Dizem que em chinês, crise e oportunidade são escritos com o mesmo ideograma...
E que quando uns choram outros vendem lenços...
São frases quase pueris, mas nessa hora prefiro pensar que que assim será, que vou achar saídas entre as portas fechadas, que vou ver luz no fim do túnel e não será o trem vindo me colher!
Sábado a noite no Brasil: alegria de estar aqui, de ter "Sampa aos meus pés", de ter cerva, calor, minha mãe e irmãos, minha esposa e filhos, minha cidade que assim vai se tornando minha mesmo, um caipira na metrópole, um quatrocentão falido que retorna ao centro, um judeu cristão, marrano ladino, um católico sem religião, um errante fixado a ferro e fogo! Europeu anti europeu, americano anti americano, um não afro anti afros e seus antis! Um não asiático contra os "amarelos" e seus detratores! E agora um mussulmano revoltado com Maomé e os demais crentes!!
Para mim identidade é mais negação que abraço nas raízes!
Mas sou brasileiro e estou feliz feliz com essa condição!
Diário Esporádico: escrito por ROBERTO CORRÊA DE CERQUEIRA CÉSAR, um engenheiro escritor, taurino, pai de dois meninos (por quanto tempo ainda?), com cabelo embranquecendo e caindo, ficando cada dia mais cego!
Postagem em destaque
"Concreto"
Pedra, barro, massa Mão, calo, amassa! Levanta parede No ar D a hora Que se levante! Mora dentro F ora Vi...
sábado, 28 de fevereiro de 2009
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
De volta ao lar
Marrocos e Bunge para trás, experiências duras e gratificantes.
Reformar e retomar a família, a esposa, os filhos, a vida de brasileiro, minha língua e esperanças.
Procurar emprego! Depois de fechar essa fase, mas com certeza outra começa e a vida é cheia de mudanças.
Vivo por que penso, porque vivo.
Sem desespero, o novo sempre vem.
Amém!
Reformar e retomar a família, a esposa, os filhos, a vida de brasileiro, minha língua e esperanças.
Procurar emprego! Depois de fechar essa fase, mas com certeza outra começa e a vida é cheia de mudanças.
Vivo por que penso, porque vivo.
Sem desespero, o novo sempre vem.
Amém!
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Pra la de Marrakech
A cançao do Caetano sempre nos passou uma imagem de que esse lugar indefinido, nominado imprecisamente como para além da cidade de Marrakech, fosse, dependendo da interpretaçao, ou uma espécie de Shangrila idilico ou um inferno ao qual nossas manhas e avexamentos pudessem nos conduzir.
Um pouco com esses sentimentos contraditorios, sai recentemente de Marrakech com a familia e me dirigi à sudeste 5ja que "para ca de Marrakech, a Oeste, na costa, é onde atualmente resido), ao vale do Ourika e depois às montanhas do Atlas em busca da estaçao de esqui de Ouikaimeiden... A motivaçao maior era apresentar a neve ao filho mais novo!
Assim fizemos e quando finalmente encontramos um lindo campo nevado deixamos o carro e nos metemos sobre a neve para uma deliciosa guerra de bolas de neve. Ar frio e rarefeito, sol e muito frio, espantado pela correria para nos protegermos dos tiros uns dos outros e uma sensaçao vaga e prazerosa de ter ido ao um sitio projetado, Marco Polo ou Ibn Batuta rodeado de seus chineses e indianos, ali representados por um punhado de crianças berberes que saiam da escola e nao se fartavam de ver os bobos estrangeiros a se refestelar na neve ainda fofa.
"Mexe qualquer coisa dentro doida; berro pelo aterro pelo desterro
Berro por seu berro pelo seu erro; sou o seu bezerro gritando mamae."
Um pouco com esses sentimentos contraditorios, sai recentemente de Marrakech com a familia e me dirigi à sudeste 5ja que "para ca de Marrakech, a Oeste, na costa, é onde atualmente resido), ao vale do Ourika e depois às montanhas do Atlas em busca da estaçao de esqui de Ouikaimeiden... A motivaçao maior era apresentar a neve ao filho mais novo!
Assim fizemos e quando finalmente encontramos um lindo campo nevado deixamos o carro e nos metemos sobre a neve para uma deliciosa guerra de bolas de neve. Ar frio e rarefeito, sol e muito frio, espantado pela correria para nos protegermos dos tiros uns dos outros e uma sensaçao vaga e prazerosa de ter ido ao um sitio projetado, Marco Polo ou Ibn Batuta rodeado de seus chineses e indianos, ali representados por um punhado de crianças berberes que saiam da escola e nao se fartavam de ver os bobos estrangeiros a se refestelar na neve ainda fofa.
"Mexe qualquer coisa dentro doida; berro pelo aterro pelo desterro
Berro por seu berro pelo seu erro; sou o seu bezerro gritando mamae."
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Longo e tenebroso
Domingo de manhã vem de novo frente fria.
As daqui parecem vir das nevascas do Atlas.
Ventos cortantes, nuvens prestes a chover, baixas e plúmbeas.
O Nadal ganhou, vejo um jogo de handebol entre França e Dinamarca, para o tempo passar, pela perda da final da Austrália, por que tentei caminhar na rua e era muitíssimo penoso e imaginei que seria confortável usar a djelaba com capucho!
Pensei na obesidade e na pressão alta, nos vícios e na saúde e beleza se esvaindo!
Acho mesmo que a "beleza interior" fenesce, vou seguindo mais egoísta, solitário e rancoroso, sem conseguir enxergar o bom de ser eu.
Janelas batem no meu prédio e não posso intervir (o ex inquilino deve ter ido embora e esqueceu algo aberto?), a escuridão cai sobre a cidade perto do meio dia, um horror!
Penso em amigos, namoradas, na mulher distante, nos filhos, nas cidades que amo, nas mais doces memórias de vilarejos e bairros, de diversão, de aconchego!
E mando a todos os poucos leitores um grande abraço!
As daqui parecem vir das nevascas do Atlas.
Ventos cortantes, nuvens prestes a chover, baixas e plúmbeas.
O Nadal ganhou, vejo um jogo de handebol entre França e Dinamarca, para o tempo passar, pela perda da final da Austrália, por que tentei caminhar na rua e era muitíssimo penoso e imaginei que seria confortável usar a djelaba com capucho!
Pensei na obesidade e na pressão alta, nos vícios e na saúde e beleza se esvaindo!
Acho mesmo que a "beleza interior" fenesce, vou seguindo mais egoísta, solitário e rancoroso, sem conseguir enxergar o bom de ser eu.
Janelas batem no meu prédio e não posso intervir (o ex inquilino deve ter ido embora e esqueceu algo aberto?), a escuridão cai sobre a cidade perto do meio dia, um horror!
Penso em amigos, namoradas, na mulher distante, nos filhos, nas cidades que amo, nas mais doces memórias de vilarejos e bairros, de diversão, de aconchego!
E mando a todos os poucos leitores um grande abraço!
Assinar:
Postagens (Atom)