapables de maintenir fermée. L’enceinte de confinement fuit. Une fusion totale du cœur est vraisemblablement en cours. De quoi laisser craindre trés prochainement un rejet massif de radioactivité dans l’atmosphère.
Il y aura, n’en déplaise aux afficionados et aux VRP du nucléaire, un avant et un après Fukushima. Alors que la catastrophe n’est malheureusement pas encore allée jusqu’à son terme, Hubert Reeves, longtemps favorable à l’énergie nucléaire symbolise le revirement d’une partie des populations à l’égard d’une technologie « pour les anges , mais trop dangereuse pour les faillibles humains si facilement négligents quand la routine s’installe, quand la surveillance se « fonctionnarise »“.
La nature sait rappeler les hommes à un peu plus d’humilité et c’est bien ce qui est en train de se passer. Dans les colonnes de l’hebdomadaire La Vie, le célèbre astrophysicien explique pourquoi le nucléaire est, à son avis, une énergie trop dangereuse pour être confiée à des humains. « On peut développer les systèmes de sécurité les plus efficaces contre les erreurs techniques, on n’est jamais à l’abri des erreurs humaines. Les principaux accidents nucléaires – Three Miles Islands (1979), Tchernobyl (1986) – ont été provoqués par des erreurs humaines. Le nucléaire exige une sécurité sans faille ».
A 78 ans, l’astrophysicien n’est pas dupe de la nature humaine, de l’appât du gain financier qui caractérise notre société et qui s’est manifesté en l’espèce sous forme d’économies. « Comment expliquer que des ingénieurs, parmi les meilleurs de la planète, se soient contentés d’un mur de sécurité de moins de sept mètres de hauteur contre les tsunamis, dans une des régions les plus exposées aux risques sismiques de la planète ? Avait-on oublié les vagues de plus de vingt mètres des tsunamis précédents ? » « Comme pour n’importe quel projet de ce type, la question de la sécurité a sans doute été discutée au moment de l’évaluation des devis pour la construction des centrales. On l’évalue en termes de probabilité d’un accident. Il n’existe pas de risque zéro. Mais en pratique, comment prend-on la décision ? C’est là qu’intervient le conflit entre la sécurité et le profit. Ici on a favorisé le profit. On a joué et on a perdu, en livrant des dizaines de millions de personnes aux aléas des mouvements géologiques et des vents » observe Hubert Reeves.
L’astrophysicien, président de la Ligue ROC très engagée dans la préservation de la biodiversité, en tire les conclusions qui s’imposent. « De telles erreurs sont possibles et de tels malheurs arrivent dans bien d’autres contextes. La différence, c’est que ces accidents n’ont pas nécessairement une incidence planétaire. Ils ne mettent pas en danger la vie de milliers de personnes. Ce conflit entre la sécurité et le profit est pour moi une des raisons pour laquelle je pense que le nucléaire est une activité trop dangereuse pour être confiée aux « humains trop humains » (pour reprendre l’expression de Nietzsche). On ne laisse pas les enfants jouer avec les allumettes ».
Um pouco emperrado
Trabalho velho meio findo
Trabalho novo não começado!
O que tenho não me atrai
O que, penso, terei me excita
Mas ainda não tá na mão!
Páginas longas de um longo relatório
Queria ser mais máquina e menos coração
Ia encher logo essas páginas
Sem devaneios nem enrolação
Domingo é dia besta
"Domingo pede cachimbo
Cachimbo é de ouro
Bate no Touro
Touro é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
Buraco é fundo
Cabou-se o Mundo!"
Trabalho novo não começado!
O que tenho não me atrai
O que, penso, terei me excita
Mas ainda não tá na mão!
Páginas longas de um longo relatório
Queria ser mais máquina e menos coração
Ia encher logo essas páginas
Sem devaneios nem enrolação
Domingo é dia besta
"Domingo pede cachimbo
Cachimbo é de ouro
Bate no Touro
Touro é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
Buraco é fundo
Cabou-se o Mundo!"
sexta-feira, 25 de março de 2011
Relume rebrilha
Saí:
Jacareí!
Voltei:
São José!
Banhado
Escarpado
Dos Campos.
Revim e
Revoltei
Revi
Reolhei
Reestive!
Estar bem
No mundo
Vale paraibano
De meu Deus!
Jacareí!
Voltei:
São José!
Banhado
Escarpado
Dos Campos.
Revim e
Revoltei
Revi
Reolhei
Reestive!
Estar bem
No mundo
Vale paraibano
De meu Deus!
Origens, destinos
Busco traços
No auto retrato
De mim
Sou judeu palestino
Ítalo-francês asiático
Sou basco português
Andaluz marroquino
Sou paulista paranaense
Caiçara
Sou mineiro goiano
Caipira
Tenho em mim
Mil estados, searas e cearás
Meio carioca baiano
Silvícola
Agreste Pernambucano!
Sei também que sou África
Sei lá se fon,
Bantu, yoruba ou malê
Sou a cor da cara dessa América
Do Sul, de sol
Ameríndio! Tupi, guarani, quechúa!
Americano!
E muitíssimo Brasileiro!
No auto retrato
De mim
Sou judeu palestino
Ítalo-francês asiático
Sou basco português
Andaluz marroquino
Sou paulista paranaense
Caiçara
Sou mineiro goiano
Caipira
Tenho em mim
Mil estados, searas e cearás
Meio carioca baiano
Silvícola
Agreste Pernambucano!
Sei também que sou África
Sei lá se fon,
Bantu, yoruba ou malê
Sou a cor da cara dessa América
Do Sul, de sol
Ameríndio! Tupi, guarani, quechúa!
Americano!
E muitíssimo Brasileiro!
quarta-feira, 23 de março de 2011
R. o escriba ia descer a serra
R. estava ansioso.
Ia entrar na multi, nacional.
Ia sair cedinho, com chuva ou sol, no claro ou no escuro, no quente ou no frio, de ônibus? - ainda ia decidir - até a Estação Coneição, tomar o ônibus fretado, normalmente descer pela Imigrantes, fazer a interligação da Cônego Rangoni e parar lá no Pólo de Fertilizantes.
Quantos anos?
R. não fazia planos que não fossem longos.
Queria logo conhecer seu novo escritório, seus novos colegas, suas novas atribuições.
Era tudo muito novo, apesar de uma longa continuidade, mas R. era adepto ao novo.
Desde que abandonara o emprego na Universidade de Campinas R. sabia que haveria altos e baixos.
Mas tinha tido mais altos que baixos, apesar de nunca ter tido uma carreira meteórica.
Era adepto de Gil Vicente na "Farsa de Inês Pereira".
Mais valia um burro que lhe levasse que um cavalo que o deitasse ao chão!
Era taurino e muar. Ursídeo. Forte e resiliente.
Gostava do que ouvira no Zoológico de Madrid: "El hombre es como el oso, quanto mas feo mas hermoso!".
Às vezes conseguia mudar rápido de rumo, em outras ia como um trator, sobre cercas às vezes, muitas vezes quebrara a cara! Tinha já muitos furos das farpas no couro. Gostava de ser o bicho que era!
Ia entrar na multi, nacional.
Ia sair cedinho, com chuva ou sol, no claro ou no escuro, no quente ou no frio, de ônibus? - ainda ia decidir - até a Estação Coneição, tomar o ônibus fretado, normalmente descer pela Imigrantes, fazer a interligação da Cônego Rangoni e parar lá no Pólo de Fertilizantes.
Quantos anos?
R. não fazia planos que não fossem longos.
Queria logo conhecer seu novo escritório, seus novos colegas, suas novas atribuições.
Era tudo muito novo, apesar de uma longa continuidade, mas R. era adepto ao novo.
Desde que abandonara o emprego na Universidade de Campinas R. sabia que haveria altos e baixos.
Mas tinha tido mais altos que baixos, apesar de nunca ter tido uma carreira meteórica.
Era adepto de Gil Vicente na "Farsa de Inês Pereira".
Mais valia um burro que lhe levasse que um cavalo que o deitasse ao chão!
Era taurino e muar. Ursídeo. Forte e resiliente.
Gostava do que ouvira no Zoológico de Madrid: "El hombre es como el oso, quanto mas feo mas hermoso!".
Às vezes conseguia mudar rápido de rumo, em outras ia como um trator, sobre cercas às vezes, muitas vezes quebrara a cara! Tinha já muitos furos das farpas no couro. Gostava de ser o bicho que era!
ESPINOZA
Las traslúcidas manos del judío
Labran en la penumbra los cristales
Y la tarde que muere es miedo y frío.
(Las tardes a las tardes son iguales.)
Las manos y el espacio de jacinto
Que palidece en el confín del Ghetto
Casi no existen para el hombre quieto
Que está soñando un claro laberinto.
No lo turba la fama, ese reflejo
De sueños en el sueño de otro espejo,
Ni el temeroso amor de las doncellas.
Libre de la metáfora y del mito
Labra un arduo cristal: el infinito
mapa de Aquel que es todas Sus estrellas.
Jorge Luis Borges, 1964
Labran en la penumbra los cristales
Y la tarde que muere es miedo y frío.
(Las tardes a las tardes son iguales.)
Las manos y el espacio de jacinto
Que palidece en el confín del Ghetto
Casi no existen para el hombre quieto
Que está soñando un claro laberinto.
No lo turba la fama, ese reflejo
De sueños en el sueño de otro espejo,
Ni el temeroso amor de las doncellas.
Libre de la metáfora y del mito
Labra un arduo cristal: el infinito
mapa de Aquel que es todas Sus estrellas.
Jorge Luis Borges, 1964
A volta do "Costeleta Méndez"
El ex presidente Carlos Menem irá por su reelección como senador por esta provincia con el apoyo del kirchnerismo.
Así quedó establecido en una reunión que mantuvieron los dirigentes del partido menemista Lealtad y Dignidad con el gobernador kirchnerista de La Rioja Luis Beder Herrera.
La reunión se concretó la noche del lunes en la residencia oficial, donde Beder Herrera recibió a la conducción de Lealtad y Dignidad, encabezada por su presidenta, la concejal Claudia López y el diputado provincial Nicolás Martínez. Estos dos dirigentes son los únicos con cargos electivos que tiene Menem en su tierra natal.
Não confundam esse "disfarce" de "Tiozinho Gente Fina" com a besta fera que lhe vai por baixo!!
Lá na Argentina muita gente nem pronuncia o nome dele (daí o Méndez) para não dar azar! Uruca do inferno!
Así quedó establecido en una reunión que mantuvieron los dirigentes del partido menemista Lealtad y Dignidad con el gobernador kirchnerista de La Rioja Luis Beder Herrera.
La reunión se concretó la noche del lunes en la residencia oficial, donde Beder Herrera recibió a la conducción de Lealtad y Dignidad, encabezada por su presidenta, la concejal Claudia López y el diputado provincial Nicolás Martínez. Estos dos dirigentes son los únicos con cargos electivos que tiene Menem en su tierra natal.
Não confundam esse "disfarce" de "Tiozinho Gente Fina" com a besta fera que lhe vai por baixo!!
Lá na Argentina muita gente nem pronuncia o nome dele (daí o Méndez) para não dar azar! Uruca do inferno!
100 anos do "Átomo de Rutherford"
EDITORIAL
A Nucleated Century
Published: March 22, 2011
If you asked someone to draw an atom, he or she would probably draw something like a cockeyed solar system. The sun — the nucleus — is at the center, and the planets — the electrons — orbit in several different planes.
The critical discovery in this atomic model emerged a century ago in a talk before the Manchester Literary and Philosophical Society in March 1911 and a paper published soon after in the Philosophical Magazine. Both were by Ernest Rutherford, who had won the 1908 Nobel Prize in Chemistry in part for his discovery of the alpha particle, which he later proved was the nucleus of a helium atom.
By 1911, scientists had already measured the charge and mass of an electron. But no one was sure how the atom was structured. Among his endless contributions to atomic theory, Rutherford explained a curious phenomenon. When fired at an extremely thin sheet of gold foil, some alpha particles scattered at surprising angles.
A few even bounced straight back at the observer, which Rutherford said was as unexpected as firing a cannon shell at tissue paper and having it come back and hit you.
The answer, Rutherford wrote, is that “the atom consists of a central charge” that is “concentrated at a point” — a point soon called the nucleus. A near collision with the nucleus caused the alpha particle to deflect. A direct collision caused it to bounce straight back. Compared to the whole atom, Rutherford said, the nucleus was like “a fly in a cathedral.”
As the scientist Freeman Dyson later wrote, finding the nucleus was the start of nuclear physics, which has transformed our picture of the atom. Now it looks something like a composite of quarks surrounded by clouds of uncertainty. More accurate. Much harder to draw.
A version of this editorial appeared in print on March 23, 2011, on page A26 of the New York edition.
A Nucleated Century
Published: March 22, 2011
If you asked someone to draw an atom, he or she would probably draw something like a cockeyed solar system. The sun — the nucleus — is at the center, and the planets — the electrons — orbit in several different planes.
The critical discovery in this atomic model emerged a century ago in a talk before the Manchester Literary and Philosophical Society in March 1911 and a paper published soon after in the Philosophical Magazine. Both were by Ernest Rutherford, who had won the 1908 Nobel Prize in Chemistry in part for his discovery of the alpha particle, which he later proved was the nucleus of a helium atom.
By 1911, scientists had already measured the charge and mass of an electron. But no one was sure how the atom was structured. Among his endless contributions to atomic theory, Rutherford explained a curious phenomenon. When fired at an extremely thin sheet of gold foil, some alpha particles scattered at surprising angles.
A few even bounced straight back at the observer, which Rutherford said was as unexpected as firing a cannon shell at tissue paper and having it come back and hit you.
The answer, Rutherford wrote, is that “the atom consists of a central charge” that is “concentrated at a point” — a point soon called the nucleus. A near collision with the nucleus caused the alpha particle to deflect. A direct collision caused it to bounce straight back. Compared to the whole atom, Rutherford said, the nucleus was like “a fly in a cathedral.”
As the scientist Freeman Dyson later wrote, finding the nucleus was the start of nuclear physics, which has transformed our picture of the atom. Now it looks something like a composite of quarks surrounded by clouds of uncertainty. More accurate. Much harder to draw.
A version of this editorial appeared in print on March 23, 2011, on page A26 of the New York edition.
Japão: inquietude pelo reator número 3 de Fukushima!
Fukushima : nouvelle inquiétude pour le réacteur n° 3
Des produits provenant des préfectures de Fukushima et d'Ibaraki on été interdits.
Des particules radioactives devraient atteindre la France.
Un nuage radioactif aux retombées "négligeables" en Europe.
"Il est impossible aujourd'hui de se passer du nucléaire".
Le Japon avait été alerté d'irrégularités à Fukushima.
Le panache radioactif inquiète le Japon.
Des produits provenant des préfectures de Fukushima et d'Ibaraki on été interdits.
Des particules radioactives devraient atteindre la France.
Un nuage radioactif aux retombées "négligeables" en Europe.
"Il est impossible aujourd'hui de se passer du nucléaire".
Le Japon avait été alerté d'irrégularités à Fukushima.
Le panache radioactif inquiète le Japon.
Agora é na Síria do filhote de Hafez, Bashir Assad
Ola de cambio en el mundo árabe
Al menos seis muertos en nuevas protestas en Siria contra el régimen
Las fuerzas de seguridad disparan contra los manifestantes congregados en Deraa desde hace una semana.- En total, ya son diez los rebeldes fallecidos.
Al menos seis muertos en nuevas protestas en Siria contra el régimen
Las fuerzas de seguridad disparan contra los manifestantes congregados en Deraa desde hace una semana.- En total, ya son diez los rebeldes fallecidos.
Historieta trágica e cômica
Filho quase cinquentão, baleado pelas vicissitudes (divórcio, desemprego) e fudido de grana.
Irmã importante. Mãe septuagenária fiadora do aluguel (que ele teve que pagar após ser tocado de casa pela ex e ir tentar a sorte em outra cidade, dando com os burros n´água e retornando).
Não pagava. A velha, honestíssima e envergonhada, caridosa e prestativa, bancava e sofria.
Nem palavra de gratidão, só resmungos.
O filho tinha reavido sua casa, deixara o imóvel alugado "vazio", fez a mudança lentamente.
Devido a obrinhas no banheiro que ele começara mal e bem abandonara, após meses não tinha ainda procedido a "Vistoria de Entrega". Deixara o contrato de aluguel correndo sem usar o imóvel.
Em português chulo, "não fodera nem saíra de cima", "não tinha cagado nem desocupado a moita". E também estava "acendendo cigarro ruim com nota de cem".
Sexta passada, mãe e irmã se desabalaram de longe, 4 horas de carro de ida e outro tanto de volta, até a cidade que já lhes acolhera. Direto para a ex casa do filho mais velho.
Nem o procuraram. Foram ver diretamente a locadora, que vinha a ser a vizinha do tal imóvel.
Frente à Imobiliária, as mulheres preocupadas pagaram uns meses atrasados, deram mais alguns meses a título indenizatório para a dona (eliminado a necessidade do filho proceder às obras reparadoras) e só deixaram ao poltrão a incumbência de devolver as chaves.
Contrato findo, fizeram a volta, nem duas horas sequer ficaram na cidade distante.
Finalmente as duas puderam descançar. Até o próximo B.O.
Irmã importante. Mãe septuagenária fiadora do aluguel (que ele teve que pagar após ser tocado de casa pela ex e ir tentar a sorte em outra cidade, dando com os burros n´água e retornando).
Não pagava. A velha, honestíssima e envergonhada, caridosa e prestativa, bancava e sofria.
Nem palavra de gratidão, só resmungos.
O filho tinha reavido sua casa, deixara o imóvel alugado "vazio", fez a mudança lentamente.
Devido a obrinhas no banheiro que ele começara mal e bem abandonara, após meses não tinha ainda procedido a "Vistoria de Entrega". Deixara o contrato de aluguel correndo sem usar o imóvel.
Em português chulo, "não fodera nem saíra de cima", "não tinha cagado nem desocupado a moita". E também estava "acendendo cigarro ruim com nota de cem".
Sexta passada, mãe e irmã se desabalaram de longe, 4 horas de carro de ida e outro tanto de volta, até a cidade que já lhes acolhera. Direto para a ex casa do filho mais velho.
Nem o procuraram. Foram ver diretamente a locadora, que vinha a ser a vizinha do tal imóvel.
Frente à Imobiliária, as mulheres preocupadas pagaram uns meses atrasados, deram mais alguns meses a título indenizatório para a dona (eliminado a necessidade do filho proceder às obras reparadoras) e só deixaram ao poltrão a incumbência de devolver as chaves.
Contrato findo, fizeram a volta, nem duas horas sequer ficaram na cidade distante.
Finalmente as duas puderam descançar. Até o próximo B.O.
Caracas! Hugo Chávez pirou de vez!
"O que era mar, virou deserto", relatou o presidente após brisar uma marofa do caribe...
Era "dia da água", mas acho que ele tomou outra coisa branquinha ali...
Chávez diz que capitalismo pode ter acabado com a vida em Marte
'Imperialismo chegou e acabou com o planeta', disse presidente venezuelano
CARACAS - O capitalismo pode ter sido o culpado pela falta de vida em Marte, disse nesta terça-feira, 22, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Eu sempre digo, e ouço, que não seria estranho se tivesse existido uma civilização em Marte, mas talvez o capitalismo tenha chegado lá, o imperialismo chegou e acabou com o planeta", disse Chávez em discurso para marcar o Dia Mundial da Água.
Chávez, que também coloca no capitalismo a culpa por vários problemas do mundo, alertou que o abastecimento de água na Terra está acabando. "Cuidado! Aqui no planeta Terra, onde centenas de anos atrás ou menos havia grandes florestas, agora há desertos. Onde havia rios, há desertos", disse Chávez. Ele acrescentou que os ataques do Ocidente sobre a Líbia tinham como motivação fontes de água (?) e reservas de petróleo. Olha a Líbia tem bastante petróleo e gás, mas água, na na ni na não!
O Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA recomendou neste mês que a principal prioridade da Nasa deveria ser construir um robô que ajudasse a determinar se já houve vida em Marte e que revelasse o histórico climático e geológico do planeta. Esse também seria o primeiro passo num esforço para trazer de volta à Terra amostras de Marte.
Marte, Líbia, Chávez: é osamba do crioulo doido!! Doidinho da silva! Isso da política venezuelana tá me cheirando que vai acabar como na Líbia, guerra civil e morticínio.
Talvez um belo enfarte resolveria os problemas logo! Mas ele tem cara de tranquilo, e ainda não partiu para aquelas plásticas desfigurantes do Kadafi...
Era "dia da água", mas acho que ele tomou outra coisa branquinha ali...
Chávez diz que capitalismo pode ter acabado com a vida em Marte
'Imperialismo chegou e acabou com o planeta', disse presidente venezuelano
CARACAS - O capitalismo pode ter sido o culpado pela falta de vida em Marte, disse nesta terça-feira, 22, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Eu sempre digo, e ouço, que não seria estranho se tivesse existido uma civilização em Marte, mas talvez o capitalismo tenha chegado lá, o imperialismo chegou e acabou com o planeta", disse Chávez em discurso para marcar o Dia Mundial da Água.
Chávez, que também coloca no capitalismo a culpa por vários problemas do mundo, alertou que o abastecimento de água na Terra está acabando. "Cuidado! Aqui no planeta Terra, onde centenas de anos atrás ou menos havia grandes florestas, agora há desertos. Onde havia rios, há desertos", disse Chávez. Ele acrescentou que os ataques do Ocidente sobre a Líbia tinham como motivação fontes de água (?) e reservas de petróleo. Olha a Líbia tem bastante petróleo e gás, mas água, na na ni na não!
O Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA recomendou neste mês que a principal prioridade da Nasa deveria ser construir um robô que ajudasse a determinar se já houve vida em Marte e que revelasse o histórico climático e geológico do planeta. Esse também seria o primeiro passo num esforço para trazer de volta à Terra amostras de Marte.
Marte, Líbia, Chávez: é osamba do crioulo doido!! Doidinho da silva! Isso da política venezuelana tá me cheirando que vai acabar como na Líbia, guerra civil e morticínio.
Talvez um belo enfarte resolveria os problemas logo! Mas ele tem cara de tranquilo, e ainda não partiu para aquelas plásticas desfigurantes do Kadafi...
Não somos argentinos ou mexicanos...a morte não é tão viva entre nós!
TJ autoriza exumação de Tim Maia
22 de março de 2011 | 19h09
O Tribunal de Justiça do Rio autorizou nesta terça-feira, 22, a exumação do corpo do cantor e compositor Sebastião Rodrigues Maia, mais conhecido como Tim Maia, falecido em 1998.
O pedido foi elaborado por uma suposta filha do artista, que entrou com uma ação de investigação de paternidade. Os herdeiros do cantor, seus irmãos e seu filho, Carmelo Maia, recorreram da decisão, justificando que o material para o exame poderia ser fornecido por eles mesmos.
No entanto, o relator do caso rejeitou a alegação dos herdeiros de que a exumação configuraria desrespeito ao sentimento da família.
Para mim, se os parentes servem para o exame de DNA, é uma perda de tempo e dinheiro ficar cavando sepulturas atrás de amostras de ossos velhos do pobre cadáver de Tião Marmita, digo, de Tim Maia! Que se use o sangue dos parentes!
22 de março de 2011 | 19h09
O Tribunal de Justiça do Rio autorizou nesta terça-feira, 22, a exumação do corpo do cantor e compositor Sebastião Rodrigues Maia, mais conhecido como Tim Maia, falecido em 1998.
O pedido foi elaborado por uma suposta filha do artista, que entrou com uma ação de investigação de paternidade. Os herdeiros do cantor, seus irmãos e seu filho, Carmelo Maia, recorreram da decisão, justificando que o material para o exame poderia ser fornecido por eles mesmos.
No entanto, o relator do caso rejeitou a alegação dos herdeiros de que a exumação configuraria desrespeito ao sentimento da família.
Para mim, se os parentes servem para o exame de DNA, é uma perda de tempo e dinheiro ficar cavando sepulturas atrás de amostras de ossos velhos do pobre cadáver de Tião Marmita, digo, de Tim Maia! Que se use o sangue dos parentes!
terça-feira, 22 de março de 2011
Joaquim Barbosa do STF: "moreno escuro" ou preto??
O ex-governador e deputado Júlio Campos (DEM-MT) provocou polêmica nesta terça-feira ao se referir ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa como "moreno escuro" durante uma reunião da bancada do partido.
O deputado defendia a prisão especial para autoridades, quando disse que processos podem cair nas mãos "do moreno escuro do Supremo".
Deputado Júlio Campos provocou polêmica ao se referir ao ministro do STF Joaquim Barbosa como "moreno escuro"
O fim da prisão especial faz parte da reforma do Código de Processo Penal, que deve ser votada pela Câmara amanhã.
O deputado ACM Neto (BA), que conduzia a reunião da bancada do DEM, afirmou que não entendeu como preconceito a referência do colega.
"A frase não pode ser descontextualizada. Quem estava presente percebeu que a frase não teve caráter preconceituoso", disse. Outros deputados que estavam presentes reclamaram da frase.
Em uma nota à imprensa, o deputado Júlio Campos afirmou que "quando usou a expressão 'ilustre ministro moreno escuro' em menção ao ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa foi somente por não lembrar naquele momento o nome do magistrado".
Segundo o deputado, não houve interesse de "desmerecer" o ministro com o uso da expressão. Campos informou ainda que, "para evitar possíveis constrangimentos e interpretações dúbias", entrou em contato com o gabinete de Barbosa e enviou desculpas ao ministro.
O gabinete de Barbosa, que é o primeiro negro do STF, confirmou o telefonema e disse que o deputado se comprometeu a enviar um pedido de desculpas por escrito.
O deputado defendia a prisão especial para autoridades, quando disse que processos podem cair nas mãos "do moreno escuro do Supremo".
Deputado Júlio Campos provocou polêmica ao se referir ao ministro do STF Joaquim Barbosa como "moreno escuro"
O fim da prisão especial faz parte da reforma do Código de Processo Penal, que deve ser votada pela Câmara amanhã.
O deputado ACM Neto (BA), que conduzia a reunião da bancada do DEM, afirmou que não entendeu como preconceito a referência do colega.
"A frase não pode ser descontextualizada. Quem estava presente percebeu que a frase não teve caráter preconceituoso", disse. Outros deputados que estavam presentes reclamaram da frase.
Em uma nota à imprensa, o deputado Júlio Campos afirmou que "quando usou a expressão 'ilustre ministro moreno escuro' em menção ao ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa foi somente por não lembrar naquele momento o nome do magistrado".
Segundo o deputado, não houve interesse de "desmerecer" o ministro com o uso da expressão. Campos informou ainda que, "para evitar possíveis constrangimentos e interpretações dúbias", entrou em contato com o gabinete de Barbosa e enviou desculpas ao ministro.
O gabinete de Barbosa, que é o primeiro negro do STF, confirmou o telefonema e disse que o deputado se comprometeu a enviar um pedido de desculpas por escrito.
México Lindo!
Compré una habitación en Acapulco
Mucha tequilla con agua tónica
Yo borracho voy cantando
Cucurucucu u Paloma
Cachita Alvarez envitaste
a una fiesta con muchas personas
voy cantando
She loves you yeah
Wow México, wow México
Wow México, wow México
Wow México,
México lindo
Tico Terpins
Mucha tequilla con agua tónica
Yo borracho voy cantando
Cucurucucu u Paloma
Cachita Alvarez envitaste
a una fiesta con muchas personas
voy cantando
She loves you yeah
Wow México, wow México
Wow México, wow México
Wow México,
México lindo
Tico Terpins
Homenagem a Roberto e Erasmo Carlos
"A distância"
Nunca mais você ouviu falar de mim
Mas eu continuei a ter você
Em toda esta saudade que ficou...
Tanto tempo já passou e eu não te esqueci.
Quantas vezes eu pensei voltar
E dizer que o meu amor nada mudou
Mas o meu silêncio foi maior
E na distância morro
Todo dia sem você saber.
O que restou do nosso amor ficou
No tempo, esquecido por você...
Vivendo do que fomos ainda estou
Tanta coisa já mudou, só eu não te esqueci.
Eu só queria lhe dizer que eu
Tentei deixar de amar, não consegui
Se alguma vez você pensar em mim
Não se esqueça de lembrar
Que eu nunca te esqueci
Roberto e Erasmo Carlos
Nunca mais você ouviu falar de mim
Mas eu continuei a ter você
Em toda esta saudade que ficou...
Tanto tempo já passou e eu não te esqueci.
Quantas vezes eu pensei voltar
E dizer que o meu amor nada mudou
Mas o meu silêncio foi maior
E na distância morro
Todo dia sem você saber.
O que restou do nosso amor ficou
No tempo, esquecido por você...
Vivendo do que fomos ainda estou
Tanta coisa já mudou, só eu não te esqueci.
Eu só queria lhe dizer que eu
Tentei deixar de amar, não consegui
Se alguma vez você pensar em mim
Não se esqueça de lembrar
Que eu nunca te esqueci
Roberto e Erasmo Carlos
Ommagio a Luchino Visconti
"Testardo Io"
Non so mai perché ti dico sempre sì
Testardo io che ti sento più di così
E intanto porto i segni dentro me
Per le tue strane follie per la mia gelosia.
La mia solitudine sei tu
La mia rabbia vera sei sempre tu.
Ora non mi chiedere perché
Se a testa bassa vado via per ripicca senza te.
Io per orgoglio io ti salverei
E dei tuoi miti cosa ne farei.
Intanto porto i segni dentro me
Di un amore che oramai vive vuoto dentro me.
La mia solitudine sei tu
L'unico mio appiglio sei sempre tu.
Ora non mi chiedere perché
Se a testa bassa vado via per ripicca senza te.
Ti manderei all'inferno questo sì
Testardo io che ti sento più di così
E intanto porto i segni dentro me
Per la tua eredità per la mia fatalità.
La mia solitudine sei tu
La mia rabbia vera sei sempre tu.
Ora non mi chiedere perché
Se a testa bassa vado via per ripicca senza te.
Non so mai perché ti dico sempre sì
Testardo io che ti sento più di così
E intanto porto i segni dentro me
Per le tue strane follie per la mia gelosia.
La mia solitudine sei tu
La mia rabbia vera sei sempre tu.
Ora non mi chiedere perché
Se a testa bassa vado via per ripicca senza te.
Io per orgoglio io ti salverei
E dei tuoi miti cosa ne farei.
Intanto porto i segni dentro me
Di un amore che oramai vive vuoto dentro me.
La mia solitudine sei tu
L'unico mio appiglio sei sempre tu.
Ora non mi chiedere perché
Se a testa bassa vado via per ripicca senza te.
Ti manderei all'inferno questo sì
Testardo io che ti sento più di così
E intanto porto i segni dentro me
Per la tua eredità per la mia fatalità.
La mia solitudine sei tu
La mia rabbia vera sei sempre tu.
Ora non mi chiedere perché
Se a testa bassa vado via per ripicca senza te.
Violência e Paixão (da "Contracampo", Revista de Cinema)
O título original, "Conversation Peace", mais uma vez parece contraditório com a "trancriação" portugo-brasílica do título.
É o penútlimo trabalho de Luchino Visconti.
Burt Lancaster e Silvana Mangano são magníficos!
Após os esforços para a realização de Ludwig – um filme monumental em todos os sentidos – e com a saúde seriamente debilitada após um AVC que lhe confinou a uma cadeira de rodas, Luchino Visconti vislumbra o aproximar-se do fim da vida e procura fazer de seu filme seguinte, se não um acerto de contas, ao menos uma reflexão sobre aspectos do seu tempo. Então, como vinha se tornando cada vez mais raro em sua obra, Visconti trabalha com um roteiro original – escrito com os parceiros habituais Suso Cecchi D’Amico e Enrico Medioli – e de ação contemporânea. Retoma também a colaboração com Burt Lancaster para realizar Violência e Paixão, um filme de cunho mais intimista (ao menos para os padrões Visconti).
Lancaster incorpora um intelectual aposentado – a quem o filme se refere apenas como O Professor – que vive isolado em seu apartamento, cuidando de sua coleção de pinturas. Vale ressaltar que o título em inglês (Conversation Piece) se refere aos quadros de interesse do Professor, pinturas do século XVIII que retratam cenas da intimidade de famílias nobres e burguesas. Visconti se concentra, portanto, no retrato da intimidade do Professor quando este se vê praticamente forçado a alugar um apartamento vazio também de sua propriedade, localizado no andar superior à sua residência. Seus inquilinos são uma família de posses e origem nobre, mas, aos olhos do Professor, de hábitos vulgares e decadentes. O contato com essa família irá transtornar de maneira extrema a existência pacata e reclusa do protagonista. Visconti deixa esse choque bem claro ao iniciar o filme com o som de um estrondo.
Se não podemos considerar sob todos os aspectos o Professor como um alter-ego de Visconti, uma vez que este declaradamente afirmou não compartilhar de seu caráter excessivamente reservado e quase misantropo, é certo que o cineasta se utiliza dele para fazer uma reflexão sobre o papel, não somente do intelectual, mas também do cidadão, perante a sociedade e o mundo que o cercam. Em diversos aspectos, o Professor se aproxima do Príncipe Salina, também vivido por Burt Lancaster em O Leopardo, mas se o Príncipe tenta, mesmo com muito sacrifício, compreender e se adaptar às transformações de seu tempo, o Professor a princípio isola-se e se omite. Mas Visconti certamente partilha com o Professor o estranhamento de um homem idoso e erudito perante um mundo que sofrera intensa transformação – estamos no início da década de 1970 – e com o qual seus valores certamente não mais se identificam. O que Visconti discorda, com relação ao Professor, é o fato dele utilizar essa não-identificação como um motivo para isolamento e omissão em relação ao mundo contemporâneo, já que o Professor tenta justificar seu desencanto. "Os intelectuais da minha geração tentam achar um equilíbrio entre política e moral; e essa é uma procura pelo impossível", ele diz. Visconti, ao menos, não parece ter desistido dessa procura mesmo no fim da vida.
Se não chega a ser o tema principal do filme, não podemos deixar de considerar em Violência e Paixão a questão da solidão. Mesmo incomodado pelo comportamento do grupo, o Professor não deixa de projetar na Marquesa (Silvana Mangano), sua filha Lietta (Claudia Marsani), seu cunhado (Stefano Patrizi) e principalmente seu jovem amante Konrad (Helmut Berger) uma afeição e vislumbrá-los como o núcleo familiar que falhara em construir ao longo da vida. Na ligação entre o Professor e Konrad, misto de afeto paternal e desejo platônico, ficam patentes traços da relação entre Visconti e o ator Helmut Berger, seu companheiro desde fins dos anos 60. E durante o jantar e a subseqüente conversa ao café, Visconti concretiza em seu filme, de forma ao mesmo tempo carinhosa e cruel, o retrato de um grupo familiar sugerido pelo título original. A este grupo familiar integra-se perfeitamente a cenografia, nunca gratuita, como é característica do diretor, aqui restrita ao apartamento do Professor, pródigo em livros e obras de arte, e ao imóvel alugado – sempre em transformação – finalmente apresentado como um exemplo de vulgaridade.
Passa também por Violência e Paixão a crítica – recorrente na obra de Visconti – à corrupção e à decadência das classes dominantes, principalmente na figura da Marquesa e seu marido, um rico industrial que, segundo ela, "jamais leu um livro na vida, mas tem mania de manter salas cheias de livros". É a partir desse marido, que não aparece em cena, mas tem papel preponderante na conclusão da trama, que Visconti aproveita para se situar – e a seu filme – politicamente perante a sociedade italiana da época, denunciando a ascensão de uma política radical de direita, que beirava uma espécie de neofascismo. Ao defrontar-se com esse quadro, não sem conseqüências trágicas, o Professor se vê – assim como o diretor à época – com a saúde abalada. Mas se a personagem se deixa levar e parece aguardar a morte inexorável de forma passiva, numa seqüência final banhada em rara beleza, assim como todo o filme, Visconti, ao contrário, jamais deixa de seguir em frente e dar incansável prosseguimento a seu trabalho.
É o penútlimo trabalho de Luchino Visconti.
Burt Lancaster e Silvana Mangano são magníficos!
Após os esforços para a realização de Ludwig – um filme monumental em todos os sentidos – e com a saúde seriamente debilitada após um AVC que lhe confinou a uma cadeira de rodas, Luchino Visconti vislumbra o aproximar-se do fim da vida e procura fazer de seu filme seguinte, se não um acerto de contas, ao menos uma reflexão sobre aspectos do seu tempo. Então, como vinha se tornando cada vez mais raro em sua obra, Visconti trabalha com um roteiro original – escrito com os parceiros habituais Suso Cecchi D’Amico e Enrico Medioli – e de ação contemporânea. Retoma também a colaboração com Burt Lancaster para realizar Violência e Paixão, um filme de cunho mais intimista (ao menos para os padrões Visconti).
Lancaster incorpora um intelectual aposentado – a quem o filme se refere apenas como O Professor – que vive isolado em seu apartamento, cuidando de sua coleção de pinturas. Vale ressaltar que o título em inglês (Conversation Piece) se refere aos quadros de interesse do Professor, pinturas do século XVIII que retratam cenas da intimidade de famílias nobres e burguesas. Visconti se concentra, portanto, no retrato da intimidade do Professor quando este se vê praticamente forçado a alugar um apartamento vazio também de sua propriedade, localizado no andar superior à sua residência. Seus inquilinos são uma família de posses e origem nobre, mas, aos olhos do Professor, de hábitos vulgares e decadentes. O contato com essa família irá transtornar de maneira extrema a existência pacata e reclusa do protagonista. Visconti deixa esse choque bem claro ao iniciar o filme com o som de um estrondo.
Se não podemos considerar sob todos os aspectos o Professor como um alter-ego de Visconti, uma vez que este declaradamente afirmou não compartilhar de seu caráter excessivamente reservado e quase misantropo, é certo que o cineasta se utiliza dele para fazer uma reflexão sobre o papel, não somente do intelectual, mas também do cidadão, perante a sociedade e o mundo que o cercam. Em diversos aspectos, o Professor se aproxima do Príncipe Salina, também vivido por Burt Lancaster em O Leopardo, mas se o Príncipe tenta, mesmo com muito sacrifício, compreender e se adaptar às transformações de seu tempo, o Professor a princípio isola-se e se omite. Mas Visconti certamente partilha com o Professor o estranhamento de um homem idoso e erudito perante um mundo que sofrera intensa transformação – estamos no início da década de 1970 – e com o qual seus valores certamente não mais se identificam. O que Visconti discorda, com relação ao Professor, é o fato dele utilizar essa não-identificação como um motivo para isolamento e omissão em relação ao mundo contemporâneo, já que o Professor tenta justificar seu desencanto. "Os intelectuais da minha geração tentam achar um equilíbrio entre política e moral; e essa é uma procura pelo impossível", ele diz. Visconti, ao menos, não parece ter desistido dessa procura mesmo no fim da vida.
Se não chega a ser o tema principal do filme, não podemos deixar de considerar em Violência e Paixão a questão da solidão. Mesmo incomodado pelo comportamento do grupo, o Professor não deixa de projetar na Marquesa (Silvana Mangano), sua filha Lietta (Claudia Marsani), seu cunhado (Stefano Patrizi) e principalmente seu jovem amante Konrad (Helmut Berger) uma afeição e vislumbrá-los como o núcleo familiar que falhara em construir ao longo da vida. Na ligação entre o Professor e Konrad, misto de afeto paternal e desejo platônico, ficam patentes traços da relação entre Visconti e o ator Helmut Berger, seu companheiro desde fins dos anos 60. E durante o jantar e a subseqüente conversa ao café, Visconti concretiza em seu filme, de forma ao mesmo tempo carinhosa e cruel, o retrato de um grupo familiar sugerido pelo título original. A este grupo familiar integra-se perfeitamente a cenografia, nunca gratuita, como é característica do diretor, aqui restrita ao apartamento do Professor, pródigo em livros e obras de arte, e ao imóvel alugado – sempre em transformação – finalmente apresentado como um exemplo de vulgaridade.
Passa também por Violência e Paixão a crítica – recorrente na obra de Visconti – à corrupção e à decadência das classes dominantes, principalmente na figura da Marquesa e seu marido, um rico industrial que, segundo ela, "jamais leu um livro na vida, mas tem mania de manter salas cheias de livros". É a partir desse marido, que não aparece em cena, mas tem papel preponderante na conclusão da trama, que Visconti aproveita para se situar – e a seu filme – politicamente perante a sociedade italiana da época, denunciando a ascensão de uma política radical de direita, que beirava uma espécie de neofascismo. Ao defrontar-se com esse quadro, não sem conseqüências trágicas, o Professor se vê – assim como o diretor à época – com a saúde abalada. Mas se a personagem se deixa levar e parece aguardar a morte inexorável de forma passiva, numa seqüência final banhada em rara beleza, assim como todo o filme, Visconti, ao contrário, jamais deixa de seguir em frente e dar incansável prosseguimento a seu trabalho.
Verborragia
Hemorragia de palavras.
Verbo.
Ver bom e ver bem, escutar, falar, comunicar com os outros, outrem, mas mais além há também aqui dentro. Somos nossos espectadores privilegiados pela presença em nós o tempo todo e prejudicados pois não nos vemos de fora!
"A saudade me dói o meu peito me rói" mas eu estou por aí, sempre pensando nela!
Minha vida foi e é um turbilhão de amor e dor. Confesso que vivi. Que matei?!
Não fisicamente! Mas emocionalmente muitos e muitas. Sou o que sou, mas sei que fui o que fui, incompleto, manco, claudicante, sempre aleijado emocionalmente.
Assim sou, não sei quantos de nós assim somos!
Sei que acordo cedo, feliz. Deus me deu esses dias também, mas não só, mas principalmente penso hedonisticamente, para meu, nosso, vosso: prazeres e felicidades!
Sou, me considero bom. Posso não ser pródigo com meus bens. Mas em termos de vontade quero o céu e quero que todos o queiram. Falo de um céu material, aqui, ruas limpas, sem bituca, sem latinhas, sem papéis. Sem buzinas sonantes fortes, sem neura, sem assalto e muito menos morte violenta. Com o melhor plano de saúde. Com apês e casas legais, praças, empregos e estudos.
Meu amigo Haroldo, do alto de sua mineirice, dizia que fazer o paraíso aqui era mistér. "Você vai andar até a esquina e um carro ou ônibus da prefeitura vai te levar prá onde você quiser rapidinho!". Esse sonhou grande, eu com ele num sofá velho na varanda e ele dizia: "Isso aqui é uma nave espacial." Falava de nós voando a mil pelo universo, o que é a mais pura verdade.
Somos pó do pé da mãe Terra, rodopiando cardióides elípticas dentro de loucas e interpenetrantes órbitas, formando um aglomerado de astros que formam uma "água", ou "gelatina", cósmica, de dimensões incomensuráveis.
Somos incomensuravelmente pequenos nas dimensões do Universo. E gigantes nas batalhas do dia a dia! Adoro ser humano!
Verbo.
Ver bom e ver bem, escutar, falar, comunicar com os outros, outrem, mas mais além há também aqui dentro. Somos nossos espectadores privilegiados pela presença em nós o tempo todo e prejudicados pois não nos vemos de fora!
"A saudade me dói o meu peito me rói" mas eu estou por aí, sempre pensando nela!
Minha vida foi e é um turbilhão de amor e dor. Confesso que vivi. Que matei?!
Não fisicamente! Mas emocionalmente muitos e muitas. Sou o que sou, mas sei que fui o que fui, incompleto, manco, claudicante, sempre aleijado emocionalmente.
Assim sou, não sei quantos de nós assim somos!
Sei que acordo cedo, feliz. Deus me deu esses dias também, mas não só, mas principalmente penso hedonisticamente, para meu, nosso, vosso: prazeres e felicidades!
Sou, me considero bom. Posso não ser pródigo com meus bens. Mas em termos de vontade quero o céu e quero que todos o queiram. Falo de um céu material, aqui, ruas limpas, sem bituca, sem latinhas, sem papéis. Sem buzinas sonantes fortes, sem neura, sem assalto e muito menos morte violenta. Com o melhor plano de saúde. Com apês e casas legais, praças, empregos e estudos.
Meu amigo Haroldo, do alto de sua mineirice, dizia que fazer o paraíso aqui era mistér. "Você vai andar até a esquina e um carro ou ônibus da prefeitura vai te levar prá onde você quiser rapidinho!". Esse sonhou grande, eu com ele num sofá velho na varanda e ele dizia: "Isso aqui é uma nave espacial." Falava de nós voando a mil pelo universo, o que é a mais pura verdade.
Somos pó do pé da mãe Terra, rodopiando cardióides elípticas dentro de loucas e interpenetrantes órbitas, formando um aglomerado de astros que formam uma "água", ou "gelatina", cósmica, de dimensões incomensuráveis.
Somos incomensuravelmente pequenos nas dimensões do Universo. E gigantes nas batalhas do dia a dia! Adoro ser humano!
segunda-feira, 21 de março de 2011
Mexilhão embusteiro
Fui nesse lugar, simpaticamente italianado, no Bixiga, comer frutos do mar.
Paella. Que, se tem esse nome, tem que ser feito numa panela espanhola, chamada "paella".
Surpresa! Recebi um um ragu com arroz, numa panela de barro de moqueca capixaba.
Você já pensou em ir ao Espírito Santo comer moqueca e alguém serví-la numa "paella"?!...
Tá na cara que aquele "cozido" fica jacarezando na cozinha, pronto para um desavisado como eu.
Sem contar que as lulas e mariscos tinham a idade do ex presidente.
Imagino que eles fazem com aqueles pacotinhos congelados, como os de 500 g de "Mix para Paella" (ou Caldeirada?!) que compro nos Extras da vida.
Por 180 bagarotes dava para fazer alguma coisa mais autêntica, né??
Paella. Que, se tem esse nome, tem que ser feito numa panela espanhola, chamada "paella".
Surpresa! Recebi um um ragu com arroz, numa panela de barro de moqueca capixaba.
Você já pensou em ir ao Espírito Santo comer moqueca e alguém serví-la numa "paella"?!...
Tá na cara que aquele "cozido" fica jacarezando na cozinha, pronto para um desavisado como eu.
Sem contar que as lulas e mariscos tinham a idade do ex presidente.
Imagino que eles fazem com aqueles pacotinhos congelados, como os de 500 g de "Mix para Paella" (ou Caldeirada?!) que compro nos Extras da vida.
Por 180 bagarotes dava para fazer alguma coisa mais autêntica, né??
domingo, 20 de março de 2011
El Camino del Oro
Entrad, señor, comprad patria y terreno,
habitaciones, bendiciones, ostras,
todo se vende aquí donde llegasteis.
No hay torre que no caiga en vuestra pólvora,
no hay red que no reserve su tesoro.
Como somos tan “libres” como el viento,
podéis comprar el viento, la cascada,
y en la desarrollada celulosa
ordenar las impuras opiniones,
o recoger amor sin albedrío,
destronado en el lino mercenario.
El oro se cambió de ropa usando
formas de trapo, de papel raído,
fríos hilos de lámina invisible, cinturones de dedos enroscados.
A la doncella en su nuevo castillo
llevó el padre de abierta dentadura
el plato de billetes
que devoró la bella disputándolo
en el suelo a golpes de sonrisa.
Al obispo subió la investidura
de los siglos del oro, abrió la puerta
de los jueces, mantuvo las alfombras,
hizo temblar la noche en los burdeles,
corrió con los cabellos en el viento.
(Yo he vivido la edad en que reinaba.
He visto consumida la podredumbre,
pirámides de estiércol abrumadas
por el honor: llevados y traídos
césares de la lluvia purulenta,
convencidos del peso que ponían
en las balanzas, rígidos
muñecos de la muerte, calcinados
por su ceniza dura y devorante.
Pablo Neruda
habitaciones, bendiciones, ostras,
todo se vende aquí donde llegasteis.
No hay torre que no caiga en vuestra pólvora,
no hay red que no reserve su tesoro.
Como somos tan “libres” como el viento,
podéis comprar el viento, la cascada,
y en la desarrollada celulosa
ordenar las impuras opiniones,
o recoger amor sin albedrío,
destronado en el lino mercenario.
El oro se cambió de ropa usando
formas de trapo, de papel raído,
fríos hilos de lámina invisible, cinturones de dedos enroscados.
A la doncella en su nuevo castillo
llevó el padre de abierta dentadura
el plato de billetes
que devoró la bella disputándolo
en el suelo a golpes de sonrisa.
Al obispo subió la investidura
de los siglos del oro, abrió la puerta
de los jueces, mantuvo las alfombras,
hizo temblar la noche en los burdeles,
corrió con los cabellos en el viento.
(Yo he vivido la edad en que reinaba.
He visto consumida la podredumbre,
pirámides de estiércol abrumadas
por el honor: llevados y traídos
césares de la lluvia purulenta,
convencidos del peso que ponían
en las balanzas, rígidos
muñecos de la muerte, calcinados
por su ceniza dura y devorante.
Pablo Neruda
O grito negro
Eu sou carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
Queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão.
José Craveirinha (Moçambique)
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
Queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão.
José Craveirinha (Moçambique)
O maior trem do mundo
O maior trem do mundo
Leva minha terra
para Alemanha
leva a minha terra
para o Canadá
leva a minha terra
para o Japão.
O maior trem do mundo puxado por cinco locomotivas à óleo diesel
engatadas geminadas desembestadas
leva o meu tempo, minha infância, minha vida
triturada em 163 vagões de minério e destruição.
O maior trem do mundo
transporta a coisa mínima do mundo
meu coração itabirano.
Lá vai o maior trem do mundo
Vai serpenteando, vai sumindo
E um dia, eu sei, não voltará
Pois nem terra, nem coração existem mais.
Carlos Drummond de Andrade
Leva minha terra
para Alemanha
leva a minha terra
para o Canadá
leva a minha terra
para o Japão.
O maior trem do mundo puxado por cinco locomotivas à óleo diesel
engatadas geminadas desembestadas
leva o meu tempo, minha infância, minha vida
triturada em 163 vagões de minério e destruição.
O maior trem do mundo
transporta a coisa mínima do mundo
meu coração itabirano.
Lá vai o maior trem do mundo
Vai serpenteando, vai sumindo
E um dia, eu sei, não voltará
Pois nem terra, nem coração existem mais.
Carlos Drummond de Andrade
Letter to cousin Tony in Australia
Guto,
Antônio Augusto Corrêa de Lima (*Santos, 20-03-1964)
A saudade fala português, essa língua que fugiu da sua boca como nuvem em ventania...
Sonhamos Melbournes e Sidneys e Brisbanes e Perths, e Adelaides, e Alices Springs...
Sonho estar no outback, com você e a Lua no perigeu, having ei nice bbque...
Sonhar Santos, Loirinha, casa dos vôs, todos juntos, como pequeninos nas fotos.
Jundiaí, Santa Rita do Sapucaí, Campinas, Cabo Verde, Muzambinho.
A vida passou, mas não acabou. Lembramos e vivemos. Viveremos muito mais ainda.
Sei que em breve o Uli diz que vai te ver, para resgatar a guitarra Gibson!
Quem sabe eu vou com ele!
É que volto a trabalhar "fichado" no mês que vem, na Vale!
Em Cubatão!! Vai dar prá juntar e gastar de novo!
Todos esses santistas de araque indo embora de lá e eu "voltando", sem nunca ter "sido"!
O mundo é uma bola e a Lusitana gira!
Abraços de quem em breve te alcançara no alto dos seus 47!
Beto
Antônio Augusto Corrêa de Lima (*Santos, 20-03-1964)
A saudade fala português, essa língua que fugiu da sua boca como nuvem em ventania...
Sonhamos Melbournes e Sidneys e Brisbanes e Perths, e Adelaides, e Alices Springs...
Sonho estar no outback, com você e a Lua no perigeu, having ei nice bbque...
Sonhar Santos, Loirinha, casa dos vôs, todos juntos, como pequeninos nas fotos.
Jundiaí, Santa Rita do Sapucaí, Campinas, Cabo Verde, Muzambinho.
A vida passou, mas não acabou. Lembramos e vivemos. Viveremos muito mais ainda.
Sei que em breve o Uli diz que vai te ver, para resgatar a guitarra Gibson!
Quem sabe eu vou com ele!
É que volto a trabalhar "fichado" no mês que vem, na Vale!
Em Cubatão!! Vai dar prá juntar e gastar de novo!
Todos esses santistas de araque indo embora de lá e eu "voltando", sem nunca ter "sido"!
O mundo é uma bola e a Lusitana gira!
Abraços de quem em breve te alcançara no alto dos seus 47!
Beto
Muzambinho MG
Fundação: 12 de novembro de 1878 (132 anos)
Segundo a tradição, o nome da cidade se origina da palavra mocambo ou mocambinho, isto é, moradia utilizada pelos negros escravos fugitivos. A região teria sido habitada, antigamente, por negros que deram início ao povoado, desenvolvido graças à boa qualidade das terras para a agricultura. Com a formação do arraial, o povoado ficou conhecido pelo nome de "São José da Boa Vista", outra denominação "São José da Boa Vista do Cabo Verde".
Coronel Cesario Cecilio de Assis Coimbra
Interpretando os anseios da população, Cesário Cecílio de Assis Coimbra - avô materno do futuro 19º Presidente do Brasil em 1955, Carlos Coimbra da Luz, que pelo tronco paterno era sobrinho neto do senador e conselheiro do Imperio do Brasil, de 1870 a 1899, Joaquim Delfino Ribeiro da Luz - e o Padre Prospero Paoliello, que viria a tornar-se o primeiro Vigario da Igreja Catolica local em 1861, em companhia de outros membros da sociedade, elevaram o Povoado a categoria de Distrito, aos 8 de outubro de 1860.
O "Almanaque Sul Mineiro" para o ano de 1874, pag. 390, aponta, também, como um dos fundadores, Antônio Joaquim Pereira de Magalhães.
O Distrito é oficializado Vila aos 12 de novembro de 1878, constituindo Termo com as freguesias de Dores de Guaxupé e Santa Barbara de Canoas (atual Guaranésia).
Segundo a tradição, o nome da cidade se origina da palavra mocambo ou mocambinho, isto é, moradia utilizada pelos negros escravos fugitivos. A região teria sido habitada, antigamente, por negros que deram início ao povoado, desenvolvido graças à boa qualidade das terras para a agricultura. Com a formação do arraial, o povoado ficou conhecido pelo nome de "São José da Boa Vista", outra denominação "São José da Boa Vista do Cabo Verde".
Coronel Cesario Cecilio de Assis Coimbra
Interpretando os anseios da população, Cesário Cecílio de Assis Coimbra - avô materno do futuro 19º Presidente do Brasil em 1955, Carlos Coimbra da Luz, que pelo tronco paterno era sobrinho neto do senador e conselheiro do Imperio do Brasil, de 1870 a 1899, Joaquim Delfino Ribeiro da Luz - e o Padre Prospero Paoliello, que viria a tornar-se o primeiro Vigario da Igreja Catolica local em 1861, em companhia de outros membros da sociedade, elevaram o Povoado a categoria de Distrito, aos 8 de outubro de 1860.
O "Almanaque Sul Mineiro" para o ano de 1874, pag. 390, aponta, também, como um dos fundadores, Antônio Joaquim Pereira de Magalhães.
O Distrito é oficializado Vila aos 12 de novembro de 1878, constituindo Termo com as freguesias de Dores de Guaxupé e Santa Barbara de Canoas (atual Guaranésia).
Tomando Unicum
Unicum is a Hungarian herbal bitters, drunk as a digestif and apéritif.
Unicum is an herbal digestif liqueur.[1] The liqueur is today produced by Zwack according to a secret formula of more than forty herbs, and the drink is aged in oak casks. During the Socialist regime in Hungary, the Zwack family lived in exile in New York and Chicago, and during this time, Unicum in Hungary was produced using a different formula. However, before moving to the States, Janos Zwack had entrusted a family friend in Milan with the production of Unicum based on the original recipe.[2] After the fall of communism, Péter Zwack returned to Hungary and resumed production of the original Unicum.
Recently Zwack has launched "Unicum Next", a thinner-bodied drink with a more prominent citrus [2] flavour. Unicum is regarded as one of the national drinks of Hungary. The production facility offers tours which include a tasting session of the three different varieties (Unicum, Unicum Next, and Millenicum). Though Millenicum was a special edition, it can still be found at a few retailers. It is somewhat stronger than the original, with a slightly sweeter aftertaste. Zwack Frissitők is a pineapple-based version of the drink. Unicum is available through select spirits distributors throughout the United States, as is Unicum Next, re-branded as "Zwack".
Unicum is an herbal digestif liqueur.[1] The liqueur is today produced by Zwack according to a secret formula of more than forty herbs, and the drink is aged in oak casks. During the Socialist regime in Hungary, the Zwack family lived in exile in New York and Chicago, and during this time, Unicum in Hungary was produced using a different formula. However, before moving to the States, Janos Zwack had entrusted a family friend in Milan with the production of Unicum based on the original recipe.[2] After the fall of communism, Péter Zwack returned to Hungary and resumed production of the original Unicum.
Recently Zwack has launched "Unicum Next", a thinner-bodied drink with a more prominent citrus [2] flavour. Unicum is regarded as one of the national drinks of Hungary. The production facility offers tours which include a tasting session of the three different varieties (Unicum, Unicum Next, and Millenicum). Though Millenicum was a special edition, it can still be found at a few retailers. It is somewhat stronger than the original, with a slightly sweeter aftertaste. Zwack Frissitők is a pineapple-based version of the drink. Unicum is available through select spirits distributors throughout the United States, as is Unicum Next, re-branded as "Zwack".
sábado, 19 de março de 2011
Barril de chope explode em shopping e mata uma pessoa
Não se pode nem trocar um barril da chopeira em paz...
Que cagada o cara (ou a fábrica) fez??
Que cagada o cara (ou a fábrica) fez??
A une passant
La rue assourdissante autour de moi hurlait.
Longue, mince, en grand deuil, douleur majestueuse,
Une femme passa, d'une main fastueuse
Soulevant, balançant le feston et l'ourlet ;
Agile et noble, avec sa jambe de statue.
Moi, je buvais, crispé comme un extravagant,
Dans son oeil, ciel livide où germe l'ouragan,
La douceur qui fascine et le plaisir qui tue.
Un éclair... puis la nuit ! - Fugitive beauté
Dont le regard m'a fait soudainement renaître,
Ne te verrai-je plus que dans l'éternité ?
Ailleurs, bien loin d'ici ! trop tard ! jamais peut-être !
Car j'ignore où tu fuis, tu ne sais où je vais,
Ô toi que j'eusse aimée, ô toi qui le savais !
Charles BAUDELAIRE (1821-1867)
Longue, mince, en grand deuil, douleur majestueuse,
Une femme passa, d'une main fastueuse
Soulevant, balançant le feston et l'ourlet ;
Agile et noble, avec sa jambe de statue.
Moi, je buvais, crispé comme un extravagant,
Dans son oeil, ciel livide où germe l'ouragan,
La douceur qui fascine et le plaisir qui tue.
Un éclair... puis la nuit ! - Fugitive beauté
Dont le regard m'a fait soudainement renaître,
Ne te verrai-je plus que dans l'éternité ?
Ailleurs, bien loin d'ici ! trop tard ! jamais peut-être !
Car j'ignore où tu fuis, tu ne sais où je vais,
Ô toi que j'eusse aimée, ô toi qui le savais !
Charles BAUDELAIRE (1821-1867)
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheur
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'aprè ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vue deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te racontrai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Jacques Brel
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheur
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'aprè ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vue deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te racontrai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Jacques Brel
sexta-feira, 18 de março de 2011
Escândalo
Ó doce irmã, o que você quer mais?
Eu já arranhei minha garganta toda
Atrás de alguma paz.
Agora, nada de machado e sândalo.
Você que traz o escândalo,
Irmã-luz.
Eu marquei demais, tô sabendo
Aprontei demais, só vendo
Mas agora faz um frio aqui.
Me responda, tô sofrendo:
Rompe a manhã da luz em fúria a arder
Dou gargalhada, dou dentada na maça da luxúria
Pra quê?
Se ninguém tem dó, ninguém entende nada
O grande escândalo sou eu aqui, só.
Caetano Veloso para Ângela Rô Rô
Eu já arranhei minha garganta toda
Atrás de alguma paz.
Agora, nada de machado e sândalo.
Você que traz o escândalo,
Irmã-luz.
Eu marquei demais, tô sabendo
Aprontei demais, só vendo
Mas agora faz um frio aqui.
Me responda, tô sofrendo:
Rompe a manhã da luz em fúria a arder
Dou gargalhada, dou dentada na maça da luxúria
Pra quê?
Se ninguém tem dó, ninguém entende nada
O grande escândalo sou eu aqui, só.
Caetano Veloso para Ângela Rô Rô
Tola foi você
Tola foi você ao me abandonar
Desprezando tanto amor que eu tinha a dar
Agora veja bem, o mal é vai e vem
Só esperar
E se eu mudei devo à você
Todo desamor que a vida me ensinou
Coração aberto, felicidade perto
Sou toda amor
Agradeço tanto, agradeço por você
Não ser do jeito que eu sou
Agradeço tanto, agradeço por você
Não ter me dado o seu amor
Ângela Rô Rô
Desprezando tanto amor que eu tinha a dar
Agora veja bem, o mal é vai e vem
Só esperar
E se eu mudei devo à você
Todo desamor que a vida me ensinou
Coração aberto, felicidade perto
Sou toda amor
Agradeço tanto, agradeço por você
Não ser do jeito que eu sou
Agradeço tanto, agradeço por você
Não ter me dado o seu amor
Ângela Rô Rô
O pé com frutas de MARACUJALHO
Maria Rodrigues de Aguiar Farias mostra sua árvore de MARACUJALHO
"Desde que descobriram que tinha uma fruta assim no meu quintal, muita gente começou a querer ver com os próprios olhos. Era muita gente mesmo. O problema é que, para chegar ao quintal, as pessoas tinham de passar por dentro da minha casa. Em uma dessas visitas, levaram o meu celular", disse Maria ao G1.
Depois do prejuízo provocado pelo pequeno furto, a dona de casa resolveu limitar a visitação. "Passei a cobrar R$ 2 para visitantes; R$ 15 para fazer fotografias; e R$ 20 para fazer filmagem", afirmou ela.
saiba mais
Maracujá cresce em formato de órgão sexual masculino no Maranhão
Dona Maria disse que o maracujazeiro está em plena produção. "Tem maracujá demais. Tem mais de 40 frutos lá. Eles ficam amarelinhos quando amadurecem."
Até os primeiros maracujás em formato de pênis surgirem no quintal dela, a vida era pacata e calma, mas depois da inusitada plantação, a dona de casa passou a ser reconhecida nas ruas da cidade onde mora. "Era muita gente na minha casa. Chegava a ficar sem comer para conseguir olhar todas as pessoas que faziam visitas", disse ela.
"Desde que descobriram que tinha uma fruta assim no meu quintal, muita gente começou a querer ver com os próprios olhos. Era muita gente mesmo. O problema é que, para chegar ao quintal, as pessoas tinham de passar por dentro da minha casa. Em uma dessas visitas, levaram o meu celular", disse Maria ao G1.
Depois do prejuízo provocado pelo pequeno furto, a dona de casa resolveu limitar a visitação. "Passei a cobrar R$ 2 para visitantes; R$ 15 para fazer fotografias; e R$ 20 para fazer filmagem", afirmou ela.
saiba mais
Maracujá cresce em formato de órgão sexual masculino no Maranhão
Dona Maria disse que o maracujazeiro está em plena produção. "Tem maracujá demais. Tem mais de 40 frutos lá. Eles ficam amarelinhos quando amadurecem."
Até os primeiros maracujás em formato de pênis surgirem no quintal dela, a vida era pacata e calma, mas depois da inusitada plantação, a dona de casa passou a ser reconhecida nas ruas da cidade onde mora. "Era muita gente na minha casa. Chegava a ficar sem comer para conseguir olhar todas as pessoas que faziam visitas", disse ela.
Dona Olímpia
Vai e não esquece de chorar
Vê se não esquece de mentir
Dizer até manhã
E não regressar mais
Vê se não esquece de sumir
É ficou assim, caiu no ar
É passou assim, não quer passar
Não pára de doer
E não vai parar mais
Nem de vez em quando vai sarar
Me xinga me deixa me cega
Mas vê se não esquece de voltar
Tentar compreender
Quase não falar mais
E nem ser preciso perdoar
Me xinga me deixa me cega
Mas vê
Toninho Horta e Ronaldo Bastos
Vê se não esquece de mentir
Dizer até manhã
E não regressar mais
Vê se não esquece de sumir
É ficou assim, caiu no ar
É passou assim, não quer passar
Não pára de doer
E não vai parar mais
Nem de vez em quando vai sarar
Me xinga me deixa me cega
Mas vê se não esquece de voltar
Tentar compreender
Quase não falar mais
E nem ser preciso perdoar
Me xinga me deixa me cega
Mas vê
Toninho Horta e Ronaldo Bastos
quinta-feira, 17 de março de 2011
Carta do Brasil para se abster na ONU sobre a Líbia
"Senhor Presidente,
O Brasil está profundamente preocupado com a deterioração da situação na Líbia. Apoiamos as fortes mensagens da Resolução 1970 (2011), adotada por consenso por este Conselho.
O governo do Brasil condenou publicamente o uso da violência pelas autoridades líbias contra manifestantes desarmados e exorta-as a respeitar e proteger a liberdade de expressão dos manifestantes e a procurar uma solução para a crise por meio de diálogo significativo.
Nosso voto de hoje não deve de maneira alguma ser interpretado como endosso do comportamento das autoridades líbias ou como negligência para com a necessidade de proteger a população civil e respeitarem-se os seus direitos.
O Brasil é solidário com todos os movimentos da região que expressam suas reivindicações legítimas por melhor governança, maior participação política, oportunidades econômicas e justiça social.
Condenamos o desrespeito das autoridades líbias para com suas obrigações à luz do direito humanitário internacional e dos direitos humanos.
Levamos em conta também o chamado da Liga Árabe por medidas enérgicas que deem fim à violência, por meio de uma zona de exclusão aérea. Somos sensíveis a esse chamado, entendemos e compartilhamos suas preocupações.
Do nosso ponto de vista, o texto da resolução em apreço contempla medidas que vão muito além desse chamado. Não estamos convencidos de que o uso da força como dispõe o parágrafo operativo 4 (OP4) da presente resolução levará à realização do nosso objetivo comum --o fim imediato da violência e a proteção de civis.
Estamos também preocupados com a possibilidade de que tais medidas tenham os efeitos involuntários de exacerbar tensões no terreno e de fazer mais mal do que bem aos próprios civis com cuja proteção estamos comprometidos.
Muitos analistas ponderados notaram que importante aspecto dos movimentos populares no Norte da África e no Oriente Médio é a sua natureza espontânea e local. Estamos também preocupados com a possibilidade de que o emprego de força militar conforme determinado pelo OP 4 desta resolução hoje aprovada possa alterar tal narrativa de maneiras que poderão ter sérias repercussões para a situação na Líbia e além.
A proteção de civis, a garantia de uma solução duradoura e o atendimento das legítimas demandas do povo líbio exigem diplomacia e diálogo.
Apoiamos os esforços em curso a esse respeito pelo Enviado Especial do Secretário-Geral e pela União Africana.
Nós também saudamos a inclusão, na presente resolução, de parágrafos operativos que exigem um imediato cessar-fogo e o fim à violência e a todos os ataques a civis e que sublinham a necessidade de intensificarem-se esforços que levem às reformas políticas necessárias para uma solução pacífica e sustentável. Esperamos que tais esforços continuem e tenham sucesso.
Obrigada."
O Brasil está profundamente preocupado com a deterioração da situação na Líbia. Apoiamos as fortes mensagens da Resolução 1970 (2011), adotada por consenso por este Conselho.
O governo do Brasil condenou publicamente o uso da violência pelas autoridades líbias contra manifestantes desarmados e exorta-as a respeitar e proteger a liberdade de expressão dos manifestantes e a procurar uma solução para a crise por meio de diálogo significativo.
Nosso voto de hoje não deve de maneira alguma ser interpretado como endosso do comportamento das autoridades líbias ou como negligência para com a necessidade de proteger a população civil e respeitarem-se os seus direitos.
O Brasil é solidário com todos os movimentos da região que expressam suas reivindicações legítimas por melhor governança, maior participação política, oportunidades econômicas e justiça social.
Condenamos o desrespeito das autoridades líbias para com suas obrigações à luz do direito humanitário internacional e dos direitos humanos.
Levamos em conta também o chamado da Liga Árabe por medidas enérgicas que deem fim à violência, por meio de uma zona de exclusão aérea. Somos sensíveis a esse chamado, entendemos e compartilhamos suas preocupações.
Do nosso ponto de vista, o texto da resolução em apreço contempla medidas que vão muito além desse chamado. Não estamos convencidos de que o uso da força como dispõe o parágrafo operativo 4 (OP4) da presente resolução levará à realização do nosso objetivo comum --o fim imediato da violência e a proteção de civis.
Estamos também preocupados com a possibilidade de que tais medidas tenham os efeitos involuntários de exacerbar tensões no terreno e de fazer mais mal do que bem aos próprios civis com cuja proteção estamos comprometidos.
Muitos analistas ponderados notaram que importante aspecto dos movimentos populares no Norte da África e no Oriente Médio é a sua natureza espontânea e local. Estamos também preocupados com a possibilidade de que o emprego de força militar conforme determinado pelo OP 4 desta resolução hoje aprovada possa alterar tal narrativa de maneiras que poderão ter sérias repercussões para a situação na Líbia e além.
A proteção de civis, a garantia de uma solução duradoura e o atendimento das legítimas demandas do povo líbio exigem diplomacia e diálogo.
Apoiamos os esforços em curso a esse respeito pelo Enviado Especial do Secretário-Geral e pela União Africana.
Nós também saudamos a inclusão, na presente resolução, de parágrafos operativos que exigem um imediato cessar-fogo e o fim à violência e a todos os ataques a civis e que sublinham a necessidade de intensificarem-se esforços que levem às reformas políticas necessárias para uma solução pacífica e sustentável. Esperamos que tais esforços continuem e tenham sucesso.
Obrigada."
Overdose de Cocada
Alô rapaziada,
Se liga no refrão...
É cocada boa
Não é?
É cocada boa...
Ih
É cocada boa
Não é?
É cocada boa.
Outra vez pra marcar.
É cocada boa
Não é?
É cocada boa...
Não é?
É cocada boa.
Aí rapaziada, eu tô duro
Só quero a rapa da cocada
E mais nada!
Olha aí!
Já armei meu tabuleiro
Vendo pra qualquer pessoa
Tem da preta e tem da branca
E quem prova
Não enjoa, porque!
É cocada boa
Não é?
Tem preto que come da branca
Tem branco que come da preta
Tem gosto pra todo freguês
Só não vale misturar
Vai numa de cada vez
Não misture o paladar
E overdose de cocada
Até pode te matar.
Só porque...
É cocada boa
Não é?
É cocada boa
O delega da área
Já mandou averiguar
"Que é que tem nessa cocada
Que tá todo mundo
Querendo comprar?"
Houve uma diligência
Só para experimentar
Eles provaram da cocada
E disseram doutor
Deixa isso prá lá!
Só porque...
É cocada boa
Não é?
É cocada boa
É cocada boa
Não é?
É cocada boa...
Bezerra da Silva
Se liga no refrão...
É cocada boa
Não é?
É cocada boa...
Ih
É cocada boa
Não é?
É cocada boa.
Outra vez pra marcar.
É cocada boa
Não é?
É cocada boa...
Não é?
É cocada boa.
Aí rapaziada, eu tô duro
Só quero a rapa da cocada
E mais nada!
Olha aí!
Já armei meu tabuleiro
Vendo pra qualquer pessoa
Tem da preta e tem da branca
E quem prova
Não enjoa, porque!
É cocada boa
Não é?
Tem preto que come da branca
Tem branco que come da preta
Tem gosto pra todo freguês
Só não vale misturar
Vai numa de cada vez
Não misture o paladar
E overdose de cocada
Até pode te matar.
Só porque...
É cocada boa
Não é?
É cocada boa
O delega da área
Já mandou averiguar
"Que é que tem nessa cocada
Que tá todo mundo
Querendo comprar?"
Houve uma diligência
Só para experimentar
Eles provaram da cocada
E disseram doutor
Deixa isso prá lá!
Só porque...
É cocada boa
Não é?
É cocada boa
É cocada boa
Não é?
É cocada boa...
Bezerra da Silva
Agora é pau da ONU no Kadafi?!
Naciones Unidas da luz verde para atacar Libia
ANTONIO CAÑO | Washington - do El País
Los primeros bombardeos pueden ser inmediatos para evitar la caída de Bengasi-.
La votación -en la que solo se abstuvieron China, Rusia, India, Brasil y Alemania- es acogida con vítores en esa ciudad.
- EE UU cuenta en el Mediterráneo con fuerzas para actuar urgentemente.
- El ministro francés Alain Juppe dice en la ONU que hay que responder "en horas o días".
ANTONIO CAÑO | Washington - do El País
Los primeros bombardeos pueden ser inmediatos para evitar la caída de Bengasi-.
La votación -en la que solo se abstuvieron China, Rusia, India, Brasil y Alemania- es acogida con vítores en esa ciudad.
- EE UU cuenta en el Mediterráneo con fuerzas para actuar urgentemente.
- El ministro francés Alain Juppe dice en la ONU que hay que responder "en horas o días".
Nós aqui sofrendo catastroficamente pelos japoneses e eles nos dando lições de calma
"Tóquio é uma cidade que quase vive em paz, porque a polícia lá estuda até arranjos florais!"
Jorge Mautner
Onde mais não se produziria um caos e brigas e revoltas depois de um terremoto, um maremoto, um tsunami e uma "hecatombe" nuclear (que nem foi, Graças a Deus!)...?
Viva a calma zen dos japoneses para enfrentar seus enormes problemas!
Vamos aprender a ser organizados, cordatos e gentis como eles são!
Viva o Japão!!
Jorge Mautner
Onde mais não se produziria um caos e brigas e revoltas depois de um terremoto, um maremoto, um tsunami e uma "hecatombe" nuclear (que nem foi, Graças a Deus!)...?
Viva a calma zen dos japoneses para enfrentar seus enormes problemas!
Vamos aprender a ser organizados, cordatos e gentis como eles são!
Viva o Japão!!
Usina Nuclear de Fukushima: UFA!
17/03/2011 - 20h15
Com toneladas de água, Japão reduz ligeiramente radiação em usina
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Depois de lançar toneladas de água nos reatores da usina de Fukushima Daiichi, no Japão, a operadora Tokyo Electric Power (Tepco) conseguiu baixar ligeiramente os níveis de radiação no local.
Segundo a TV japonesa NHK, os níveis caíram cerca de 20 pontos, para 292 microsieverts --um índice ainda muito acima do nível de radiação normal de 0,035 microsievert por hora.
Com toneladas de água, Japão reduz ligeiramente radiação em usina
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Depois de lançar toneladas de água nos reatores da usina de Fukushima Daiichi, no Japão, a operadora Tokyo Electric Power (Tepco) conseguiu baixar ligeiramente os níveis de radiação no local.
Segundo a TV japonesa NHK, os níveis caíram cerca de 20 pontos, para 292 microsieverts --um índice ainda muito acima do nível de radiação normal de 0,035 microsievert por hora.
Rosa de Fukushima
Pensem nas crianças espavoridas
Pensem nos dekasseguis inexatos
Pensem nas mulheres
Que pensam sobre o futuro e a saúde
Se si e dos seus
Pensem nas feridas das almas
Atormentadas por Hiroshimas
E Nagasakis
Pensem o que foi
O que será?!
Mas não se esqueçam da rosa
Radioativa e hereditária
Estúpida e inválida?
Cirrótica, anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada?
De Tchernóbil
Nos jogaram seus restos
Milhares de toneladas
Carne e leite principalmente
Pensem no que virá depois
Barato e contaminado
"Indetectável"
Para nós pobres
Daqui
E de Fukushima!
Pensem nos dekasseguis inexatos
Pensem nas mulheres
Que pensam sobre o futuro e a saúde
Se si e dos seus
Pensem nas feridas das almas
Atormentadas por Hiroshimas
E Nagasakis
Pensem o que foi
O que será?!
Mas não se esqueçam da rosa
Radioativa e hereditária
Estúpida e inválida?
Cirrótica, anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada?
De Tchernóbil
Nos jogaram seus restos
Milhares de toneladas
Carne e leite principalmente
Pensem no que virá depois
Barato e contaminado
"Indetectável"
Para nós pobres
Daqui
E de Fukushima!
Kid Moringueira
Antônio Moreira da Silva nasceu no dia 1.º de abril de 1902, na Tijuca, zona norte do Rio, quando só existiam seis automóveis circulando pelo Rio de Janeiro. Filho do músico Bernardino da Silva Paranhos e da cozinheira Polodina de Assis Moreira, ele ficou órfão de pai aos 2 anos. Criado no morro do Salgueiro, Moreira arrumou seu primeiro emprego, aos 10 anos, numa fábrica de meias. Ele teve duas irmãs, Rosália e Ruth.
Aos 17, Moreira da Silva se mudou para o Morro da Babilônia, na Tijuca. Foi nesta época que ele levou muitas surras da mãe, que não gostava de vê-lo ao lado dos malandros do morro. Também foi nesse período que Moreira revelou seu lado mulherengo. Surpreendeu a mãe com a notícia de que Jandira, uma de suas namoradas, estava grávida. A moça morreu no parto e o bebê, poucos dias depois.
Em 1921, Moreira da Silva conseguiu emprego como ajudante de chofer de táxi da Central do Brasil. Sua função era rodar as manivelas dos veículos para o motor, já que naquela época ainda não existia o motor de arranque automático, o que só aconteceria em 1926. Rodou manivelas de automóveis durante quatro anos. Só parou quando conseguiu emprego de motorista de ambulância no serviço público.
Dois anos mais tarde, aos 25 anos, casou-se com Maria de Lourdes, a Mariazinha, com quem viveu durante 56 anos, até sua morte, em 1983.O malandro ganhava alguns trocados a mais fazendo serestas nos morros. Foi quando conheceu o compositor baiano Getúlio Marinho da Silva, que se encantou com sua voz. Em novembro de 1931, Moreira entrou pela primeira vez num estúdio para gravar a música "Ererê", ainda em disco de 78 rotações - o LP só seria lançado no Brasil em 1951. Naquela época o sistema de gravação mecânica fora substituído pelo elétrico, o que facilitou a tarefa de gravação. Deixou, então, os botequins improvisados de jogos de bilhar nos morros e passou a freqüentar os bilhares da Praça da República, hoje Campo de Santana, próximo à Lapa, reduto da malandragem carioca.
Moreira da Silva inventou o samba de breque - pausas reservadas durante as músicas para a inserção de frases engraçadas e cheias de gírias - por acaso. Durante a gravação da música "Jogo Proibido", surpreendeu os músicos que o acompanhavam improvisando frases fora da letra da música. O estilo estourou nas paradas de sucesso de rádio. Moreira da Silva foi contratado, em 1937, pela rádio Mayrink Veiga, um dos melhores meios de divulgação dos artistas na época - a televisão só chegaria ao Brasil em 1950. Mas em nenhum momento o sambista largou o serviço público. Para conciliar os empregos, abonava os bolsos de seus subordinados para não ser delatado quando se ausentava. Chegou a gastar um salário inteiro da Prefeitura para pagar quem o substituía nos dias em que faltava. Em 1939, embarcou para Portugal para participar do filme A Varanda dos Rouxinóis. A viagem, de navio, durou 15 dias. Esta não seria a única incursão do sambista no cinema. Ele também foi ator nos filmes Sem Essa Aranha, de Rogério Sganzerla, em 1969, e no documentário Moreira da Silva, o Filme, de Ivan Cardoso, em 1972.
O malandro voltou a ganhar a manchete dos jornais em 1971, quando gravou a música "No Clã dos Imortais". A letra criticava a proibição do ingresso de mulheres na Academia Brasileira de Letras. O velho malandro, de fardão, foi até a porta da ABL, mas não conseguiu entrar. Foi barrado pelo então presidente da instituição, Austregésilo de Athayde. Embora nunca tenha sido preso, Moreira chegou a entrar num camburão, em solidariedade ao amigo Jards Macalé, que foi detido pela ditadura, em 1976. Malandro, o sambista tratou de cantar logo um de seus maiores sucessos, "Olha o Padilha". Para aproveitar a canja, os policiais deram várias voltas no quarteirão. Mas nem assim Moreira conseguiu evitar a prisão do amigo.
Depois viveu sozinho em um apartamento de quarto e sala no bairro do Catumbi, no centro do Rio, desde que sua mulher morreu. "Ainda sinto saudades dela." disse aos 97 anos. A filha adotiva, Marli Correa Gomes, e os netos, Jorge Antonio e Juliana, estão sempre por perto. Moreira passava as manhãs na cama e só sai de casa uma vez por mês para ir ao banco receber sua aposentadoria, de R$ 1,2 mil. Mesmo depois de se submeter, em 1994, a uma operação de catarata, e outra, em 1995, na uretra, ele ainda fez shows, pelos quais cobrava R$ 5 mil. Ainda encontrou energia para gravar, em 1995, o CD Três Malandros in Concert, ao lado de Dicró e Bezerra da Silva. "Ganhei muito, mas gastei tudo com as mulheres", conta o sambista, que manteve um caso de 20 anos com a prostituta Estela, entre dezenas de outras. "Eu era espada", justifica o eterno malandro.
Morreu no Rio de Janeiro em 6 de junho de 2000 (aos 98 anos).
Aos 17, Moreira da Silva se mudou para o Morro da Babilônia, na Tijuca. Foi nesta época que ele levou muitas surras da mãe, que não gostava de vê-lo ao lado dos malandros do morro. Também foi nesse período que Moreira revelou seu lado mulherengo. Surpreendeu a mãe com a notícia de que Jandira, uma de suas namoradas, estava grávida. A moça morreu no parto e o bebê, poucos dias depois.
Em 1921, Moreira da Silva conseguiu emprego como ajudante de chofer de táxi da Central do Brasil. Sua função era rodar as manivelas dos veículos para o motor, já que naquela época ainda não existia o motor de arranque automático, o que só aconteceria em 1926. Rodou manivelas de automóveis durante quatro anos. Só parou quando conseguiu emprego de motorista de ambulância no serviço público.
Dois anos mais tarde, aos 25 anos, casou-se com Maria de Lourdes, a Mariazinha, com quem viveu durante 56 anos, até sua morte, em 1983.O malandro ganhava alguns trocados a mais fazendo serestas nos morros. Foi quando conheceu o compositor baiano Getúlio Marinho da Silva, que se encantou com sua voz. Em novembro de 1931, Moreira entrou pela primeira vez num estúdio para gravar a música "Ererê", ainda em disco de 78 rotações - o LP só seria lançado no Brasil em 1951. Naquela época o sistema de gravação mecânica fora substituído pelo elétrico, o que facilitou a tarefa de gravação. Deixou, então, os botequins improvisados de jogos de bilhar nos morros e passou a freqüentar os bilhares da Praça da República, hoje Campo de Santana, próximo à Lapa, reduto da malandragem carioca.
Moreira da Silva inventou o samba de breque - pausas reservadas durante as músicas para a inserção de frases engraçadas e cheias de gírias - por acaso. Durante a gravação da música "Jogo Proibido", surpreendeu os músicos que o acompanhavam improvisando frases fora da letra da música. O estilo estourou nas paradas de sucesso de rádio. Moreira da Silva foi contratado, em 1937, pela rádio Mayrink Veiga, um dos melhores meios de divulgação dos artistas na época - a televisão só chegaria ao Brasil em 1950. Mas em nenhum momento o sambista largou o serviço público. Para conciliar os empregos, abonava os bolsos de seus subordinados para não ser delatado quando se ausentava. Chegou a gastar um salário inteiro da Prefeitura para pagar quem o substituía nos dias em que faltava. Em 1939, embarcou para Portugal para participar do filme A Varanda dos Rouxinóis. A viagem, de navio, durou 15 dias. Esta não seria a única incursão do sambista no cinema. Ele também foi ator nos filmes Sem Essa Aranha, de Rogério Sganzerla, em 1969, e no documentário Moreira da Silva, o Filme, de Ivan Cardoso, em 1972.
O malandro voltou a ganhar a manchete dos jornais em 1971, quando gravou a música "No Clã dos Imortais". A letra criticava a proibição do ingresso de mulheres na Academia Brasileira de Letras. O velho malandro, de fardão, foi até a porta da ABL, mas não conseguiu entrar. Foi barrado pelo então presidente da instituição, Austregésilo de Athayde. Embora nunca tenha sido preso, Moreira chegou a entrar num camburão, em solidariedade ao amigo Jards Macalé, que foi detido pela ditadura, em 1976. Malandro, o sambista tratou de cantar logo um de seus maiores sucessos, "Olha o Padilha". Para aproveitar a canja, os policiais deram várias voltas no quarteirão. Mas nem assim Moreira conseguiu evitar a prisão do amigo.
Depois viveu sozinho em um apartamento de quarto e sala no bairro do Catumbi, no centro do Rio, desde que sua mulher morreu. "Ainda sinto saudades dela." disse aos 97 anos. A filha adotiva, Marli Correa Gomes, e os netos, Jorge Antonio e Juliana, estão sempre por perto. Moreira passava as manhãs na cama e só sai de casa uma vez por mês para ir ao banco receber sua aposentadoria, de R$ 1,2 mil. Mesmo depois de se submeter, em 1994, a uma operação de catarata, e outra, em 1995, na uretra, ele ainda fez shows, pelos quais cobrava R$ 5 mil. Ainda encontrou energia para gravar, em 1995, o CD Três Malandros in Concert, ao lado de Dicró e Bezerra da Silva. "Ganhei muito, mas gastei tudo com as mulheres", conta o sambista, que manteve um caso de 20 anos com a prostituta Estela, entre dezenas de outras. "Eu era espada", justifica o eterno malandro.
Morreu no Rio de Janeiro em 6 de junho de 2000 (aos 98 anos).
Malandro em sinuca
Estou cansado desta vida de otário, afinal o meu salário já não chega para mim
Fui à sinuca pra de alguém tomar a granolina, sem suar, nessa vida só assim
Um certo tipo alinhado e mui granfino, tinha até cara de menino uma partida apreciava
Aproximei-me resoluto e com coragem, e na minha malandragem perguntei se ele jogava
Apostando já se vê
-Oh garoto vem cá, vamos jogar uma partida de sinuca pra brincar?
-Posso, posso jogar, mas o senhor tem que me dar um partidinho
-Pera aí, você não conhece meu jogo, que papo é esse, já vem pedindo um partido?
-Ah! Você é muito manjado por aí
-Veja você como é, em todo caso olha aqui, vamos fazer o seguinte:
-Vamos jogar valendo 10, e se realmente você jogar pouco, na segunda eu te dou um
partidinho, ta?
A primeira valendo 10 começou, ele saiu e logo a 7 me largou
Ele jogava sem ter medo e sem temor, muito embora a diferença cada vez fosse maior
A segunda valendo 20 eu saí, desta vez nada meti, deixei mesmo ele ganhar
Mas a terceira valendo 100 e a despesa, ele saiu limpou a mesa e me deixou sem respirar
Eu fui roubado vou gritar!!!
Escuta o senhor me deixou sem dó na dua, fiquei com a cara
Ora, foi um golpe puramente de sorte
Não velho eu já manjei, me deu uma tacada de 40 de saída
OH JOÃO COBRA PINDURA AÍ ESSE TEMPO QUE EU TÔ DURO
Moreira da Silva
Fui à sinuca pra de alguém tomar a granolina, sem suar, nessa vida só assim
Um certo tipo alinhado e mui granfino, tinha até cara de menino uma partida apreciava
Aproximei-me resoluto e com coragem, e na minha malandragem perguntei se ele jogava
Apostando já se vê
-Oh garoto vem cá, vamos jogar uma partida de sinuca pra brincar?
-Posso, posso jogar, mas o senhor tem que me dar um partidinho
-Pera aí, você não conhece meu jogo, que papo é esse, já vem pedindo um partido?
-Ah! Você é muito manjado por aí
-Veja você como é, em todo caso olha aqui, vamos fazer o seguinte:
-Vamos jogar valendo 10, e se realmente você jogar pouco, na segunda eu te dou um
partidinho, ta?
A primeira valendo 10 começou, ele saiu e logo a 7 me largou
Ele jogava sem ter medo e sem temor, muito embora a diferença cada vez fosse maior
A segunda valendo 20 eu saí, desta vez nada meti, deixei mesmo ele ganhar
Mas a terceira valendo 100 e a despesa, ele saiu limpou a mesa e me deixou sem respirar
Eu fui roubado vou gritar!!!
Escuta o senhor me deixou sem dó na dua, fiquei com a cara
Ora, foi um golpe puramente de sorte
Não velho eu já manjei, me deu uma tacada de 40 de saída
OH JOÃO COBRA PINDURA AÍ ESSE TEMPO QUE EU TÔ DURO
Moreira da Silva
À palo seco
Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos lhe direi
Amigo, eu me desesperava
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente eu grito em português
Tenho 25 anos de sonho e de sangue
E de América do Sul
Por força desse destino
O tango argentino me vai bem melhor que o blues
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Eu quero que esse canto torto
Feito faca corte a carne de vocês
Belchior
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos lhe direi
Amigo, eu me desesperava
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente eu grito em português
Tenho 25 anos de sonho e de sangue
E de América do Sul
Por força desse destino
O tango argentino me vai bem melhor que o blues
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Eu quero que esse canto torto
Feito faca corte a carne de vocês
Belchior
Serguei
Serguei (nome artístico de Sérgio Augusto Bustamante, Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1933) é um cantor de rock brasileiro, notável por sua pansexualidade, e um suposto namoro com a cantora Janis Joplin que conheceu em 1968.
O cara agora vai estrear na internet, mas é no site do Multishow.
Isso explica porque vira e mexe trombo ele descendo a Augusta, sempre meio chapado, doidelinha...
Esse cara, para mim, como músico, é uma falcatrua.
Mas como, digamos, divulgador da sub-cultura rock n roll, ele passa.
Mas um velhinho de 77 anos que faz e fala o que ele faz e fala, é ducaralho!!
O cara agora vai estrear na internet, mas é no site do Multishow.
Isso explica porque vira e mexe trombo ele descendo a Augusta, sempre meio chapado, doidelinha...
Esse cara, para mim, como músico, é uma falcatrua.
Mas como, digamos, divulgador da sub-cultura rock n roll, ele passa.
Mas um velhinho de 77 anos que faz e fala o que ele faz e fala, é ducaralho!!
Miski Mayo
Rio Doce em quéchua.
Vou dar ainda uma de Palomino Molero.
Vou numa pousadinha da península de Bayóvar,
Deserto de Sechura
Perto da terra do Vargas Llosa.
Vou a Taquari Vassouras,
Sergipanas Laranjeiras.
Rio Colorado! Me aguarde.
Neuquén! Idem!
Vou sair por aí de mala na mão,
De laptop, 3G e celular.
Vou sim, se vou.
Furar mina de fosfato e de potássio,
Ah, se vou!
Vou dar ainda uma de Palomino Molero.
Vou numa pousadinha da península de Bayóvar,
Deserto de Sechura
Perto da terra do Vargas Llosa.
Vou a Taquari Vassouras,
Sergipanas Laranjeiras.
Rio Colorado! Me aguarde.
Neuquén! Idem!
Vou sair por aí de mala na mão,
De laptop, 3G e celular.
Vou sim, se vou.
Furar mina de fosfato e de potássio,
Ah, se vou!
quarta-feira, 16 de março de 2011
A volta prá "casa"
Trabalhei de 1990 a 2006 na Fosbrasil. Depois teve a Bunge Biphor e a Bunge Maroc, desemprego de seis meses, a Produquímica e mais um desemprego de treze meses!
Em Abril próximo reingresso, agora na Vale.
Já estourei um Lambrusco, para celebrar.
Há algum mal estar, sentimento até de retrocesso, o eventual desconforto das comutações longas até Cubatão, mas sei que a mola encolhida tem sua energia potencial.
Saltos ainda virão.
Humildade cabe em todo canto, quanto mais no interior desse que escreve.
Piano, piano, se vá lontano!
Em Abril próximo reingresso, agora na Vale.
Já estourei um Lambrusco, para celebrar.
Há algum mal estar, sentimento até de retrocesso, o eventual desconforto das comutações longas até Cubatão, mas sei que a mola encolhida tem sua energia potencial.
Saltos ainda virão.
Humildade cabe em todo canto, quanto mais no interior desse que escreve.
Piano, piano, se vá lontano!
Biscoitos mágicos
Cookies de maconha viram febre em balada de Buenos Aires
Lucas Ferraz
DE BUENOS AIRES
Brownies e cookies de maconha viraram febre em uma das baladas mais agitadas de Buenos Aires. As "galletitas mágicas" (biscoitinhos mágicos) são atração nas noites de segunda num centro cultural em Balvanera (região central).
O local é bastante frequentado por turistas, principalmente brasileiros.
Os quitutes de maconha, nos sabores coco, chocolate, integral e aveia e mel, são vendidos na rua antes e depois das festas. Não há repressão.
Lucas Ferraz
DE BUENOS AIRES
Brownies e cookies de maconha viraram febre em uma das baladas mais agitadas de Buenos Aires. As "galletitas mágicas" (biscoitinhos mágicos) são atração nas noites de segunda num centro cultural em Balvanera (região central).
O local é bastante frequentado por turistas, principalmente brasileiros.
Os quitutes de maconha, nos sabores coco, chocolate, integral e aveia e mel, são vendidos na rua antes e depois das festas. Não há repressão.
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